Botão voltar Discurso de Lula com setor cultural paraense
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Queridos, queridos companheiros! queridas companheiras e queridos companheiros, o pessoal de baixo, o pessoal do meio, o pessoal de riba.

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Meu caro Governador, companheiro Helder e sua digníssima esposa, meu caro Edmilson, sua digníssima esposa, minha Janja, meu caro Beto Faro, se Deus quiser futuro senador, companheiro Paulo Rocha, Aloísio Mercadante, mestres

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Aqui presente representante da nossa cultura, o Juliano, presidente do PSOL está aqui, o Márcio do PT, o Randolfo de todos nós. Eu queria dizer uma coisa pra vocês, eu tava olhando esse teatro

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Eu fico imaginando Jeff Keila quando é que esse teatro foi pensado e se as pessoas que pensarem esse teatro imaginavam que um dia os pobres do Pará iriam frequentá-lo.

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Porque é uma coisa maravilhosa, nós já tivemos um elite culturalmente melhor do que a de hoje, porque a de hoje ela vai pra fora, ela vai pra Nova York, ela vai pra Paris, ela vai pra Londres

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Vai pra Berlim, naquele tempo a elite gostava de coisa chique porque estudavam fora e tiveram a coragem no ciclo da borracha, não falha a memória, também no estado do Amazonas fazer um teatro dessa qualidade. E meus companheiro do PT

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Eu venho tantas vezes ao Pará, vocês nunca me trouxeram aqui. Nunca me trouxeram aqui? É. Eu vou desde mil novecentos e setenta e cinco, eu vou ao Rio de Janeiro nunca

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Me levaram pra colocar o pé na pá de Copacabana. É só reunião, reunião, reunião, comício, comício, reunião, reunião. Então, eu quero agradecer Janja, você e o Márcio que resolveram fazer o encontro de cultura aqui na cidade de Belém.

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Eu vou ser curto toda hora que eu levanto a gente fala, economiza a voz, economiza a voz. Eu preciso parar de falar um mês pra poder recuperar minha voz. Mas eu queria dizer pra vocês a gratidão de receber vocês numa quinta-feira de manhã que já são uma e meia

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alguns já tão com fome, sabe? Então, eu eu quero agradecer de coração a presença de cada companheiro e cada companheiro aqui presente, porque nós vamos ter que retomar uma discussão muito séria no país. Eu tô dizendo

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Que vocês se preparem porque uma das poucas razões que eu tenho pra ser candidato a Presidente da República outra vez Helder. E o meu compromisso

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Que é mais sério do que todos os outros, porque quem nunca foi presidente pode prometer. Mas eu já fui, eu já fiz. E eu não posso fazer menos do que eu já fiz. Então, veja o que que vai acontecer com a cultura desse país.

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Se vocês acham que no meu governo a cultura foi bem incentivada ou foi tratada com muito respeito se preparem porque vocês vão ter que me ajudar a fazer muito mais. Nós.

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Porque veja, eu não posso voltar a presidir o país e fazer menos do que eu já fiz. Eu não posso votar e fazer igual, porque é melhor não voltar. Só tem sentido eu estar aqui sendo candidato.

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Porque eu tenho que fazer mais do que eu já fiz. Nós temos que recuperar a economia desse país. Nós temos que recuperar o poder aquisitivo do salário mínimo. Nós temos que gerar mais empregos.

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Nós temos que fazer de tudo um pouco mais, eu quero fazer mais universidades, eu quero investir mais no ensino fundamental, eu quero investir mais no ensino médio médio, eu quero investir mais em ser tecnologia,

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Eu quero mandar mais jovens estudar pra virarem doutores nas melhores universidades do mundo. Eu quero que esse país seja grande. Eu quero que esse país seja efetivamente grande e potente quanto nação.

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Que esse país seja levado em conta na geopolítica internacional e que esse país seja bondoso e generoso, que esse país, como diz o Chico Buarque, não fale grosso com a Bolívia e fale fino com os Estados Unidos.

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Nós temos que falar de forma respeitosa com todo mundo. Nós temos que tratar bem todo mundo da forma mais respeitosa e mais generosa. E também na nossa relação internacional, a gente atender melhor aqueles que mais necessitam.

