Ei, tá bom, tá bom. Bem, companheiros que estão aqui na mesa e companheiras, companheiro Edinho, companheira Luiz do Mercadante responsáveis por esse encontro.
Eu tenho sempre que possível que eu começar uma fala contando causos vocês sabem que eu fui jogador de bola o Cristian foi? Elias eu fui? Fui?
E teve um tempo em mil novecentos e sessenta e quatro, quer dizer, que nós fomos treinar o time que eu jogava na Vila Carioca contra o Corinthians. E naquele tempo dizia que o Corinthians estava tentando escolher a molecada
Pa fazer o time de Juvenil, de infantil e nós fomos jogar, apanhamos de oito a zero, mas eu conto pra todo mundo que eu só não fiquei no Corinthians porque quem jogava ali na posição era o Rivelino.
E aí? Entra o Rivelino e eu preferi ficar com o Rivelino. Eu conto isso meus filhos a vida inteira acreditaram nisso e eu espero que continue acreditando. Uma outra história engraçada é que em mil novecentos e oitenta e nove a eleição se deu
Na véspera do jogo São Paulo e Vasco na decisão do brasileirão e o meu assessor de imprensa, o Ricardo Cotch, é são paulino fanático e ele então inventou a história que a gente devesse ir ao Morumbi que o bobô
E entrar com uma faixa apoiando o Lula, esse mesmo bobô que falou aí, apoiando o Lula pra presidente. E eu fui convidado pelo Osmar Santos pra passar na rádio e dar um comentário e nós fomos. Antes de entrar
Chegar na CBN eu fui na Bandeirantes que estava o Rivelino comentando e eu fiz um pequeno comentário e acabei dizendo que o Vasco ia ganhar porque eu sou vascaíno no Rio.
E acabei de falar, o Vasco marcou. Cara, a hora que eu saí da cabine da Bandeirante pra ir pra cabine duas maçãs, eu não consegui mais de tanta vaia.
E de tanto xingamento porque exatamente na cadeira cativa. Ou seja, a Fina Flor da elite paulista que torce por São Paulo, todo mundo torcendo pro Collor.
E eu ainda fui falar que o Vasco ia ganhar e o Vasco ganhou. Mas eu não consegui visitar o Osmar Santos e tive que sair do campo correndinho porque a vaia estava muito forte. Eu estou feliz porque eu fiquei sabendo que
Nós temos um companheiro aqui muito especial que eu vi o nome dele aqui, deixa eu pegar aqui, que é um cara que se eu tivesse a mesma idade que ele, eu ia dar um jeito nele, que é o Cervilho de Oliveira.
Eu ouvi dizer que ele tá aí, o no tempo que ele lutava ele era possivelmente a mais importante promessa do boxe brasileiro. Ele era
O Neymar do box hoje e ele teve um, diz, como é que fala? Teve um problema na retina e ele então parou, sabe? De lutar e não conseguiu fazer as proezas que a natureza e o seu DNA
Deram a ele pra ele fazer. Eh quero dizer que o Osmar Santos estar aqui Osmar é uma alegria. A gente tem sempre que acreditar em Deus e acreditar que existe um ser maior. Mesmo aqueles que não acreditem em nada.
Tem que ter um ser superior que cuida da gente. E sofrer o que o Osmar Santos sofreu. E vê-la que bonitão. Sorrindo. E gritando pipa na gorduchinha. É uma alegria imensa.
É uma alegria imensa. Eu não sei se o Zé Elia e o Cristian estão jogando ainda em algum em algum time se já pararam de vez. Porque esse jogador quando a gente pensa que eles fazem eles foram pro Japão, foram pra Coréia, pro Cazaquistão.
Eu chego no Cadaquistão enquanto seis jogadores brasileiros no hotel. O que que vocês estão fazendo aqui? Estamos jogando porra. Então essa meninada que antigamente a gente via com trinta anos o cara tinha que parar porque estava velho. Não sei nada. Hoje essa molecada joga até quarenta anos.
Então quando você pensa que o cara parou no Corinthians, o cara foi pra onde? Pro Japão, Parab Saudita, pro Iraque, pro Iraquinal, pro Kuat. Sabe? Obrigado pela presença de vocês. Ô meu querido Juninho fazia parte dessa trinca da maldade.
Da democracia corintiana. Foi um momento auspicioso da história do futebol brasileiro. O Adilson Monteiro teve muita responsabilidade com isso. Eu às vezes fico triste porque nós estamos vivendo um tempo de racismo mais violento do que alguns tempos atrás.
