Lula. Deve tá bom. Bem, primeiro querido Hiraty. Querido Serguey, querido Pedro. Em nome de vocês eu quero cumprimentar todos os companheiros e as companheiras

que representam essa comitiva de socialistas e democratas da União Europeia. Quero agradecer a presença do companheiro Arlindo Chinaglia, que é deputado federal do PT e também participa da nossa política internacional.

E agradecer a companheira Gleice por estar junto com vocês patrocinando essa reunião. Eu guardo uma profunda recordação da minha viagem à Europa no ano passado. Eu lembro

Perfeitamente. O ano passado não, foi ano passado mesmo. Eu lembro perfeitamente bem dos discursos que foram feito no Parlamento Europeu. Lembro do discurso extraordinário do ex-presidente sapateiro no parlamento europeu.

Lembro da cortesia do primeiro ministro alemão Olaf Schutz ao me receber num momento em que era praticamente imprevisto ele me receber, lembro do carinho com que o Macron me recebeu da mesma forma que eu já tinha sido recebido pelo e pelo

Ahm o Pedro Sanchez, sabe? Me recebeu de uma forma extraordinária e eu sou grato porque eu era apenas um candidato a Presidente do Brasil numa situação difícil porque a eleição não tá ganha.

Ahm depois que nós fomos pra Europa aconteceram muitas coisas no mundo, o Chile nós ganhamos as eleições do setor de esquerda, Alberto Fernandes ganhou as eleições na Argentina, embora esteja atravessando uma situação econômica complicada.

O nosso companheiro Petro desceu na Colômbia, o que é uma uma uma graça, sabe? E um alento muito grande para os setores progressista, democrático e de esquerda na América do Sul e nós estamos aqui no embate no Brasil pra ver se nós conseguimos eh

Recolocar a democracia na governança ah brasileira. Eh obviamente que essas coisas boas que aconteceram na Europa nós participamos sabe indiretamente da ajuda da eleição do do Macron

Porque na verdade a gente tem uma relação mais profunda com o melancho e o melanchou foi uma surpresa excepcional tendo quase vinte e três por cento dos votos, ou seja, isso permitiu

Que a gente pudesse pedir pra ele que no segundo turno ele tinha que trazer os votos dele para o Macron, isso aconteceu. Ah nós estamos recebendo a Anne D'água que ela está vindo ao Brasil, a Prefeita de Paris. Mas também aconteceram coisas desagradáveis.

A guerra da Ucrânia. Quer dizer, ah pra nós é muito claro que a gente não concorda em hipótese alguma com a ocupação territorial de um país.

Por outro país. Eu acho que a guerra foi precipitada, acho que faltou conversa, acho que faltou liderança, acho que faltou interesse de evitar guerra. Porque as coisas sempre começa porque alguém quer.

Aí eu sempre aprendi que quando um não quer as coisas não acontece. E eu penso que eh eh eh lamentável que essa guerra esteja acontecendo sabe? Na no no quintal da Europa. Ou seja.

Eh a Europa que passou por duas guerras mundiais muito sofrida a Europa que é o modelo de bem-estar social que a humanidade conseguiu conquistar de uma organização política razoavelmente avançada não poderia estar sendo sabe vítima

De uma guerra, sabe? Que não é diretamente na Europa, mas afeta economicamente a Europa, afeta energeticamente a Europa, afeta do ponto de vista alimentar na Europa e afeta do ponto de vista da tranquilidade. Então, eu espero que a gente tenha força

Sabe que essa guerra termine o mais rápido possível e que a gente possa voltar a viver em paz. Que a Rússia possa viver em paz, que a Ucrânia possa viver em paz. É uma torcida que nós fazemos todo dia, principalmente porque nós moramos num continente em que não tem guerra.

Ah graças a Deus a América do Sul é uma parte do mundo em que do ponto de vista do Brasil o último contencioso foi com o Paraguai a mais de cento e cinquenta anos atrás e nós não queremos contencioso.

E isso me faz dizer pra vocês que o mundo precisa voltar à normalidade. É incrível mais um mundo não está no

Mal, as pessoas sabem que a questão climática é uma questão essencial para a sobrevivência do próprio planeta. Mas as pessoas teimam e não respeitar o clima. As pessoas temam em fazer as coisas erradas.

E eu acho que nesse aspecto o Brasil joga um papel excepcional e joga um papel de liderança. Vocês sabem que aqui no Brasil a gente não abre mão da soberania da Amazônia. Mas é importante lembrar que a Amazônia não é só nossa.