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Porque o Brasil tem uma dívida histórica com a África e nós não podemos pagar em dinheiro, nós temos que pagar e ajuda em transferência de tecnologia porque nós somos o resultado do que trezentos e cinquenta anos de escravidão, seis desse país.

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Essa miscigenação que transformou a gente nessa raça bonita eu estou bonito. Tratamento da que tem um pouco de sangue africano. Então perceba a confusão que eu estou entrando. Perceba e eu sou um cara que não me incomodo com as crítica

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Eu sou uma pessoa que não me incomoda com vaia, eu acho que a vaia tem o mesmo valor do aplauso, o mesmo valor, a gente que só tem que ter um Qzinho a mais quando a gente for vaiado a gente pensar, sentir quem tá baiano tem razão ou não e normalmente a gente deixou de fazer alguma coisa

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Normalmente a gente não cumpriu com aquilo que a gente prometeu. Então eu não posso mais prometer, eu tenho que fazer. Então o que eu quero dizer pra vocês? A gente não vai achar um um Gilberto Gil todo dia pra colocar no Ministério da Cultura.

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A gente num vai lá, um Jujuca Ferreira todo dia pra colocar no Ministério da Cultura, eu vou ter que achar gente melhor. Melhor, mais ousada, e é por isso que eu tô propondo não só recuperar o Ministério da Cultura, porque a cultura no Brasil

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As pessoas que tratam da cultura sabe disso, se dependesse de alguns governantes, seria uma secretaria do Ministério da Agricultura. Ou quem sabe uma secretaria do Ministério da Pesca? Porque ele já foi do esporte. Já foi da educação.

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Como se a cultura fosse uma coisa menor que ela precisasse estar sustentada num braço de outra função qualquer. Nós temos que levar em conta que a cultura de um país e a cultura de um povo

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É uma das coisas mais importantes e é o que dá pra nós civilidade. Nacionalidade e dá respeito. É preciso parar de tratar a cultura como gasto. Ah eu gastei vinte milhões, eu gastei trinta milhões, você não gastou.

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Você investiu trinta milhões em cultura. Essa é a mudança chave que nós temos que ter e entender a cultura como instrumento da economia brasileira.

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A cultura ela pode gerar muitos empregos, mas muitos empregos. Cada vez que você convoca um show por menor que ele seja, tem dez pessoa arrumando o sol, dez arrumando eletricidade, dez cuidando da caixa de som, dez batucando alguma coisa.

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Eu acho que gera mais emprego do que as indústrias mesmo, gera muito mais emprego e gera prazer, gera alegria, gera conhecimento. Então nós vamos retomar o Ministério da Cultura. E vamos efetivamente

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Que eu quero valorizar é que nós vamos criar comitês estaduais de cultura. Porque tem uma coisa que eu não posso dizer que vou fazer porque não vai depender do presidente da república depende do Congresso Nacional.

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É que não é mais possível no século vinte e um a gente ter as emissoras de televisões retransmissora das matrizes que normalmente estão em São Paulo, Rio de Janeiro, que não tem programação estadual. Uma televisão, uma televisão, ela é retransmissora

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De uma outra televisão, ela só tem meia hora de manhã pro jornal, meia hora no almoço pro jornal e meia hora a tarde pro jornal. Olha meu Deus do céu, por que que não tem a programação com os artistas locais durante um período da tarde ou da manhã?

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Quantos artistas a gente iria valorizar? Por que que a cultura desse país não pode ser nacionalizada? Por que que não pode? Você não sabe áudio quantas vezes eu tentei levar um ó.

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Pra mostrar pra visitantes estrangeiros que era o Itamarati. Mas não pode porque você tem que fazer uma concorrência. Você tem que fazer uma concorrência. Se ele sabe quantas vezes eu tentei comprar artesanato do Nordeste pra dar pras pessoas. Sabe? Que frequentava o Brasil.

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E não pode porque tem que fazer licitação. Olha, comé que eu vou fazer licitação se só tem um artista que produz uma única coisa e eu quero dar aquela coisa? Eu não posso fazer licitação de um. Eu as vezes pedia pro SEBRAE me dar de presente ou pedia pra algum Governador da Bahia.

