Botão voltar Discurso de Lula em encontro sobre desafios do Brasil de políticas para a terceira idade
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quer que eu conte uma piada sobre esse negócio do que eu vou falar com você depois? Eu vou contar uma piada, o Benito Gama era deputado federal, vocês lembram pela Bahia,

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E ele foi, ele teve um papel importante no impeachment do Collor e teve um congresso indígena na ONU lá em Washington em Nova Iorque e ele foi convidado e tinha uma roda de deputados

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E foi começando a apresentação dos índios e toda hora passava o índio perto do Benito Gama e falava, preciso falar com você, preciso falar com você. E ele foi ficando orgulhoso de um índio americano saber que ele era.

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E falar que quer falar em português? Ele falou, porra, eu tô importante. E aquele índio dançava, dançava, eu preciso falar com você. Dança. Aí, quando terminou a dança, ele foi até o índio e o índio falou pra ele, ó, deixa eu falar uma coisa pra você. Eu não sou índio, porra nenhuma.

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Eu sou baiano, trabalho de táxi aqui na Bahia e preciso de passagem pra voltar pra Bahia, eu quero que cê me ajude. Mas olha, essa essa pequena reunião aqui

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Eh eh na verdade pra gente assumir compromisso com vocês. Ah é uma reunião em que a gente tá num processo de construção de programa de governo o Aluísio Mercadante faz parte com um grupo

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De todas as fundações dos partidos políticos são sete partidos que vão sete, dez partidos que participam com Aloísio Mercadante e a gente vai recebendo as propostas e a gente vai construir um programa para que a gente possa executá-lo durante

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Os próximos quatro anos. Eu acho que todos vocês tem consciência do que aconteceu no nosso país. Ou seja, eu lembro que um dia nós tomamos a decisão

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De acabar com uma fila na previdência social. Aqui em São Paulo, sobretudo na Zona Sul, tinha radialista, que era especializado e de manhã na fila do INSS pra denunciar as filas e tinha gente que ganhava

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Pra guardar lugar na fila e todo dia vocês lembram o Governo era esculhambado a a gente não tinha mais perícia médica da previdência. O presidente Fernando Henrique Cardoso tinha acabado com a perícia da previdência

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E fez um convênio, um acordo com previdência privada, com a medicina privada pra fazer as perícias médicas. E o que acontecia? Acontecia que os trabalhadores às vezes ao invés de ficar os primeiros quinze dias e depois, sabe?

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Fazer o exame e voltar a trabalhar não, ele ficava dois anos recebendo benefício da previdência há dois anos porque não tinha médico pra fazer a perícia. Vocês se lembra a quantidade de tempo que uma mulher demorava pra receber o pré-natal? Vocês se lembram o sacrifício que era pra receber aposentadoria Luiza?

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Eu em setenta e cinco eu trabalhava no sindicato, eu ainda não era presidente, eu trabalhava no departamento de previdência social e eu recebia a papelada dos trabalhadores fazer a contagem do tempo de serviço, colocava todo o papel dele dentro de um envelope

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Ia com ele na presidência social e dava entrada na presidência lá em São Bernardo que não tinha e que foi o sindicato que conseguiu levar a previdência pra lá. No começo a previdência não tinha nem máquina de escrever, o sindicato emprestava a máquina de escrever. Nós emprestamos funcionário.

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ou seja, mas essa aposentadoria que eu dava entrada demorava três anos e meio, quatro anos, dois anos e meio, mas o cara já tinha sido mandado embora. Então, o cara ficava esse tempo inteiro sem receber. Sabe? Quando eu lhe recebia, tá certo que eu lhe recebia um atrasado

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Mas muitas vezes ele nem chegava a receber. Então, quando eu cheguei na na presidência, o primeiro ministro da previdência foi o Ricardo Berzoni, o segundo foi o companheiro Luiz Marinho, o terceiro foi o companheiro Nelson Machado, o quarto foi o companheiro

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ah ah Pimentel que era o companheiro do Ceará bancário e o último foi o com o Peru Capas tá? E eu lembro que era o tempo do Nelson Machado quando a gente decidiu acabar com a fila e esse desafio foi feito

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No microfone da CBN numa entrevista, sabe? Em que eu disse que ia acabar com a fila, depois a imprensa foi entrevistar o ministro, ele disse que não tinha como acabar com a fila, eu fiquei puto, chamei ele no meu gabinete e falei, nós vamos acabar com a fila.

