Botão voltar Discurso de Lula em encontro com setor cultural de Recife (PE)
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Bom, eu aprendi que quando

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A gente não almoça ainda é bom dia. Então eu queria cumprimentar vocês. Bom dia. Para o povo da cultura do nosso querido estado de Pernambuco.

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Queria dizer pra vocês que o companheiro Alckmin pediu pra não falar não só porque ele também quer almoçar mas porque eu acho que o Alckmin nessa viagem

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Ele está aprendendo um pouco o Brasil além do Brasil que ele conheceu tão bem governando o mais importante estado do Brasil por dezesseis anos e mais seis anos de vice.

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Eu acho que pro Alckmin, pra dona Lu essa viagem é uma penetração numa universidade ensinando coisas que eles ainda não tinham aprendido. Mesmo Aloísio Mercadante, nosso grande economista, nascido na cidade de

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Ele pouco conhecia não porque não queria mas porque não teve chance de conhecer a cultura do povo nordestino e dentro do povo nordestino a cultura do estado mais revolucionário do Brasil que é

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Eu eu na verdade vim aqui pra aprender. Normalmente quando a gente é candidato a presidente, a governador certamente o Danilo já mandou fazer

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A gente chama meia dúzia de pessoas bem dotadas de informação. Aí eles preparam um programa pra gente sobre economia. Um programa sobre segurança pública. Um programa sobre sabe? Política agrícola.

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Um programa sobre urbanização de favela e vai por aí afora. Acontece que nem sempre a teoria colocada no papel é execuvel quando você tenta levá-la pra prática em que

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Você tem que discutir dinheiro e prioridade desse dinheiro. Para quem você quer governar. E a é uma coisa muito rica. Eu acho que embora eu tenha feito

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menos do que gostaria de ter feito quando eu assumi a da república em dois mil e três eu queria fazer uma coisa nova na cultura e eu queria buscar alguém ligado a cultura

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Alguém que de preferência não fosse do meu partido para que a gente pudesse mostrar um processo de aliança política e fui procurar o companheiro Gil. E fui na época

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O Gil era afiliado ao PV eu conversei com o Gil. O Gil aceitou ser o meu ministro da cultura. Eu tive vários problemas no PT. Muita gente no PT, sabe? Não gostou

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Toda ideia não porque não gostasse do Gil não gostou da ideia porque estava ele que o ministro da cultura deveria ser do PT genuinamente do PT. E o dado concreto é que nós tivemos alguns problemas

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Mas o Gil se saiu perfeitamente bem. O Gil, uma figura leve, uma figura capaz de ouvir. Uma figura capaz de dizer não. Uma figura capaz de colocar dentro do governo

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Numa situação financeira não tão boa aquilo que foi possivelmente o melhor momento da cultura desse país. Eu sonhava criar uma Casa da Cultura em cada município. A minha ideia era uma megalomania. Ainda bem que não deu certo.

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Porque eu imaginava em cada cidade criar uma casa que tivesse espaço pra tudo. Pra teatro, pra cinema, pra música, pra cerveja, pra dança, pra tudo. Era na verdade quase que uma cidade da cultura em cada cidade.

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E a gente quase começa a fazer porque os companheiros da cultura da Petrobras resolveram que era possível financiar as primeiras cinquenta casa da cultura. E aí nós fomos atrás do projeto daquele hospital Sarah Kubitschek.

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Que aquele projeto é do engenheiro baiano chamado Lelé e nós ficamos sabendo que como Sarah Kubitschek tinha comprado o projeto ele não permitia que fosse vendido a estrutura sabe? Que construía o hospital aquela estrutura pré montada ou seja

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Pra gente fazer a nossa Casa da Cultura. E aí o Gil então inventou o Ponto de Cultura. Então eu acho que a montanha conseguiu parir uma coisa menor. Mas uma coisa muito mais eficaz.

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Porque atingiu num curto espaço de tempo muito grande muita gente. Muita gente. Bem e aí vocês sabem o que que é tratar da cultura. É sempre muito complicada. Tem muita gente discutindo tem meia dúzia de pessoas que às vezes toma conta

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Sabe de todo o espetáculo, a vez da cultura muito dominada no eixo Rio-São Paulo é uma coisa muito ligada as TVs mais poderosa e aquilo me incomodava porque o Brasil cultural não é o Brasil da novela das oito

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Se bem que eu gosto da novela da noite agora estou vendo Pantanal eu já me acho o Jovino e as essa já é minha Juma a gente já está já está bem mas a cultura do Brasil é uma coisa muito mais rica

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Olhe eu já gostei de circo eu quando era pequeno eu vi a companheira falando de circo aqui eu morava na Vila Carioca era um bairro bem pobre de São Paulo vizinho de São Caetano o Acre não deve saber onde é que é

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E a rua que eu morava enchendo água. Logo que eu saí de Pernambuco eu fui pra Santos em cinquenta e seis eu fui morar nessa Vila Carioca. Era um bairro bem pobre. Dava muita enchente. Eu achava morto que dava enchente porque eu ia trabalhar e não dava pra ir trabalhar porque a rua estava cheia. Eu voltava pra casa. E não trabalhava.