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Dá um presente pra mim poder doar as pessoas. Cê não sabe quantas vezes eu tentei levar um frevo pra que o chinês visse um frevo? Pra que um japonês visse um frevo? Mas aí eu percebo que nem o Brasil conhece o frevo.

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É uma coisa que sabe? Internet em Pernambuco como carimbó está externo aqui no Pará não é aceitável que a gente não tenha uma política de nacionalização da nação cultura. Por que que as grandes cadeias de televisão não mostra os artistas do Pará?

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Os artistas de Pernambuco, os artistas da Bahia, sabe? As danças, as músicas, a pintura, também isso precisa ser mostrado, o Elder me disse que tem aqui a Bienal. Ele falou, eu sou atodia,

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Toda vez que me troca o microfone, me dão um pior. Ontem me deram o microfone. Eu achei bom, como eu sou candidato a presidente, o meu microfone vai ser o melhor. E eu comecei falar e o povo começou a gritar. Eu falei, porra, não querem que eu fale.

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Não, ele não tava ouvindo. Cês viram quando eu fui falar, o rapaz me trouxe um microfone novo. Eu falei, pois é, esse é só presidencial. Eu tô falando que não posso errar, que eu não posso fazer menos e você me dá o microfone que as pessoas me ouvem menos.

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Mas então a cultura ela vai ganhar força num próximo impossível mandato nosso na presidência da república. Ela vai ganhar força por quê?

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Nós precisamos mostrar ao Brasil inteiro o que nós somos. Eu adoro a cultura de São Paulo, eu adoro o axé da Bahia, eu adoro o samba do Rio de Janeiro, mas não é só isso.

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Tem muita coisa no Brasil inteiro se você visitar regiões mais pobres do estado de Minas Gerais e você for no Vale do Jequitinhonha do Jequitinhonha você vai ver uma cultura exuberante que ninguém sabe porque está lá confinada

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Só vai ser exposta se alguém for lá e comprar. Então, o que que eu quero fazer? Como eu não posso fazer menos, viu Ana Júlia? Eu tenho que fazer mais. Eu tenho que investir mais. E tenho que transformar cultura

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Sabe, numa numa atividade econômica altamente rentável para quem produz a cultura, para quem faz. Não é pra um empresário, não é pra uma cadeira de televisão, é pro artista.

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É ele que pensa, é ele que escreve, ele que faz a dança, ele que canta, ele que pinta, é ele que tem que ganhar dinheiro. Então nós vamos ter esse é um compromisso gente que eu tô assumindo porque eu já tenho setenta e seis anos de idade.

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Energia de trinta. Eu não vou falar que eu tenho tesão de vinte. Porque vocês podem ficar com dúvida. Mas se eu não tivesse eu não tinha casado.

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Eu casei dia dezoito de maio, faz só dois meses que eu casei, três meses, sabe? Então eu não iria fazer uma desventura, ao invés de uma aventura. Mas

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Na verdade, eu tô é com tesão de provar que esse país vai dar certo. Vocês tão lembrado? Cês tão lembrado que quando nós pegamos um país em dois mil e três, ele tinha uma dívida externa grande

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O Brasil não conseguia sequer pagar suas exportações, o que que a gente fez? A gente além de pagar a dívida, ainda construímos uma reserva

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Que hoje tá em trezentos e setenta bilhões de dólares, trezentos e cinquenta no governo da Dilma chegou a trezentos e oitenta bilhões de dólares, coisa que o Brasil nunca teve. Porque o Brasil sempre foi subserviente. A gente pegou uma dívida pública de sessenta ponto cinco por cento do PIB, a gente entregou com trinta e nove por cento.

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A gente pegou uma infração de doze, entregamos pra uma infração de quatro e meio. A gente pegou um país com quase dez por cento de desemprego, entregamos um país com vinte e dois milhões de empregos com carteira profissional assinada. Com direita séria, com direito a décimo terceiro.

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Com direito a discretos semanal remunerado e com direito a indenização quando fosse mandado embora ou com direito do fundo de garantia. Isso incomodou uma parte da elite brasileira que não trabalhador não pode ter direito porque isso é custa o Brasil. Ele tem que trabalhar barato.