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Chamamos a rádio, outra vez fizemos a declaração que vamos acabar com a fila. O que aconteceu? Eu não sei se vocês se lembram, Juruna, você talvez seja não, você se lembra meu companheiro. A gente, o trabalhador não precisava mais apresentar documento.

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Era a previdência que cuidava de comunicar ao cidadão ou a cidadã, se ele já tinha completado o tempo de aposentadoria e a gente mandava um comunicado. Senhor, fulano de tal, o senhor já completou trinta e cinco anos de serviço.

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O seu salário vai ser de tanto e a sua aposentadoria tá a sua disposição. Nenhum trabalhador demorava mais que vinte dias pra receber a sua aposentadoria.

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Na perícia médica nós resolvemos que era preciso recontratar os os médicos da previdência e nós resolvemos criar um que não tem se existe até hoje que tinha o número cento e trinta e cinco. Esse eu fui inaugurar ele em Pernambuco numa sala que não tava nem acabada ainda.

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E a gente ligava praquele ou seja, e a perícia médica que demorava nove meses, dez mês, passou a demorar o máximo que ela demorava era cinco dias aqui na zona sul de São Paulo. Porque as pessoas eram chamada pra fazer a perícia médica.

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Uma mulher que ia receber o pré-natal, ela tava acabando de dar luz e tava recebendo o pré-natal dela. O que antes devorava meses, meses, a criança até perdia a falar e a mulher não recebia. Numa demonstração de que a previdência pode ser muito melhor.

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Se ela for humanizada e se ela o aproveitar o que nós temos de mundo digital pra gente poder modernizar a nossa atuação na previdência. Tá? Isso do ponto de vista do funcionamento da previdência nós provamos. Hoje tem trabalhador

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Sabe? Esperando quatro ano pra se aposentar outra vez. E a impressão que a gente tem é que a fila que existe na previdência é porque o governo acha que quanto menos pagar mais dinheiro sobra pra ele encher o bolso do orçamento secreto que ele faz. Então é é preciso

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Que a gente assuma o compromisso com vocês, mas sobretudo o compromisso com aqueles que não estão aposentado ainda, que vão se aposentar, de que essas coisas têm que mudar no país. Né? Eu confesso a vocês, eu estou com setenta e seis anos.

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Dia vinte e sete de outubro farei setenta e sete anos. Apareço um menino de trinta, né? Eu descobri uma coisa, eu descobri que é engraçado, eu não sei se vocês sentam, eu não me sinto envelhecido. Eu acho

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Que eu me senti envelhecido quando eu tive câncer, que aí você fica totalmente debilitado, você não tem força pra nada. Aí você se senta um cara, sabe? No fim da vida. Mas agora é o seguinte, cara, o que deixa a gente

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Em casa eu queria desmotivado é a gente não ter uma razão pra viver. Nós precisamos construir essa razão. Temos que ter alguma coisa pra fazer todo dia. Sabe? A gente não pode ficar num bar sentado jogando dominó por piso numa caixinha de areia.

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O tomando uma cachacinha pra voltar pra casa pra encher o saco da companheira, a gente não pode ficar sentado no sofá vendo televisão e as vezes a companheira tá varrendo a casa lá e mete a vassoura no pé do cara porque o cara não levanta nem o pé.

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Olha, e quando a gente começa a se comportar assim, realmente a vida perde o sentido. Mas se você tiver uma causa, se você estabelecer uma motivação de vida e você levantar com a disposição de fazer, com compromisso todo dia, não tem idade.

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Eu digo nos meus comícios o seguinte, eu tenho, vou fazer setenta e sete, me sinto com energia de trinta, levanto todo dia seis horas da manhã, faço quase duas horas de ginástica todo dia, sabe? Tomo o meu aperitivo de vez em quando, porque todo mundo é filho de Deus, sabe?