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Eu ia num circo naquele circo pobre em que tem mais buraco no encerado sabe? Do que estrela no céu. E tinha um trio de música que é caipira que eu conto muito pra Janja. Tinha um trilho de música caipira chamado velão

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Peninha e Verinha. Eles cantavam muito aquela música que beijinho doce. Que é? E eu? Toda vez que aquele filho que ia na Vila Carioca eu acho que ele só ia lá porque era o lugar daquele circo. Aí eu ia lá pra ver

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O velão, a peninha verinha. E a Verinha dançava, levantava as perna e eu achava que ela estava olhando pra mim e não estava coisa nenhuma. Eu era tão insignificante quanto uma pedrinha na areia da praia. Mas de qualquer forma eu vivia a solução muito tempo.

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E a propaganda do circo sabe qual era? Quem financiava o patrocínio naquele tempo a gente não usava papel higiênico. É importante lembrar era a folha de jornal era folha de revista.

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Sabe não importa a leitura, não importa a cor, não importa a qualidade da tinta. Sabe? Mas aí começou a surgir um papel higiênico. Papel higiênico da cor da da calça da nossa Tereza Leitão assim. Era o rolo. Papel meio vermelho.

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E aquele era que patrocinava o show. Então o cara entrava com dois rolo de papel higiênico papel higiênico tico-tico por onde passa brilha? Aqui essa

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É a minha história com circo na Vila Carioca. Por isso que eu gosto de circo. Porque foi na minha adolescência. Também já vi outras coisas que era patrocinado por coisa melhor. Ai.

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A minha primeira introdução no cinema foi assistindo o filme na parede de uma padaria. A gente morava em Vicente de Carvalho uma um bairro entre

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A cidade de é um bairro do Guarujá na verdade. Mas não pense que falar bairro do Guarujá, Guarujá bem fodido mesmo, bairro. Bem pobre. Eu lembro que meu pai ganhou um terreno do do acho que o do Adhemar de Barro. Lá pros anos sessenta. Não sei quem era.

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E onde meu pai ganhou o terreno virou uma favela. Virou uma favela, mas muita gente pobre eu quando fui visitar meu pai o banheiro do meu pai era um buraco, era uma tal, era um buracão bem fundo com umas tábua em cima, com um quadradinho ali pra você mirar e atirar

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No ponto certo, sem descarga, sem nada. E eu morei lá há muito tempo e não tinha cinema. Se tivesse cinema não tinha dinheiro. Se tivesse dinheiro não tinha roupa pra ir no cinema. Porque eu não sei se você sabe

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Em mil novecentos e sessenta pra ir no cinema lá no na Silva Bueno tinha que ter paletó e gravata. Paletó e gravata. Eu fazia troca com uma um rapaz que era amigo meu ele tinha uma deficiência física ele andava meio mancando.

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E a mãe dele queria que alguém acompanhasse ele no cinema. Então o Lulinha pediu o terno e a gravata dele e acompanhava. E uma vez ele brigou comigo e queria tirar o meu terno no meio da estrada. Eu não deixei sair correndo. E larguei ele sozinho.

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Mas eu fui assistir um filme era King Kong acho que era. Era uma máquina que ficava passando na parede da padaria. A gente levava a cadeira de casa pra assistir o filme. Era uma coisa tão bonita. Tão bonita. Sabe que quando eu entrei no cinema pela primeira vez

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Eu já tinha quase dezoito anos de idade. Pra mim tudo aconteceu atrasado. O meu primeiro presente que eu ganhei foi uma bicicleta velha que eu comprei. Quebrava mais a corrente do que eu pedalava.

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Era eu subi pá correto e quebrava. Eu desci e arrumava. Subia pá quebrava. Sabe? E assim foi minha vida do com o cinema. E aí eu comecei a me invocar com cultura. Eu virei presidente do sindicato de São Bernardo. Em setenta e cinco.

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E no sindicato eu criei curso de fotografia, criei curso de teatro, a gente tinha um grupo de dados no sindicato e pasmem. Criamos um curso de cinema. Dentro do sindicato dos metalúrgico. E às vezes durante a semana

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A gente sorteava quarenta, cinquenta trabalhadores, escolhia um filme, a gente levava eles no cinema pra ver o filme e na outra semana a gente via pro sindicato fazer debate sobre o filme que a gente tinha assistido. E isso foi

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Foi fazendo com que a gente fosse pegando gosto, pegando gosto. E é por isso que quando eu assumi a presidência eu resolvi qualificar melhor o Ministério da Cultura. E eu estou conversando com vocês porque

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Nós vamos ter que melhor qualificar ainda a questão cultural nesse país. A cultura já esteve junto com o esporte, já teve junto com a educação e no nosso governo ela esteve sozinha e agora vai precisar mais. O Ministério da Cultura tem que ser entendido.