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Ele não precisa até registro, não precisa. O trabalhador gosta de trabalhar por conta própria. Obviamente que até eu gostaria de trabalhar por conta própria. Mas enquanto você não consegue ser um empreendedor, sabe? Vencedor.

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Você quer um emprego fixo, porque você quer a garantia de que você vai levar pra casa o leite, o pão, a carne, o feijão, o arroz, vai pagar o aluguel, vai pagar a conta de luz, vai pagar a conta dágua, vai poder comprar gás. A gente quer isso, todo mundo necessita disso.

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É o que todo mundo sonha, é o que todo homem sonha e é o que toda mulher sonha. A gente quer tranquilidade, a gente quer certeza de que a gente vai deitar todo dia com a barriga cheia e vai levantar todo dia tomando um belo café da manhã, com um belo pão com manteiga.

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Se tiver queijo é isso que nós desejamos, o que que nós queremos? Qualé a mulher que não quer ver o seu filho sabe? Comer bem e bem vestido pra escola com uma roupinha nova, cheirosa, um sapato novo. Por que que a gente não pode isso?

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Por que que a gente tá empobrecido? A gente pegou o país, o Brasil era a décima segunda economia do mundo, deixamos esse país sendo a sexta economia do mundo, agora retrocedeu pra décima terceira economia do mundo. E só se fala em mercado, mercado, mercado, mercado.

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Mercado que me interessa é aquele que as mulheres inventam pra comprar comida e que muitas vezes não conseguem levar aquilo que ela tem o direito de levar. Então eu tô nessa briga e é por isso que eu não fico velho.

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Porque quem tem uma causa não fica velho. Você precisa encontrar uma motivação pra cada dia. Todo dia você tem que acreditar, levantar acreditando que é possível fazer alguma coisa. Se tem uma coisa nobre pra fazer.

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Se você fica aposentado e levanta todo dia, sabe? Coçando a virilha, sabe? E e cuspindo no céu aonde ou vai prum bar jogar dominó ou sabe? Num dá certo a vida assim, a vida é motivação, eu tenho que encontrar motivação.

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Todo dia e a minha motivação é concertar esse país outra vez. E eu estou convencido que a gente vai consertar. Eu estou convencido que a gente vai consertar. A gente vai readquirir

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O respeito no mundo, os americanos não vão nos respeitar porque no nosso governo será abolido o complexo de vira-lata. No nosso governo nós vamos querer ter uma relação civilizada com todos os países do mundo porque o Brasil não tem contencioso.

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Último contencioso foi que a guerra do Paraguai e esse genocida agora que fica brigando com Cuba, brigando com o Paraguai, brigando com a Venezuela, brigando Kelly Caragua, brigou tanto com a Venezuela que quando não teve, sabe? Quando não teve oxigênio.

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Emanaus foi a Venezuela que salvou muita gente de não morrer afogado fora da o Brasil não precisa disso gente o Brasil não precisa ser grosseiro.

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O Brasil não tem que ofender ninguém, o Brasil tem interesses internacionais, cê tem que tratar os outros bem porque ele também tem interesse internacional pra que as coisas deixe certo. Eu tenho orgulho de ter sido o único presidente desse país a ser convidado

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Em todas as reuniões do G oito. Eu tenho orgulho de ser convidado pra criar o G vinte e tenho orgulho de ser o único país do G vinte que fez superávit primário durante todo o tempo de governo. Por isso é que eu não aceito a ideia

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De criar uma lei de teto de gasto. Teto de gasto é o compromisso moral que a gente tem com esse país. A gente não pode gastar mais do que a gente arrecada. Mas é preciso saber o que que é gasto, o que é investimento. Pra gente não ficar tudo é gasto. Tudo é gasto.

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Cê vai fazer uma reunião do ministério, sabe? Cê junta o ministério pra discutir o orçamento, o Aloísio Mercadante participou do governo. Você participou do governo, deve fazer uma reunião pra discutir orçamento, você fala, vamos colocar um pouco de dinheiro na cultura, é gasto. Vamos colocar um pouquinho dentro da universidade, é gasto.

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Vamos investir na escola técnica, é gasto. Nós temos que investir pra melhorar, sabe? A escola, quando eu cheguei na presidência, tinha uma prova Brasil pra medir a qualidade da educação no Brasil. Vocês conheceram o ministro, era o nosso amigo, meu amigo também, Paulo Renato. Que foi reitor da UNICAMP.