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Eh o que me mata é muita reunião, mas fora disso, fora disso eu sinceramente não tô vendo a idade passar, ela ainda não pesou no meu corpo. E pra provar isso eu casei dia dezoito de maio outra vez.

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Ó o menino que tá aqui. Ó o menino que tá aqui. Veja e eu sei das necessidade. A questão da saúde sabe? É preciso que a gente dê um tratamento

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Sabe? Especial pras pessoas que estão com uma certa idade. Sabe? A gente inclusive tem que criar coisas novas. Por exemplo, uma pessoa com uma certa idade que começa a sentir uma dor na perna, uma dor no espinhaço como a gente diz na fábrica. Ou seja, você tem que ter fisioterapeuta.

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E isso tem que ser gratuito pro companheiro que tá aposentado. Da mesma forma que você criou médico de saúde, que as pessoas visita a casa, o fisioterapeuta e gratuitamente ou pela prefeitura ou pelo SUS na casa das pessoas fazer, sabe? Treinamento, exercitar as pessoas.

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Por que da gente fica parado a gente fica atrofiado. A gente fica sabe? Inútil. Da mesma forma nós vamos ter tem uma profissão que vai que está surgindo com força que é o cuidadores.

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Nós vamos ter que formar muita gente e nós temos que transformar isso num serviço público, no serviço público que e por isso

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A gente fala tanto numa nova política tributária, numa reforma tributária, a gente fala do fortalecimento do SUS, porque se a pessoa tiver que pagar um cuidador, a pessoa não morre e não pode pagar o que ele ganha não permite que ele pague.

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Sabe então eh são coisas novas que apareceram no mundo e que a gente vai ter que cuidar e graças a Deus a gente tá vivendo mais. Se bem que com a pandemia caiu a média de vida do povo brasileiro de quatro anos.

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Mas a verdade nua e crua aqui é gostoso a gente saber que o número de pessoas idosas tão crescendo, tão ficando muito mais vivendo muito mais tempo, isso é bom.

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Isso não é ruim, nós precisamos inclusive Aloísio, mudar a cabeça das pessoas que lidam com a educação que muitas vezes quando você quer discutir alfabetização, as pessoas fala, ah não, nós temos que gastar o nosso esforço pra formar uma educar uma criança. O velho já passou do tempo mas não vai educar.

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Eu quando era presidente eu fazia todo mês uma reunião com os ministros ligados a área da saúde e uma vez aconteceu comigo aquelas coisas que eu acho que só acontece porque Deus quer sabe? Eu tava discutindo a a a questão de levar educação.

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Para os para os quilombolas e fazer a escola lá dentro. E o companheiro que estava participando falou olha que é muito difícil o prefeito às vezes não ajuda e às vezes sabe as pessoas estão não querem educar porque as pessoas estão com sessenta ou setenta anos de que não vale muito a pena você investir nisso.

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Nesse dia eu fui pra Bahia e eu fui participar numa numa entrega de diploma de alfabetização e foi a última vez que eu conversei com a dona Canot que a mãe do Caetano Veloso que já estava com quase cento e dois anos de idade e ela estava naquele ato.

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Eh então o Vagner que era o governador entregou um diploma pra uma mulher de noventa e quatro anos, uma negra, sabe? Forte, bonita e ela falou, presidente o senhor não sabe.

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O que é ser alfabetizada? Eu tô com noventa e quatro anos, eu não tinha coragem de ir no centro da cidade porque eu nunca sabia como voltar pra casa. Eu tinha medo de me perder. E aos noventa e quatro anos eu aprendi a ler

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Eu vou pra cidade, olho no ônibus, vejo o ônibus que vai pra minha casa e eu consigo pegar o ônibus sozinho e vim pra minha casa. E aí eu lembrei da minha mãe, eu morava na Vila Carioca lá na frente do IBC, quem não sabe onde era ver antigamente.

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Lá perto da estação do Ipiranga eu morava lá e a minha mãe era analfabeta e a minha mãe vinha com a gente pra São Paulo pra tirar documento e a coitadinha ficava aliada, o nordestino fala, eu tô areado, ela se perdia, só tinha um ouro, que era a Vila Carioca, o ônibus vermelho, mas ela se perdia.