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Não como ministério de gasto o ministério da cultura tem que ser visto como ministério sabe? De investimento e o ministério descoberta sabe? De descoberta

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De pessoas extraordinária de gente excepcional nesse país. Quem for pro sertão de Pernambuco como eu fui com o companheiro sabe? Assistir os vários tipos de maracatu sabe? Muita gente não sabe eu tentava levar pra Brasília

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Você tem uma coisa que eu morria de inveja que eu queria levar um frevo pra Brasília. Quando eu recebesse o rugi tal da China o Bush dos Estados Unidos eu queria que ele visse o frevo frevo porra. Eles pensa que o Jazz é bom. É bom mas vamos ver o frevo brasileiro. Vamos ouvir aqui.

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E era sempre difícil porque tinha que fazer licitação. Eu queria levar o Maracatu. Você já viu uma dança sabe? É tão bonita Luiz é tão bonita uma coisa tão pobre sabe? Mas tão bonito. Eu não leva.

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Eu queria levar aquela dança do Pará o Carimbó gente vocês já viram a dança do Carimbó? Sabe que eles tratam como se fosse a dança de uma acadalamento que coisa bonita a gente tenta tanta mas ele não consegue porque você você tem que fazer um concurso fazer uma licitação

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E eu queria levar um grupo que estava lá que era o melhor. E não é possível. Até pra comprar artesanato do nordeste eu não podia. Porque tem um artista que faz uma coisa de barro, faz um lampião, faz um padre Cícero. Mas só aquele artista faz aquilo.

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E as pessoas queria que eu fizesse licitação então não dava pra comprar porque eu não posso fazer licitação de um só. Às vezes eu pedia pro Eduardo Campos comprar em Pernambuco levar pra mim dar de presente a presidência pra presidência dar pras pessoas. E às vezes era o SEBRAE que fazia. Então

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Eu fiquei invocado e por isso que resolvi voltando a ser candidato tratar diferentemente a cultura nesse país. Eu quero fazer não eu

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Nós precisamos fazer uma verdadeira revolução cultural nesse país. Não é uma revolução cultural de mandar queimar livro não, é de dar mais livro. É de destruir mais livro.

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É de permitir o acesso das nossas crianças a ter possibilidade de assistir filme na escola, de poder aprender música na escola, de poder aprender teatro na escola, tudo a gente pode aprender na escola.

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Tudo a gente pode aprender e é tudo mais fácil quando a gente aprenda as coisas no tempo certo. Então além de recriar o ministério da cultura peixe eu quero criar comitês de cultura estaduais. Por que que eu quero criar comitê de culturas estaduais?

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Para que não haja o monopólio da cultura do centro-sul do país sobre o restante do território nacional. Então o ministério que vai cuidar da cultura

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Ele vai ter que construir junto com vinte e sete estados, grupo de culturas em que vão fazer conferências anuais para decidir que tipo de política que a gente vai colocar em prática. Aprimorando aquilo que a gente já fez.

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E fazendo aquilo que a gente ainda não fez. E fazer com que a indústria seja um instrumento de geração não apenas de cultura, mas um instrumento de geração de riqueza nesse país. Você viu aqui, veio cantar uma moça, não veio cantar uma moça que o companheiro

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Ele foi cantar. Tinha dois cara trabalhando com ele ali. Tinha dois. Se for um show mais chique tem mais gente. Tá? Você veja o qualquer cantor, qualquer peça de teatro, qualquer coisa envolve um monte de gente.

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Então isso significa emprego decente, emprego de qualidade, emprego que não precisa desmatar, não precisa invadir o Pantanal, não precisa invadir a Amazônia. É simples. É apenas a gente fazer as coisas como deve ser feita.

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E fazer as coisas como devem ser feitas é o óbvio. Mas o óbvio é difícil. Porque as pessoas às vezes querem inventar e a gente só tem que deixar a cultura fluir como um rio. Não vamos tentar mudar o curso, vamos deixar ele transitar.

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E vamos tentar limpar pra cada vez a água correr com mais velocidade para que a gente possa chegar aonde deveríamos chegar mais tempo. Afinal de conta todos nós somos resultados de um país.

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Que sempre apostou no atraso. Esse país apostou tanto no atraso apostou tanto meu caro Danilo. Que precisou chegar um presidente da república só com o diploma primário.

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E um vice-presidente da república também falco diploma primário. Um metalúrgico sindicalista e um empresário para que a gente passasse para a história como os dois caras que mais investiram em universidade e escolas técnica na história desse país.

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Eu fico me perguntando por que eu? Por que eu? Exatamente o cara que não tinha diploma consegui fazer isso por causa de vocês. Porque não foi por minha causa.

