Botão voltar Discurso de Lula em encontro com políticos apoiadores do PSD
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Olha eu quero ah cumprimentar os companheiros do PSD, não vou ler uma nominata aqui porque já foi falado o nome de todos companheiros, mas falando o nome do Eduardo Paes e o nome do companheiro Otto Alencar

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Eu estarei me referindo, homenageando todos os companheiros e as companheiras do PSD. Eu tive a oportunidade de ser presidente da república com Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.

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E tive a oportunidade de viver com Eduardo Paes possivelmente um dos momentos mais auspiciosos que um governante já viveu que foi a conquista das Olimpíadas em Kopenhagen em dois mil e oito. Aquilo foi um momento único

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A hora que aquele cidadão pega aquele papel e anuncia como se tivesse duas laranjas na boca ali outra carneiro ah foi o estado de emoção eu dizia pros companheiros eu nunca tinha vivido nada igual.

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E depois do vídeo que nós vimos da festa da praia de Copacabana e o que representava pro Rio de Janeiro era um momento em que o Brasil fazia as três hidrelétricas mais importantes ao mesmo tempo pelo monte Girau e Santo Antônio.

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Era o tempo em que o Brasil construía vinte mil quilômetros de linha de transmissão, era o tempo que o Brasil construía quase dois mil quilômetros de ferrovia nesse país. Era o tempo que a gente ia fazer as olimpíadas, fazer a Copa do Mundo em dois mil e quatorze.

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E era o tempo que a gente tinha o parque funcionando envolvendo todos os governadores desses estados e todos os prefeitos. Porque muita gente não leva em conta que não é possível o país estar bem se as prefeituras estiverem mal.

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Ou seja, é nas prefeituras que o cidadão procura escola. É na cidade que o cidadão procura saúde. É na cidade o que o cidadão procura transporte. É na cidade que ele vive o dia a dia da rua dele, do bairro dele.

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E se a gente não cuidar da cidade, não há país bonito, o país não pode tá bem. E qual foi a grande novidade que nós fizemos no parque que foi lançado oficialmente no Brasil no dia vinte e seis ou vinte e sete de fevereiro de dois mil e sete.

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Eu disse ao meu ministério, nós vamos apresentar uma proposta de política, de infraestrutura desse país que não será construída pelo Governo Federal, a gente vai ouvir os vinte e sete governadores

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A gente vai ouvir os prefeitos de cidade grande, os prefeitos de cidade médias e os prefeitos de cidade pequena. Eu fui o presidente que participei em todas marchas do prefeito Papa Filha, eu participava da marcha dos prefeitos da capitais que era uma associação

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Da Prefeitura das capitais e do restante dos outros presentes eu participei de todas não faltei uma porque eu entendia que se para um Presidente da República uma obra de quinhentos milhões não é nada para uma prefeitura pequena uma obra

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de um milhão de reais é muita coisa e faz a diferença. Muitas vezes aquilo representa mais pro Prefeito do que uma obra de um bilhão feita pelo Governo Federal. Era um momento em que o Brasil vivia, eu diria quase um momento de ouro.

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A gente tinha saído da décima segunda economia do mundo para ser aceita a economia do mundo, isso foi anunciado inclusive no discurso que fez eu e o Meirelles pra conquista das Olimpíadas de Copenhague era um momento em que o Brasil vivia quase que pleno emprego.

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Era um momento em que noventa por cento dos trabalhadores organizados faziam acordos salariais recebendo acima da inflação. Era o momento em que o salário mínimo aumentava todo ano de acordo com o crescimento do PIB dos últimos dois anos. E era o momento que a sociedade brasileira

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Vivia um momento de êxtase, ela acreditava no amanhã, ela achava que tudo era possível. Não sei se vocês tão lembrado que no Natal de dois mil e oito, quando fugiu a quando surgiu a crise da quebra do Lemann Brother nos Estados Unidos, em que o mundo entrou em parafuso

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E o comércio do mundo inteiro tava paralisando, eu fui a televisão brasileira fazer um pronunciamento de oito minutos convocando o povo brasileiro para consumir. E eu dizia, é verdade que tem uma crise econômica e é verdade que você tá perdendo o emprego.