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Gente sabida, GPS, gente sabida. Sabe que a prova Brasil era uma prova, uma amostragem de quatrocentas mil pessoas só. Pra saber se a aula tava boa. Pois quando eu entrei o Haddad a gente começou a fazer a prova

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Pra todas as crianças desse país pra saber se ele estava aprendendo pra saber se a gente não tinha que melhorar. Então gente nós vamos ter que voltar pra fazer uma revolução nesse país. Não precisa dar um tira Edmilson. É uma revolução.

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de compromisso, é uma coisa que a gente faz com o coração, porque pra cuidar de pobre não basta ser sabido na cabeça, é preciso ser sabido no coração, ter sentimento. Aí

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É é preciso que você veja nós seres humanos aqui deve estar cheio de especialista eu considero eu pessoalmente eu sou oitenta por cento de emoção e vinte por cento razão eu eu eu eu sinto as coisas que eu falo

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Eu sinto quando eu vejo a cara de uma pessoa, eu não consigo falar sem olhar na cara duma pessoa, porque eu quero ver a reação dela, eu quero ver comé que ela tá se comportando, porque eu não posso falar se a pessoa num tá entendendo. Paulo Freire dizia, se você falar uma vez,

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E a pessoa não entender é porque a pessoa é burra. Se você falar a segunda vez e a pessoa não entender ela ainda é burra. Mas se você falar a terceira vez e as pessoas não entenderam burro é você porque ninguém pode falar três vezes e as pessoas não entenderem.

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Então tem que mudar o jeito de falar. Então queridas companheiras e companheiro. Esse jovem de setenta e seis anos

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Nunca teve tanta disposição de provar mais uma vez que um torneiro mecânico é capaz de fazer por esse país o que a elite brasileira não sabe, não quer e nunca fez. Que é da cidadania ao povo pobre.

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O povo pobre não precisa ficar vivendo de favor, a gente quer ter orgulho, a gente tem amor próprio, né? Qualé a mulher que num gosta de tratar, sabe? É importante que os homens saibam, a mulher

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Não, é muito engraçado porque a mulher trabalha em casa pra caramba, ela lava a louça, lava a cozinha, lava banheiro que o cara sujou, lava a roupa da criança todo dia, aí eu ia chegar pergunta pro cara, sua mulher trabalha? Não. E às vezes ela também fala não.

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Porque ela está condicionada de que o trabalho massante, chato pra cacete, que é o trabalho de casa, não é trabalho. Então, a mulher tá ocupando um espaço muito grande no mercado de trabalho. Isso é maravilhoso.

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Mas o homem ainda não tá ocupando esse espaço na cozinha. É preciso é preciso que a gente estabeleça essa parceria com as nossas companheiras. Porque senão

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A gente não vai ver um novo mundo que a gente sonha. Ah vai surgir um novo homem, vai surgir. Eu lembro do meu irmão. Meu irmão Frei Chico. Meu irmão Frei Chico era do Partido Comunista Brasileiro. Grande Frei Chico. O cara que me colocou na política. Quando começou caiu o muro de Berlim

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Eu brincava muito com ele, porque eles eram antipetista, mas eu brincava muito com ele. Ele falava, ah, você vai ver, vai nascer um novo homem. Vai nascer vai cair o muro de Berlim, mas você vai ver que vai nascer um novo homem. Aí quem foi que nasceu, o Boris e Elton.

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Não é possível gente. Então a gente fala tanto num novo mundo, sabe? Que a gente fala na nossa modernidade, na nossa parceria, eu quero saber quem é que vai todo dia pra cozinha ajudar a mulher a cozinhar, ajudar a mulher a lavar a louça, ajudar a limpar o banheiro, a

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Uma cama, eu quero saber. Porque se não a gente tá sendo o mesmo do século dezoito. Cês percebem então, isso é cultura. Isso é cultura.

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A gente compartilhar as coisas dentro de casa é uma obra de arte que nós temos que fazer. Então companheiros é o seguinte, meus queridos companheiros eu vou parar de falar, vou dizer pra vocês uma coisa, a gente nunca sabe se vai ganhar porque eleição e mineração

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A gente só conhece depois da apuração. Eu eu eu eu eu estou nessa, eu estou nessa porque a minha causa é recuperar esse país. Eu não me conformo, eu não me conformo de um país que é.