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Foi a cultura de relação humana que eu criei na minha vida desde o sindicato que permitiu ter capacidade de ouvir. Eu não tenho vergonha de dizer que não sei. Eu não tenho vergonha de dizer que não entendi. Um dia desse eu estava num

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Não não não há numa numa palestra eu estava visitando um país aí e eu estava com um companheiro meu e eu sempre que eu converso mesmo que eu converso eu coloco o aparelho pra ouvir a tradução perfeita. Eu gosto de entender cada palavra e gosto que o meu interlocutor

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Entenda cada palavra. Eu estava lá estava falando o Evo Moral que ele falava um espanhol complicado, opaca. A gente pensa que entende. Quando um cara falar pra você que entende espanhol a primeira coisa que você tem que falar pelo é o seguinte. Fala os cinco dias da semana.

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Pra ver se ele está pra lá segunda, terça, quarta, quinta, sexta. Se ele não souber significa que ele não sabe porra nenhuma de espanhol. Mas a gente às vezes tem vergonha de dizer que não sabe. Às vezes e eles também tem vergonha de dizer pra nós que não sabe.

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Sabe eu quando vou falar você quer falar eu não quero intérprete eu não quero intérprete cara você não vai entender você não vai entender pega um tempo é melhor do que ficar fingindo sabedoria aí eu estava com esse companheiro meu e eu estava com um negócio aqui no ouvido atento

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Ouvindo cada palavra, ouvindo porque eu gosto de de responder. Eu só posso responder corretamente se eu entender o que eu quero falar. Aí eu perguntei pra esse amigo meu, o cara você entende espanhol? Aí o cara falou, só o essencial

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Eu falei pô e quando é que você define que é o essencial? Tem um momento que você define a bom esse momento eu tenho que compreender porque esse momento é essencial. Porra seja humilde coloca o aparelho no ouvido e ouça o tradutor que é uma profissão.

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O tradutor é uma profissão de qualidade. Bem então veja, vocês vão ter que saber que vocês vão ter trabalho se eu voltar a presidir esse país.

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Tá? No veja eu eu o companheiro falou do Alckmin e eu queria contar uma coisa pra vocês. Há momentos na história de um ser humano em que ele já fez tanta coisa

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Que ele não pode repetir o mesmo sempre. Eu em oitenta e nove noventa e quatro e noventa e oito eu perdi três eleições. E eu tinha trinta por cento toda vez. Então eu cheguei à conclusão que trinta por cento eu já tinha.

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E eu precisava de vinte por cento pra ganhar as eleições. E esses vinte por cento não estava dentro do PT. Ele estava fora. Eu tinha que ir buscar. E pra ir buscar eu tinha que conversar com outras pessoas. Pra que essas pessoas convencesse outros que não gostassem de nós?

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Pra mim votar na gente. Eu fui buscar o Zé Alencar. Aquelas coisas que eu acho que é obra de Deus. Porque muitas coisas na minha vida como eu acho e sei que eu não sei muita coisa. Eu sei que eu não sei muitas coisas.

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Mas eu acho que tem sempre o dedo de Deus fazendo eu tomar as decisão certa. Eu fui ver o Zé Alencar fazer uma palestra sobre cinquenta anos de vida empresarial. Um homem que tinha um patrimônio industrial de dezessete mil trabalhadores. Era tudo

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Mas quando nós criamos o PT gente, o cara que tivesse um boteco já era patrão. A gente já não queria. O cara trabalhava na fábrica comigo era peão. A gente queria. Ele saía da fábrica, comprava um boteco, era patrão, a gente não queria mais. E eu fui ver esse cara falar

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Quando ele contou a história dele quando ele contou como é que ele chegou lá quando ele contou como é que ele passou a vida dele eu falei porra esse cara vai ser meu vice. Esse cara vai ser meu vice.

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Fui lá Alckmin, convidei ele, ele era do PMDB, tirei do PMDB, escolhemos um partido pra ele se filiar, ele se filiou e foi o meu vice extraordinário pessoa. O Alckmin, o Alckmin foi minha o PSDB

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Polarizou com o PT desde oitenta e nove. Se bem que oitenta e nove foi o quórum que ganhou as eleições. Mas depois eu disputei duas com Fernando Henrique Cardoso, depois de poder com Serra, depois disputei com com o Alckmin, depois a Dilma disputou com Serra, depois disputou com foi sempre PT e PSDB.