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E aí você tem que se humilhar e perguntar pra alguém, sabe? Olha, que ônibus que eu pego, qualé o ônibus que eu vou? Na presidência, claro, eu tive um companheiro que morava no torto, que era analfabeto. Sabe o que ele fazia?

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Ele como não sabia parar ônibus, ele saia do torto, ia até a rodoviária no ponto final, porque ele sabia onde era a garagem do ônibus, ele ia até lá pra pegar o ônibus. Aí ele foi alfabetizado.

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Pra ele, ele dizia, foi foi a mão de Deus, agora eu vou ali na rua, passo o ônibus, eu consigo ler, pego o ônibus. Então, nós precisamos saber o seguinte, não tem idade pra gente fazer política pública pras pessoas.

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Tudo que a gente fazer pruma pessoa idosa é a contraprestação de serviço do que a pessoa já fez pelo país, pela cidade. A pessoa já fez pela sua família. E às vezes a gente precisa até reeducar a família que cuidar de uma pessoa idosa não é peso.

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Ah, mas a gente tem que ensinar as pessoas a cuidar. A gente tem que voltar a ser mais humanista, mais solidário, mais fraterno. Às vezes o pai e a mãe cuidaram tanto dos filhos, sofreram tanto pelos filhos e quando fica velho ninguém quer o filho pra morar junto.

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Eu pelo menos sou querido para a dona Lindu morava a minha irmã caçula casada minha mãe morava eu fiquei de ovo a dona Lindo largou da minha irmã fez eu alugar uma casa e morou comigo três anos e meio

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e é bom morar com mãe porque mãe não briga, mãe não xinga a gente, mãe não fica de cara feia, faz comida a hora que a gente fica em casa é maravilhoso, mãe é tudo que é tudo que é bom no mundo. Então ô gente é o seguinte, nós vamos retirar o Ministério da Previdência Social.

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Não tem e o o no meu partido, no meu partido a gente tem cota de participação pra jovem, a gente tem cota pra mulher, mulher agora é paridade, a gente tem pra negro, sabe? Tudo tem cota e não tem cota pra nós.

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É bruto enquanto nós é é verdade porque nós já somos uma parte sabe muito importante da nação brasileira e que bom que seja assim. Eu quero que a gente chegue a cem. Cento e dez, cento e quinze.

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Que a gente possa andar eu fui ver eu eu eu conheci a mãe do Chico Buarque ela tinha cem ano claro eu ia na casa dela com um doce e ela abria uma garrafa de pinga e a gente tomava uma cachacinha era com cem anos de idade sabe?

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O Oscar Niemeyer que morreu com cento e quatro anos de idade, quando nós recebemos do Palácio da Alvorada, eu chamei o Orcaria Maia pa ir em Brasília e ele não ia de avião, ele não não andava de avião, ele não voava. Sabe o que ele fez? Ele pegou o carro no Rio de Janeiro,

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Foi lá em casa, chegou no palácio pra ver a reforma, sabe? Tomou uma cachacinha e ainda fumou um charuto e foi de carro e voltou. Ou seja, então, deixa eu falar uma coisa pra vocês que já tão na minha idade ou mais jovem do que eu. Nós precisamos ter motivação pra viver.

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Nós precisamos construir. Aí é motivação, é a gente se sentir útil, participar da atividade política, sabe? Dá palpite nas coisas, se interessar pelo que acontece, porque se a gente não se interessa, nem o neto da gente ouve mais a gente.

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Né? Porque é verdade, jovem, quando a gente é jovem, a gente não pensa em aposentadoria. Eu não pensava. E hoje a molecada é a mesma coisa.

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E essa meninada vai sofrer mais do que nós, porque eles começam a trabalhar mais velho do que a gente começava. A gente sofria porque começava com quatorze. Mas com quarenta e cinco e cinquenta tinha muita gente aposentado. Hoje essa meninada toda com trinta anos não sabe nem o que é Previdência Social.

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Eles só vão se dar conta quando eles tiverem idade, que tiver algum problema que quiser se aposentar. Então, eu acho que nós temos que ser exemplo pra isso. Tem uma pauta de reivindicação na área da saúde, a farmácia popular tem que votar.