Nós temos a Amazônia na Venezuela, nós temos a Amazônia na Colômbia, nós temos a Amazônia no Peru, nós temos a Amazônia no mercado, tem um pouco na Bolívia e até as Guianas. Sabe? Tem as três goiabas. Uma delas francesa.

E eu dizia pro pro Macron, a França é o único país da Europa que faz fronteira com o Brasil, a maior fronteira da França fora da Europa é o Brasil. Então o que é importante é a gente levar em conta qualé o papel do Brasil? Eu quero dizer pra vocês

Que se nós ganharmos das eleições vai ficar muito claro que o Brasil precisa da União Europeia. Nós precisamos de ajuda, nós precisamos de parceria, seja do ponto de vista de investimento, seja do ponto de vista de troca, sabe? De de

De ciência e tecnologia, seja do ponto de vista, sabe? Da participação na construção de um mundo efetivamente, sabe? Limpo. Sem ter missão de gás carbônico. E o Brasil pode ser protagonista nisso. E o Brasil.

Pode utilizar a Amazônia para que da Amazônia a gente possa extrair da riqueza da biodiversidade o suficiente pra sustentar quase trinta milhões de brasileiros que moram naquela região e outros que moram na Colômbia no Cadô no Peru. Então o Brasil precisa compartilhar

Sabe a a a pesquisa para que a gente descubra tudo que existe de riqueza, sabe? Na biodiversidade da Amazônia. O Brasil não vai se fechar em Copa.

O Brasil pretende construir parcerias com muitos países para que a gente possa dizer, embora o Brasil é o dono do território da Amazônia.

A Amazônia é de interesse de sobrevivência da humanidade e portanto todos tem responsabilidade para ajudar cuidar da Amazônia. A gente não quer transformar a Amazônia num santuário da humanidade. A gente quer explorar da Amazônia.

Aquilo que a biodiversidade pode oferecer seja do ponto de vista da indústria fármaco, seja do ponto de vista da indústria de comércio, ou seja do ponto de vista de outra coisa que a gente se quer, conhece que existe na Amazônia. Bom, então vocês precisam saber que se nós voltarmos a governar o Brasil

A nossa parceria com a União Europeia será mais forte do que foi quando a gente governou a segunda vez. Porque nós aprendemos, nós aprendemos o quanto é importante você manter parceria.

Nós aprendemos o quanto é importante você ter relações sérias, respeitosas, sem que você permita que ninguém tente ter hegemonia sobre outro. Nós queremos uma relação de parceria, nós queremos uma relação de iguais.

Nós queremos uma uma parceria e uma relação de troca aonde todos possam ganhar alguma coisa e que ninguém perca. E eu acho que a Europa precisa do Brasil. E eu acho que o Brasil precisa da Europa. E portanto nós precisamos conversar mais.

Está cada vez mais junto e por isso a presença de vocês é muito importante. O Brasil precisa voltar a crescer. O Brasil precisa voltar a investir. Nós precisamos gerar empregos. Nós precisamos distribuir parte da riqueza que vai ser

O que vai acontecer por conta desses empregos e, portanto, nós vamos precisar da ajuda de outros países.

Nós vamos precisar manter uma bela relação com os Estados Unidos, uma bela relação com a União Europeia, uma bela relação com a China, sabe? Com a Índia, uma bela relação com o continente africano, com a América do Sul, com a América Latina e nós vamos trabalhar muito para que a gente construa

Uma nova governança nas Nações Unidas. Companheiros e companheiras a ONU de dois mil e vinte e dois não pode continuar sendo a ONU de mil novecentos e quarenta e oito. A geografia do mundo mudou. Os países mudaram.

Houve um avanço cultural extraordinário em cada país. Então, o que nós precisamos é repactuar os participantes da ONU. É tentar colocar outros países de outro continente para que a gente crie uma governança e presta atenção numa coisa séria.

A gente não resolverá a questão climática se não tiver uma governança mundial que decida e que todos tenham que cumprir. Porque se a gente continuar

Querendo discutir a questão climática, decidindo nos encontros que nós fazemos a nível internacional e depois cada país tenta resolver o seu negócio, sabe? No seu estado nacional, no seu parlamento, não vai acontecer. Não vai acontecer.

Eu lembro que quando nós fomos discutir a COP quinze naquele instante o que se discute era o seguinte, Estados Unidos e União Europeia queriam jogar a culpa da poluição na China.