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E eu disputei dois mil e seis. Eu sempre faço uma distinção do que é uma disputa política. Do que é as brigas durante a a a campanha. E a nossa convivência democrática

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Eu não precisaria voltar a ser candidato a presidente da república. Confesso a vocês, não precisaria. Eu poderia guardar meu título, sabe? De o melhor presidente da história do Brasil. E viver

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E viveu os últimos anos da minha vida tranquilo. Entretanto eu vi esse país sendo destruído tudo aquilo que nós fizemos com trabalho desgraçado, com reuniões e com reuniões, com gente perdendo emprego, com gente tendo mandado embora

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Fui jogado fora. Fui jogador fora. Eu vi a Funarte ser presidida por um cara que não gostava de negro. Eu vi a cultura ter gente que não gostava de cultura. Eu vi a educação ter gente que não acreditava na educação.

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Eu vi o Ministério do Meio Ambiente ser tomado por um cara que queria terminar toda a floresta do Brasil. Eu falei não é possível. Nós temos que voltar. E resolvi voltar. Resolvi voltar e resolvi procurar o Alckmin. Porque eu precisava

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Ter um companheiro com qualidade e com dimensão. E uma pessoa que governou São Paulo por dezesseis anos tem qualidade suficiente pra me ajudar a consertar esse país.

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Eu não não fui pedir o Alckmin em casamento. Ele já está casado. E eu também já estou casado. Eu fui estabelecer uma aliança política com segmento político que não era meu. Para que a gente faça uma somatória de gente diferente.

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É a maior aliança que eu fiz até agora. Agora nós temos sete partidos. Nós temos sete partido pra quê? Exatamente porque nós não estamos enfrentando uma eleição comum. Nós estamos entrando um fascista cercado de miliciano por todos os lados.

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E que nós precisamos derrotar pra recuperar a democracia. Então eu sou muito agradecido ao companheiro Alckmin de ter aceito essa tarefa porque se no PT tinha gente que falava porra vai trazer o Alckmin. Cara porra deve trazer um tucano. Sabe?

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Aí quando ele falou aquela brincadeira do chuchu resolveu o problema. Foi ele que inventou essa do chuchu. Não fui eu. Foi ele que falou Lula agora vamos comer Lula com chuchu. Então então eu acho que foi um salto de qualidade.

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Eu acho que a história vai julgar ó como que nós estamos fazendo e ela vai julgar melhor depois. E por que que eu resolvi votar? Veja, eu pensei o seguinte, porra se eu aos setenta e seis anos fui capaz de me apaixonar outra vez.

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Fui capaz de decidir casar outra vez. Falei porra eu estou melhor do que antes cara. Então esse país vai ser consertado. Esse país vai ser consertado.

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Esse país vai ter política de cultura de verdade, esse país vai ter política de emprego de verdade. Esse país vai ter política ambiental de verdade. Esse país vai ter política de respeito a nossa juventude. Esse país tem que aprender

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Que a solução da violência nos bairros não é a polícia. O que vai resolver é o estado deixar de estar ausente onde está um problema. O estado tem que estar lá com educação, com saúde, com cultura, com lazer, com boa qualidade de vida.

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Eu vou fazer uma reunião a semana que vem Luiza ou a outra semana com o governador que tem nós temos já vários governador que tem dezesseis anos de experiência de mandato. Pra mim não ficar ateorizando a questão da segurança pública.

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Nós vamos fazer uma reunião com todos os governadores que tem dezesseis anos de experiência de mandato para que a gente queira saber o que cada um fez. Qual foi o acerto que eu saí da teoria e entrar na prática?

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Se o cara ficar ateorizando eu falo e daí você colocou em prática não. Então não fica dando palpite aqui. Me diga só o que você fez. Eu quero saber o que você fez. Porque depender do que você fez é o que eu não devo a fazer.

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Por que tirão a gente não concerta esse país? Eu não estou voltando pra fazer a mesmice. Eu quero fazer mais e quero fazer melhor. E aí o meu

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E aí veja, nós temos que fazer uma revolução na nossa cabeça. Como é que a gente vai gerar emprego pra esses milhões de jovens?

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que as vezes se forma ou ou quer ver o negócio? Alguém aqui pode fazer um favor pra mim? Pegue esse microfone aqui e passa pra aquela mulher que está ali de amarelo. Ela fica aqui. Já pagou? Você está morando aqui agora? Eu tenho um problema pra dizer. É porque é você.

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Minha amiga Rosa linda. Sou Rosa. Eu disse aqui a esse homem na entrada desse teatro que o primeiro mandato dele

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Ele disse que o vendedor de macaxeira que vendia na cabeça a macaxeira manga e feijão podia ser um empresário. Eu não acreditei. E fui lá firme, tirei meu CNPJ e fui ser empresária.

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Esse homem aqui o que ele fez muita gente perguntou a mim quando eu digo que eu tenho quatro filhas formada que estudou em escola pública e que eu dizia assim minha filha não vai pra Universidade Federal porque só tem rico eles te dão em escola pública ela não vai ter

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Esse homem vai aqui e inventa o Enem, minha gente. E o Enem fez com que minhas quatro filha entrasse na faculdade sem eu pagar um real.