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Sabe, não é possível e nós fizemos da farmácia popular pra atender, parece que era cento e vinte e dois remédio que é necessário, aquele que a gente toma de forma contínua, aquilo tem que ser dado de graça para as pessoas.

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Ah porque tem uma pessoa que ganha mil e quinhentos reais? Se ganha mil e quinhentos reais. Tem que gastar quatrocentos com remédio? Acabou. Acabou. Então o meu compromisso com vocês é o seguinte. Primeiro eu quero que vocês tenha certeza que vocês vão ter um companheiro na presidência da república

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Eu vou ter um companheiro ó inclusive eu tenho orgulho

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Porque ah Associação dos Aposentados de São Bernardo do Campo foi criada por mim em mil novecentos e setenta e oito quando eu era presidente do sindicato. Pois bem, então é o seguinte a a a vocês tendo um companheiro lá

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É o que o que eu dizia pros dirigentes sindicais, quando os dirigentes sindicais me procurava, a presidente, nós queremos redução da jornada de trabalho. Eu falava, não, não peço pra mim.

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Não tem redução da trabalha de trabalho por medida provisória. Cês vão na porta de fábrica, pega assinatura e vão fazer com que a gente tenha um projeto de lei de iniciativa popular com dois, três milhões de assinatura e vamos levar pro congresso. Porque se sair de cima pra baixo não funciona.

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Agora a única coisa que eu quero que vocês saibam é que vocês vão ter um companheiro cercado de companheiros pra que a gente possa dar a vocês e aos trabalhadores em geral o prazer de viver outra vez, o gosto de viver.

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Porque nós queremos tratar tudo com muito humanismo. E eu acho que muita coisa foi destruída. Eu não acredito no desmonte que foi feito nas coisas que nós fizemos não acredito. Sabe? Eu quero ficar forte e bonitão como o Frei Chico ó. Que figura.

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Figura simpático, noventa e dois anos. Hein? Oitenta. Oitenta. Oitenta. Mas ele parece um moleque de vinte. Ele ele é

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Ele é quatro anos mais velho do que eu, depois eu tenho uma irmã que é dois anos, né? Dois anos, depois tem eu, depois tem uma irmã caçula que tem setenta anos. Sabe? Assim, também não fale assim. Sabe? É que ele ele é acho que é filho de outro pai.

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Tá bem, eu não quis fazer dele, eu não quis fazer DNA porque eu quero ser irmão dele, então deixa. Mas gente eu queria agradecer, eu queria agradecer ah nós vamos eu só gostaria de falar que nós tamo falando de nós, nós tamos falando de nós

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Mas eu tive várias vezes na Cracolândia e lá tem famílias e crianças lá na Cracolândia, né? Dentro do no apesar que agora eles tiraram lá da Praça Princesa Isabel

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Mas a gente vê crianças engatinhando, crianças de colo, famílias e a gente precisava, né? Estar trabalhando essa questão. Nós temos pra frente do do pedágio da Anchieta,

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Nós temos a comunidade. Que pedágio? Porque tem pedágio pra cacete. Não não a Anchieta ali no São Bernardo. Nós temos a comunidade Padre Pio que resgata os moradores eh ex-drogado e moradores de rua. Nós estamos com setenta pessoas idosas

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Lá a camada precisando de fralda geriátrica. No seu governo foi criado, né? O ajuda. E com esses outros governos tiraram ajuda. Então nós fazemos campanha pra ajudar essas pessoas.

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Então, eu quero essas coisas toda, querido, vamos votar. Vamos votar, não é, não é possível um governo tirar da pessoa que precisa de uma frauda geriátrica, o direito dela receber de graça essa fase. Não é possível, é humanamente impossível a gente entender.

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É uma coisa tão insignificante do ponto de vista do custo, mas tão importante do ponto de vista do humanismo, que a gente não pode aceitar. Então, essas coisa toda, querido, essas coisa toda

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É da nossa responsabilidade fazer com que esse país respeite os seus filhos. Não é apenas o hino nacional não. É no comportamento dos governantes. E vai mudar. Pode ficar certo que muita coisa vai mudar nesse país. E eu só estou voltando a ser candidato por isso.