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O terceiro produtor de alimento do mundo tem trinta e três milhões de pessoas passando fome. Eu não me conformo de um país que é o primeiro produtor de proteína animal do mundo. Tem gente na fila do açougue pra pegar um maldito osso.

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Ou tem pessoas pegando carcaça de frango? Não é possível a gente aceitar uma humanidade que produz alimento pra todo sete bilhões de seres humanos ter novecentos milhões de pessoas que vão dormir todo dia sem ter o que comer.

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Eu sei o que é isso companheiros porque já passei muita fome. Eu sei o que é isso e a fome é uma coisa que num dói. Quem tá conversando com a gente não vê que a gente tá com fome. Às vezes ela num briga maior, tá comendo a menor. A bichinha parece a sucuri querendo pegar.

02:14:05

Sabe o cara lá da novela e as pessoas não sentem? Então nós que temos que comer, nós temos que estender a mão pra aqueles que não tem, nós temos que voltar a ser solidário, generosos, ou seja, nós não podemos aceitar

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Deixar de ser seres humanos e virarmos algorítimo. Não podemos gente, nós temos que ter sentimento, nós temos que ter sentimento, nós temos que ter compaixão. Com os nossos irmãos, nossas irmãs que podem menos que gente. E quem pode fazer

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Esse país dá o salto de qualidade, senão vocês representante da cultura, senão vocês que vão falar com milhões de pessoas todos os dias em teatro, cinema, rádio, televisão, na rua. Porque cultura também não precisa ter lugar.

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O que precisa é ter só o espaço pra gente praticá-la. Então gente, muito obrigado, muito obrigado. Sabe? Por tudo que vocês tão fazendo e se preparem, se preparem para construir um comitê de cultura.

02:15:18

Que esse país vai fazer a maior revolução cultural, sabe? Que esse país já conheceu. E a nossa revolução cultural não será queimada de livro. Será aumentar a produção do livro, aumentar a leitura de livro para que as pessoas possam saber.

02:15:37

Aí o que acontece no mundo, no nosso país. Um abraço querido Helder, brigado querido Edmilson, brigado querido Fábio Paulo, Beto Faro, muito obrigado. Keila, isso é muito obrigado de coração e um abraço, um abraço. A noite

02:15:57

A noite vai ter um ato público, a noite vai ter, aonde que é o ato público? Insano Marine Club. Marília Club. Passo Náutico. Antigamente. Espaço Náutico Marine Clube. Antigamente era na rua, agora tá chique, é Marília Clube.

02:16:14

De qualquer forma, a partir das dezoito horas, não é isso? Aí vocês vão ver o Emilson falar gente, um beijo no coração, um beijo no coração de todos vocês e até amanhã se Deus quiser. Ah.

02:16:33

E tem mais uma novidade, tem mais uma novidade que eu nem falei. Um salve ao nosso ancião. OK, já tem mais uma novidade que eu não falei. Eu vou criar, eu vou criar o ministério dos povos originários.

02:16:51

Caiu. Eu ministro, o ministro não será um branco como eu, será o indígena homem ou mulher. Pra que a gente possa valorizar acontecer um quilombola.

02:17:10

sabe? Nós vamos valorizar outra vez a mulher, vamos criar um ministério com força pras mulheres, chega de falar bem das mulheres e tratar das mal. Nós queremos dar as mulheres a visibilidade que ela precisa na prática e na teoria. Por isso gente, um beijo

02:17:30

Um bege obrigado a todos vocês que compareceram aqui aos mestres. Como salve ao mestre Laurentino, nosso ancião da nossa música. Dá uma olhada, noventa e cinco Brasil.

02:17:44

Cem anos de história. Gente, um abraço, um abraço, um abraço. Obrigada Sena Cultural de Belém do Pará. Obrigada

02:18:02

A todos comentadores da cultura desse estado, vamos nos fortalecer, dar as mãos pra eleger em dois mil e vinte e dois Lula presidente e a derrubada do fascismo.

02:18:17

Vem

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Vivi

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