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Eu tenho não foi porque Lula me deu dinheiro não, mas ele me deu condições de formar minhas filhas. Lula ele me fez ser empresária, eu era cozinheira de um hotel. E hoje

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Lula eu arrendei esse hotel ele é aqui eu dou emprego há vinte e três mulheres

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Eu dou o primeiro emprego à menina de dezoito anos que nunca teve oportunidade na vida e que mandou eu lhe agradecer, lhe dar um abraço e está todo mundo lá vibrando porque eu vim aqui lhe dei um abraço.

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E eu tenho fé em Deus que muitos vendedor de macaxeira e de feijão verde

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Ainda vai ser empresário nesse país ganhar dinheiro sustentar a sua família e ter emprego pra todo mundo. Que é isso que a gente precisa. Lula no Brasil. Lula e Pernambuco. Emprego pra mulher preta. Mulher preta é

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E virá gente nesse país. Obrigada Lula que Deus te abençoe e te dê saúde, fé e paz muito. Eu eu queria falar eh amiga companheira Rosa eh a história de vida dela a gente conversou muito hoje aqui.

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E eu falei pra ela a minha história de vida a de rosa a de dona Lindu a da Eunice que é minha mãe são iguais são mulheres pobres né? Que não tiveram condições na vida de de ter educação porque era roça

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Era café com farinha, era enchente mergulhada nas fezes pra salvar os filhos. Minha mãe foi igual a Rosa, dona Lindu. E eu falei pra Rosa. Rosa, a gente tem que sonhar. Porque a partir do sonho

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É a partir do sonho que a gente estrutura a nossa vida. E eu encontrei através de Deus como ele tem a mesma fé. Ele falou pra minha filha e disse assim minha filha com sete anos que foi levada por Gilberto Gil até esse homem.

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Esse homem aqui ligou pra uma mulher da Rua da Lama, pobre, ele ligou pra minha casa, disse que era mentira, se ele era Lula eu era Gisele Butter. Como é que um homem desse vai ligar pra mim na rua da lama pra minha filha Diana?

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Que por coincidência nasceu em São Paulo fez o contrário dele. Nasceu lá e veio praqui. Então eu saí de um casamento abusivo assim como a mãe dele também. A gente conversava muito. E esse homem nunca fez o marketing do bom político beijando criança e abraçando. Eu posso dizer

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Que hoje minhas duas filhas Emily Rita e de Ana Flávia uma engenheira uma das melhores faculdades de São Paulo e Emily é advogada hoje empresarial eu estive lá agora pouco com a ajuda de companheiras aqui Vivi o Márcio o Edson

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Tive ajuda deles pra ir até São Paulo ver minha filha que o pai faleceu e a minha filha ficou com depressão porque eu não pude estar lá com ela. Mas eu estive lá depois com a ajuda deles que eu vou dever o resto da minha vida isso a vocês e a minha filha. Eu estando lá um mês

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Foram quatro quatro empresas internacionais chamando minha filha. Eu estou desempregada na minha filha não. Porque ela disse mamãe eu segui o conselho dele. Porque ele disse não chore mais por ele. Porque a partir de hoje

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Eu vou lhe orientar. Não pensem vocês que eu estava vinte e quatro horas com Lula. Muito difícil. Do jeito que todo mundo aqui está difícil pra dar um abraço nesse homem. Minha vida foi assim. Mas a gente tem que perseverar. E foi através dos ensinamentos dele. Que as minhas filhas obedeceram.

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E respeitaram e lutaram e chegaram onde chegou por conta de você. Olha eu eu eu sempre falo eu sempre falo uma coisa e eu repito muitas vezes porque é é preciso a gente cuidar dos nossos

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Eh no tempo que eu era adolescente o mundo era mais fácil pra gente criar um filho. Né? Você não tinha a cultura do filho bater a porta na cara da mãe do pai. A gente uma coisa que eu adoro na janja

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É que a Janja até a mãe dela morreu de covid mas toda noite a Josi ligava pra mãe e falava bença mãe. De manhã ligava bença mãe. Essa coisa acabou no nosso meio. Nenhum moleque toma mais benção pra mãe ou pro pai.

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Sabe? Então está mais difícil criar porque tem mais independência, mais informação, tem mais violência. A gente ficava na rua até seis horas da noite, meia-noite, uma hora da manhã brincando e não acontecia nada. Hoje a gente não pode deixar criança no quintal.

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que pode acontecer uma desgraça, uma bala perdida e não sei se vocês perceberam que a balas perdidas cai sempre perto do pobre. Sabe? Tem tanta gente ruim que deveria uma bala perdida pegar, mas não pega, é só no pobre. Que não fez nada.

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Então a gente tem que ter consciência de eu falar uma coisa gente olha toda vez que eu quero mexer com o brio das pessoas eu falo olha se um cara que nasceu um Caetés que veio comer pão pela primeira vez com sete ano de

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Um cara que viu a fome de perto e viu muitas vezes a lombriga maior, roncar comendo a menor. Sabe? Um cara que muitas vezes sua mãe na beira de um fogão com oito filhos sem ter nada pra colocar no fogo.