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Mas ainda é mais verdade que se você não consumir o desemprego vai aumentar. Então você com muita responsabilidade não gaste mais do que você ganha, não faça

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Cabana, é preciso subir o morro no Rio de Janeiro, é preciso pegar as encosta daquele morro pra saber comé que vive o povo mais pobre. Quem quiser conhecer São Paulo não pode parar.

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Na avenida Paulista, na avenida Lima, é preciso conhecer a periferia de São Paulo empobrecida, com muita gente passando fome. São Paulo era o país mais rico da federação, mas tinha um milhão e quatrocentas mil famílias que recebiam o Bolsa Família aqui, porque estavam com fome. Então, esse país é assim.

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E nós conseguimos num curto prazo de tempo despertar na sociedade a esperança de que podia ser diferente. A gente acreditava de que era possível ser diferente. Por isso que o discurso que nós fizemos em Copenhag

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Tanto do Sérgio como teu, do Meirelles, inclusive do João Avelange, era um discurso otimista, era um discurso de um Brasil que a gente não estava acostumado a ver. E qual é a situação que nós estamos agora? Veja, nós estamos vivendo uma situação

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Em que nós vivemos muitas vezes a base da mentira, a base do fetiche. Ou seja, as pessoas acham que é possível enganar o povo a todo tempo. Mas chega um momento em que o povo não se ilude. O ódio que o Presidente verbalizou ontem

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Dizendo que eu ganho as eleições no Nordeste porque o Nordeste é analfabeto, ele não sabe que o o Nordeste era analfabeto por causa da elite brasileira que era ignorante e não queria que o povo pobre do nordeste estudasse. Sempre foi assim. Sempre foi assim.

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A elite do Nordeste é fazer curso na França, em Nova York, em Londres, em Madrid. Os pobres é que não vão, mas não era o pobre do nordeste, é o pobre do Rio de Janeiro, é o povo de São Paulo, é o pobre de Belo Horizonte, é o povo de Cuiabá, ou seja, de todas as cidades em que a periferia está hipoglicemia

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As pessoas não tem direito de fazer. Quem é que pensou em mudar isso? Fomos nós. Fomos nós. É é coincidência que no momento em que esse país tinha um presidente sem diploma universitário e um vice sem diploma universitário que era o José Alencar.

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Foi o momento em que esse país mais recebeu

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Universidades, foram dezenove universidades e cento e setenta e oito campus avançados. Foram quatrocentas e vinte e duas escolas técnicas

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Além da gente aumentar o ensino fundamental pra nove anos e agora a gente vai ter que fazer muito mais porque nós queremos criar escolas de tempo integral em todo território nacional porque isso vai contribuir pra levar paz na casa das pessoas. Então eu eu

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O ato é um companheiro de primeira hora que eu conheci e sou agradecido a Deus por ter me dado a oportunidade de ter te conhecido. Eu tive uma um problema quando eu tive a primeira relação com o candidato do país, foi um clima muito tenso, não foi uma coisa fácil, muito tensa.

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Eu não vou entrar em detalhes aqui porque não me interessa. Pelo amor de Deus. Aí é o seguinte, é que a gente descobre que política é exatamente isso. Política é chamada arte do impossível. Você tem que conviver com os contrários. Eu pra justificar para a base do PT.

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A entrada do álcool, como vive, eu citei uma frase do Paulo Freire, que de quando em quando é importante, é importante você juntar os divergentes para vencer os antagônicos. Então, o que nós estamos fazendo é isso? Nós estamos juntando pessoas

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Que pode pensar ideologicamente diferente, que pode ter e sonhar com a fotografia do mundo diferente, mas que nesse instante tem uma coisa sagrada que nós precisamos recuperar, que é uma palavra mágica chamada democracia, que é o regime mais difícil de ser exercido

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É o regime mais difícil de ser exercido porque ele exige a convivência com a contradição. Ele exige a convivência com a contrariedade, ou seja, ninguém

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Precisa ser da mesma religião, ninguém precisa ser do mesmo clube de futebol, se não seria chato todo mundo ser flamenguista no Rio de Janeiro tio, num teria vascaíno, Fluminense seria muito triste o mundo de iguais, a gente num quer o mundo de iguais, a gente quer um mundo de diferentes.