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Se eu não acreditasse que é possível mudar, eu não estaria. Eu ficaria em casa, sabe? Mas eu acho que nesse momento o Brasil está precisando muito de um solavanco. E o Solavanco somos nós que vamos mudar. Somos nós que vamos conseguir isso aqui. Eu quero

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Eu quero agradecer cada um de vocês, cada companheira, sabe? E dizer pra vocês que se preparem, se preparem, não, não fique cansado no dia dois, dia dois levante,

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O coloque a sua roupa mais bonita, eu eu a última vez que eu fui, que eu fui candidato a presidente, a a mãe do ministro Lewandowski, ela morava em São Bernardo, ela tinha noventa e quatro ano, ela foi votar com uma camiseta do PT

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E o o menino da urna disse que ela não podia entrar com a camiseta do PT. Ela furou o menino. Eu não sou obrigado a votar. Eu levantei de manhã. Ela andava com o andador.

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Eu tô fazendo um sacrifício desgraçado pra vim cumprir com meu dever de cidadã e você seu fedeiro quer me proibir de votar eu vou votar e foi lá e votou foi lá. É é importante vocês ficarem muito atento.

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Porque pode ter provocação, pode ter gente que não queira que as eleições transcorra com paz e muita tranquilidade. Tá? A gente a gente vai ter que mostrar que esse país pode voltar a ser diferente. Sabe é isso.

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Então gente obrigado de coração pela participação de vocês ah quando vocês quando vocês tiverem se sentido cansado vocês pensam porra se o Lula com setenta e sete ano

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Casou outra vez e tá animado, sabe? Por que que eu vou desanimar? E ó, e outra coisa gente, ó, deixa eu pedir pra vocês uma coisa, olhe, pedir uma coisa pra vocês, que é uma, é uma, é uma, uma missão. Ô, gente, eu queria pedir pra vocês, não ficarem parados.

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Em cada, por favor, sabe? Tem que andar um pouco todo dia.

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Se só puder andar cinco minuto ande, se puder andar dez ande, sabe? Se souber nadar e tiver um lugar nós temos que praticar exercício, nosso corpo não foi feito pra ficar parado. Sabe? Então

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Todo mundo viu dona Nair, seu Jorge? Tem que se mexer, tem que andar. Não pode ficar parado na frente duma televisão, tem que levantar, andar, cê vai comprar pão, vai a pé, sabe? Cê vai no mercado, vai a pé, vai devagarzinho, não tem nenhum problema.

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Mas a gente não pode permitir que a ociosidade ou a preguiça seja o que vai matar ele. Tá? Esse cara é porque a imprensa está aí mas namorada more bastante.

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que faz bem pra saúde. Querida, brigado Cléo. Eu te adoro. Foi bom? Sai daqui pra tirar foto. Tudo de bom pra você.

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Aê. Ó. Presidente. Olhe. Só um pouquinho, gente. Olhem. Só um pouquinho. Olha, eu eu só quero, só quero dizer pra vocês muito obrigado por essa reunião. Todos os documentos que vocês entregaram vão ser analisados.

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Nós vamos fazer o programa e depois vocês vão ter a informação daquilo que faz parte do programa, tá? Nós vamos votar, nos reunir em Brasília, nós vamos voltar a conversar como antes e eu acho que tudo vai melhorar, sabe? Amém? Um grande abraço de coração, brigado pela presença de vocês.

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Podemos, podemos fazer uma foto oficial com e-mail aí. Vamos fazer, por favor. Então, vamos organizar. Deixa o caminhão vocal aí, vamos fazer com a imprensa registrar aí, ó.

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Vamos lá todos lá, ó. Ali no meio ali ó, vamos fazer uma foto no posto ali por favor. Ah, tá bom. Tá bom. Tá bom. Vamos lá, gente, vamos lá. Tchau.

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Pede pra encerrar lá. Pede pra encerrar a pede pra encerrar aê. Tira essa câmera daí. Me dá. Tira uma cadeira pra subir. Tira essa câmera dele.

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