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Um cara que só tem o custo primário e pelo fato de eu ter o custo primário e um curso de torneiro mecânico eu fui o primeiro a ter uma casa, eu fui o primeiro a ter um carro, eu fui o primeiro a ter uma televisão, eu fui o primeiro a ter uma geladeira, virei presidente do sindicato e estou aqui, vote

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E bonito conversando com vocês com a vontade desgraçada de permitir que todas as crianças tenham o mesmo caminho que eu tive. É por isso que nós temos que nos preocupar com essa com de verdade com as nossas adolescentes.

02:30:19

A meninada está estudando apesar que eles estão acabando com o PROUNI e estão acabando com o FIES avacalharam com o ENEM. Mas tudo isso vai voltar. Então se prepare que tudo isso vai votar. Vai votar a gente vai rediscutir o papel da Petrobras na economia brasileira.

02:30:37

A gente vai discutir o papel da Eletrobras na economia brasileira. A gente vai rediscutir o papel do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNDES, do do BNB e do BAVA. Porque sabe o que acontece? O Estado tem que ter instrumentos.

02:30:54

Que dê força ao estado não pra ser empresário. Mas para o estado ser indutor do desenvolvimento. Não é o estado que tem que mandar na cultura determinar a cultura? Não. A gente não quer esse estado. Quando esse estado chegar a definir o que nós vamos o que vocês vão fazer passa a ser o estado autoritário. Eu não quero isso não.

02:31:13

Eu quero que o estado crie condições para que a liberdade total de vocês possa criar possibilidade de vocês fazerem cultura e ganhar com a cultura e o Brasil dá um salto de qualidade. Nós precisamos acabar com a história

02:31:31

Negativista desse país. Eu vou terminar dizendo pra vocês uma coisa. Esse país não pode mais ter só faculdade de direito. Eu não sei se vocês sabem que o Brasil sozinho tem mais faculdade de direito do que todo o restante do mundo.

02:31:51

O Brasil sozinho tem mais faculdade de direito do que o planeta Terra. Nós precisamos formar mais engenheiro, mais médico, mais pesquisador, mas nós precisamos tomar outros tipos, não, não vamos querer que não que continue difamando advogado

02:32:10

Mas nós vamos ter que formar mais gente. Você virou professor de pós-graduação, né João Paulo? De economia. Eu vou querer ter um cursinho com você pra ver se você sabe mesmo. Eu vou colocar você de frente com Aloísio Mercadante pra ver quem é que vai me enganar melhor. Eu vou ver eu vou ver.

02:32:27

Então gente esse país tem que ser repensado nós temos que estar com a cabeça aberta. Sabe aquele negócio de você não é dono do Brasil? Eu não quero esse eleito pra ser dono do Brasil. Vocês nunca vão ouvir da minha boca dizer você sabe com quem você está conversando? Sabe com quem que você está conversando? Já vai vocês vão ouvir isso de mim

02:32:47

Agora esse país tem que conversar. O presidente não é dono, o presidente é um síndico. Ele vai ter que governar de acordo com as necessidades da população. E ouvir faz bem. Por isso é que Deus deu dois ouvido pra gente e só uma boca. Pra gente ouvir mais do que a gente falar.

02:33:06

Mas às vezes a gente pega a boca e utiliza por dez ouvido, não é isso? Eh então eu eu estou você não sabe gente a vontade que eu estou. Vocês não sabem eu estou com mais vontade do que eu estava em oitenta e nove do que eu estava em dois mil e dois. Eu estou com vontade porque eu acho que nós vamos recuperar esse país.

02:33:23

Eu acho que nós vamos recuperar esse país gente. E não vamos fazer nada de absurdo. As pessoas querem ter uma casinha. Ter um emprego, ganhar um salário razoável que dê pra viver. As pessoas querem ter um carrinho.

02:33:41

As pessoas querem poder ir na praia, pode poder viajar. Vocês estão lembrado que no nosso tempo do governo o rico falava o aeroporto está virando uma rodoviária porque o eu quero mais pobre viajando de avião.

02:33:56

Eu quero mais gente humilde se formando médico, engenheiro, diplomata, economista ãh esse metalúrgico mago pra desgraça virou prefeito de Recife duas vezes virou deputado federal deputado estadual

02:34:14

Agora é estadual outra vez. Sabe? E agora até professor doutor. Pensa o João Paulo um metalúrgico de Recife agora professor de pós-graduação de de economia Luiz Mercadante. Você não chegou a ser professor titular de economia, chegou? Aí ele é também.