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Que saiba conviver democraticamente respeitando o direito dos outros, respeitando a liberdade dos outros, ou seja, esse é o país que nós queremos construir e é isso que nós vamos fazer a partir do dia primeiro de janeiro de dois mil e três, vinte e três. Porque primeiro, nós vamos ganhar as eleições.

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Posso dizer pra vocês que nós vamos aumentar a diferença da do segundo turno. E quero dizer, olhando na cara de vocês, vocês vão me ajudar a ganhar as eleições no Rio de Janeiro.

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Nós vamos voltar a ganhar em Minas Gerais, nós vamos ganhar em São Paulo e vamos aumentar a diferença no Nordeste. Porque lá no Nordeste é que nem caldo de cana. Cê pensa que tá só uma bagaça numa aperta um pouquinho mais mais um pouquinho de caldo. E outros governaram, diziam ao Lula, você teve.

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Wellington falava assim, você teve setenta e cinco, agora cê vai ter oitenta, onde você teve sessenta e oito, você vai ter setenta e cinco e assim que eu tô esperando Otto, mas um dez pontinho na Bahia, num num num quero menos, quero mais porque nós merecemos isso pelo que nós pensamos do Nordeste, pelo que nós pensamos no Brasil.

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O o Eduardo Paes viveu um momento de ouro no Rio de Janeiro.

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quando a gente acreditava na recuperação da indústria de óleo e gás, quando a gente pensava na recuperação da indústria naval brasileira, cuja quando a gente estabeleceu que era possível construir plataformas e sonda da Petrobras nesse país com sessenta e cinco por cento de componentes nacionais pra poder valorizar a

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Pequena e média brasileira e foi assim que a gente saiu de três mil trabalhadores para oitenta e dois mil trabalhadores em pouco tempo. Agora destruíram outra vez. Porque na lógica dele de mais fácil comprar de finga pura é mais fácil comprar da Coréia. E eu quero dizer pra vocês

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Companheiro do Rio de Janeiro, nós vamos voltar a recuperar a indústria naval do Rio de Janeiro. Nós vamos voltar a construção da de plataforma no Rio de Janeiro e nós vamos votar a ser um país respeitado no mundo. É por isso que nós precisamos ganhar as eleições.

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Não adianta o nosso adversário agora ele quer dar décimo terceiro salário para o auxílio emergencial, ele agora tá oferecendo até negociar a dívida dos devedores, tudo no finzinho das eleições, é só a gente falar aquele cupim faz na hora. Sabe? Pode fazer.

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O que nós vamos fazer e vamos desmoralizar, não vai ter debate entre eu e ele e eu espero que a gente faça uma comparação, sabe? Entre os dois governos, o que aconteceu no Brasil no nosso período e o que aconteceu no período deles agora.

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A gente pode comparar quatro anos, pode comparar oito anos, pode comparar sete anos. A gente vai provar que esse país já foi melhor, já foi mais democrático, o povo sorria mais, o povo acreditava mais, o povo sonhava mais, o povo comia mais.

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E até uma cervejinha a mais o povo tomar. As pessoas ficam irritada quando eu falo, se preparem porque as família vão voltar a fazer um churrasquinho no final de semana. Se preparem que uma picanhazinha com aquela gordurazinha passada na farinha com uma cervejinha gelada.

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Que eu já comi na casa do Prefeito, ninguém rejeita aquilo. Então, é isso que eu quero agradecer a vocês. Vocês vão me ajudar. Não só a ganhar as eleições, mas fazer esse país voltar a ser feliz, um país próspero e um país que garanta

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A juventude, um futuro digno, decente e respeitoso. Brigado pelo apoio e brigado pela presença de vocês queridos. Meu nome é Gustavo. Aqui ó. Então tem que ser assim com o resto de Lula.

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