E os Estados Unidos estava querendo inclusive apoiar a União Europeia pra que não cumprisse o protocolo de Quioto e foram convidar o Brasil. Só procê ter ideia

No mesmo dia eu recebi telefonema de todos os líderes da Europa e recebi inclusive um telefonema do Obama do Força Aérea One.

Me ligou do avião pra ver Lula nos outros, queremos tirar um fundo, um fundo verde pra funcionar igual o FMI. Eu falei, Obama, pelo amor de Deus, não fala no FMI, que aqui no Brasil a gente tem hoje a Cemig. Não nos interessa um fundo

E pra funcionar igual a e o que que nós dissemos? Obviamente que a China está poluindo muito. Mas eu quero saber se a Inglaterra e se os Estados Unidos vão pagar a poluição histórica desde o tempo da industrialização.

Porque se não pagar a dívida que tem com o ambiente fica difícil a gente querer culpar os chineses.

E agora que eu tô percebendo que muita das decisões que são tiradas em Paris, que são tiradas em todas as reuniões que participam, o mundo, os ecologistas do mundo inteiro, depois elas não são colocada em prática nos estados. Eu lembro, Irati, quando em dois mil e sete, dois mil e oito,

Toda Europa dizia que ia colocar dez por cento de etanol na sua gasolina. E não aconteceu. Eu lembro quando o Japão disse que ia colocar três por cento de etanol na gasolina e não aconteceu.

Eu naquele ano eu recebi mais de noventa empresas no Brasil querendo fazer negócio pra produção de etanol. E eu acho que enquanto petróleo for barato, enquanto o petróleo tiver acesso a todo mundo eu acho que muita gente não terá interesse.

Em mudar matriz energética do seu país e você precisa ter consciência hirante que esse país é um dos país que tem a matriz energética mais limpa do planeta Terra. Primeiro tem uma forte fonte de energia hídrica.

Segundo tem uma forte fonte de energia eólica, depois tem uma forte de energia solar, depois tem uma forte de biomassa e agora o que se discute aqui no Brasil na moda é o hidrogênio verde. Em vários estados do Nordeste na construção de parceria com o país europeu.

E isso nós vamos querer trabalhar, porque o Brasil precisa crescer, o Brasil precisa se desenvolver. Não é possível que o Brasil seja o único país da média, do mundo que está dentro das dez economias do mundo, que não consegue dar um salto de qualidade.

O nosso governo do Brasil chegou a ser a sexta economia do mundo. Eu lembro que brincava com e concordo Brown. Se prepare que nós vamos passar vocês e vamos pegar a Alemanha. Nós vamos ficar igual a Alemanha.

Ou seja, o Brasil retrocedeu pra décima segunda economia. Então, eu tô dizendo isso pra vocês quando regressarem aos países de vocês, ter noção de que se a gente voltar a governar esse país, a nossa relação com a União Europeia será muito forte.

O trabalho para que a gente possa fazer e concretizar o acordo sabe Mercosul, União Europeia, América do Sul, União Europeia vai ser trabalhado com muita força por nós. Porque eu acho que nós precisamos mais do que nunca um dos outros.

Então quero agradecer a presença de vocês, agradecer o carinho com que vocês nos trataram na Europa e esperar que a Gleisi Hoffmann nossa presidenta e o Aloísio Mercadante devolva vocês o carinho.

Que vocês deram a Europa. Brigado pela visita, brigado por todos vocês, espero que vocês aproveite bem essa estada de vocês no Brasil. Aí eu queria aproveitar, fazer merchandise aqui nós publicamos, nós publicamos um livro

Chamado Brasil no mundo. Isso aqui é pra gente mostrar do que o Brasil fez a nível de política internacional. É um livro digital, né? É um livro digital porque nós não temos dinheiro pra fazer o livro do papel. Depois você clica o seu telefone aqui, você pode viajar.

E saber o que que nós fizemos no Brasil. Suquinho, você não quer que eu vá distribuir, né, Suquinha? Sabe, você não quer que eu vá panfletar. Sabe? Eu eu já não sei mais fazer panfletagem. Viu? Se pudesse todos fazerem uma foto

Ah nós fazemos cada um com o livro. Ahm? Tá. Então então então então alguém por favor já distribuiu? Já. Da UPA cara. Cadê o que ele é? Quer levar o Gustavo?

Pega mais rápido. Ah

Maravilha. E aqui pro meio. Querido companheiro. Aqui.