02:34:33

Então gente é o seguinte eu vou terminar dizendo pra vocês o seguinte creiam companheiros e companheiras creiam esse país está com um problema sério o Brasil de hoje

02:34:51

É pior do que o Brasil de dois mil e três. A dívida é maior. Não dívida externa. A dívida pública. A inflação está maior. O desemprego está maior. A destruição das instituições está maior. O desmonte das políticas públicas está maior. Mas

02:35:10

Eu quero dizer pra vocês porque está tudo pior. Eu quero dizer pra vocês que eu e o Alckmin estamos melhor. A gente está melhor. A gente e a gente vai dedicar

02:35:27

A gente vai dedicar o tempo que Deus nos deu para viver. Pra consertar esse país. Eu sonho que esse país esse país vá voltar a ser respeitado.

02:35:42

Os americanos vão respeitar o país, os russos vão respeitar, os chineses vão respeitar. A Argentina vai respeitar e nós vamos ter que fazer coisa diferente. Se a gente ficar só pensando em política fiscal e teto de gasto eu não sei das conta nós estamos ferrado.

02:35:59

Eu tenho medo que aconteça conosco o que aconteceu com o presidente da Argentina. O meu amigo Alberto Fernando ganhou as eleições porque o marketing tinha feito uma dívida de quarenta bilhões de dólares no FMI. E ele ganhou na perspectiva de resolver o problema da Argentina. Não conseguiu.

02:36:19

Porque ficou preocupado em resolver o problema do FMI. E o FMI só enche o saco quando a crise é num país pobre, quando os Estados Unidos quebrou, quando a Alemanha quebrou o FMI não fala nada, mas quando é argentino, o Brasil, a Bolívia, eles dão palpite. E eu e o Alckmin

02:36:38

Temos autoridade moral, temos experiência política pra encontrar soluções pra esse país a partir das nossas necessidades. Então estejam certo, povo da cultura de Recife vocês vão viver o melhor período de participação cultural

02:36:58

Quer dizer para isso é teu. Sabe? Não pode eu não vou dizer tudo que nós pretendemos fazer porque vocês ainda vão ter que decidir muitas coisas. Nós já temos muitas propostas.

02:37:11

Mas eu fico pensando porque que uma televisão aqui em Pernambuco aqui tem todos os canais nacional não tem? Agora você sabe o que que funciona aqui a televisão Aloísio? A televisão local é meia hora de jornal de manhã o Bom Dia Pernambuco é meia hora de jornal a tarde boa tarde Pernambuco

02:37:31

E é meia hora de jornal à noite, boa noite Pernambuco. O restante é só transmissão de enlatados que a Globo transfere pro Brasil inteiro. Aqui não deveria ter três ou quatro horas de programação do estado pra gerar emprego, pra divulgar a cultura do estado.

02:37:51

Para que tivesse mais gente trabalhando não poderia. A televisão é uma coisa só pra vender patrocínio. Na hora do intervalo no Rio de Janeiro aí aqui o dono da emissora vendo os produtos de Recife. É só pra isso. Qual é a contribuição cultural

02:38:10

Essas coisas extraordinárias que vocês fazem qualé a televisão que passa? Está certo que agora a gente tem internet. Né? Mas a gente que fica dizendo que a rede social é preciso tomar cuidado porque eu acho que nós temos uma rede digital.

02:38:29

Porque a rede social ela está impregnada de mentiras, de fake news, de maldade e de ódio a começar pelo genocida que governa esse país. Então gente olhe vai ter muita coisa pra gente discutir

02:38:49

Mas muita coisa mesmo e nós vamos montar esse país. Por isso é que eu falo não venha pedir pra mim fazer um plano de emergência. Oh Lula o que que você vai fazer em cem dias? Se o cara prometer fazer uma coisa e defender ele está mentindo. Não é possível fazer nada em seis dias. Você foi prefeito? Você sabe disso.

02:39:08

Você foi governador, você sabe disso. O meu compromisso do Alckmin com vocês é quatro anos. Nós queremos ser medido pela obra final que a gente vai deixar nesse país. E pode ficar certo. Pode ficar certo. Que eu eu e o Alckmin estamos no ponto. Estamos no ponto.

02:39:28

e eu espero que vocês estejam com essa sede que vocês estão, com essa garra que vocês estão, com esse tesão que vocês estão pra gente poder mudar esse país. Não há razão pra gente esmorecer. Vocês tem que sempre pensar na Dona Lindu. Quando a coisa estava muito feia lá em casa

02:39:48

Quando a coisa estava muito ruim que não tinha se quer um bocado de feijão pra colocar no fogo a dona Dudu falava amanhã vai ter. Então esperem porque amanhã esse Brasil vai voltar a ser o país do nosso sonho. Um país com cultura, com emprego, com lazer.

02:40:07

O país em que todos ajudam a construir. Um grande beijo, um abraço e que Deus nos abençoe e até o próximo encontro.

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No coração cérebro sangue sem medo de ser

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