E possivelmente um tempo de racismo facilitado por conta disso aqui. Porque isso aqui embora seja uma coisa extremamente importante, isso aqui esconde a cara do mau-caratismo. A cara do bandido. A cara do cara que tem preconceito.
E eu até fico triste porque tem tantos atletas, eu fico com orgulho Vladimir. A coisa que me dá mais orgulho é ver um menino pobre da periferia vencer na vida. Ah meu cara é a coisa mais fantástica ainda
É o cara que vence na vida Celso a primeira coisa que ele fala é que ele quer comprar uma casa pra mãe. É uma coisa é um apego familiar que tem nessas crianças. Qualquer jogador pobre. Qualquer. Qualquer jogador pobre da periferia quando ele fica a favor de ganhar dinheiro.
Ele quer comprar uma casa pra mãe, quer dar conforto pra família. Uma coisa que eu acho que falta é um pouco de consciência política pra que eles passem a mensagem para o restante da sociedade brasileira. Porque
O racismo tem que ser combatido diariamente, diariamente, toda vez que a gente tiver oportunidade, a gente tem que falar do racismo. Não é possível. Não é possível que a gente ainda tenha gente querendo construir, sabe? Uma supremacia branca.
Esses dias eu fui, acho que eu fui processado, não sei, porque aquele comício que o Bolsonaro fez no sete de setembro, eu olhei o palanque, o palanque era supremacia branca, sabe? Era um negócio maluco e o rei do negócio era o velho da van, parecendo o louro José.
É bem ah então eu eu fico eu fico achando que a gente poderia fazer mais. Bom eu não não não quero falar de política não vou cobrar aquilo que eu não posso fazer. Eu só acho que os dirigentes do clube deveriam ter um pouco mais de
Abertura política pra conversar com os atletas e permitir que essa meninada que chegou no clube às vezes com seis anos de idade, com oito anos de idade, sabe? Aprendesse, além de jogar futebol, aprendesse outras coisas sobre tudo, uma conscientização.
Sobre os problemas sociais desse país, mas eu não sei quantos times fazem isso. Outra novidade aqui, ali tá o meu filho Luiz Cláudio. O Luiz Cláudio, ele agora, ele trabalhou com Luxemburgo no Palmeiras, ele trabalhou no Santos, ele trabalhou com Mano Menezes no Corinthians
E ele pediu a conta porque humanas que brigou com a equipe técnica, ele resolveu sair. Pois bem, ele tentou futebol americano, ficou cinco ano acreditando no futebol americano, quebrou a cara.
Eu falava, pai, o senhor vai ver, olha na televisão o campeonato de futebol americano de jovens, é num sei o que maior do mundo, tava lá feliz não vai dar certo, o Brasil não tem cultura pra isso e não deu certo, mas hoje
Ele é um vencedor porque ele é diretor de um time chamado Parintins no estado do Amazonas. Que o goleiro que ganha mais ganha três mil reais por mês. O jogador às vezes ganha menos que um salário mínimo.
Porque é coisa que a gente fala de jogador Zé Elias a gente só pensa nos cara que estão na seleção nos cara que estão na Inglaterra, na Espanha que estão ganhando muito dinheiro mesmo no Corinthians, no Palmeiras, no Santos, no São Paulo, na Ferroviária de Araraquara que eu acho que o time tá aqui, ou seja, ahm ahm ahm a verdade nua e crua
É que no Brasil inteiro noventa por cento do jogador de de futebol ganham nada, ganham nada, ou seja, lá no nesse clube de Parintins que agora foi pra pra série A no Campeonato do Amazonas, os cara ganha no máximo um salário mínimo
Esse goleiro é o maior salário do time, três mil reais. Esta é a realidade do futebol brasileiro. É, da maioria. Outra coisa é os times grandes nessa eleição, mesmo os times grandes estão quase todos enforcados.
Quase todos estão endividados porque não conseguem efetivamente financiar, sabe? O mercado do futebol que não é ditado por nós. É ditado pela língua inglesa, pela língua espanhola, pela liga italiana, pela liga francesa. Ou seja, e nós que só pagamos em reais
Vemos os nossos meninos sair daqui com dezessete anos, dezesseis anos, quinze anos, é engraçado a gente vende a juventude e compra os aposentados. Né? É fantástico isso. E ainda bem que o pessoal está jogando até um pouco mais tempo. Eu vi
Eu vi o jogo do Atlético Mineiro, do Atlético Paranaense com o Flamengo, aquele menino que jogava no Fernandinho com trinta e sete anos, parece um menino. Sinceramente, parecia eu quando jogava bola na Celso. O cara é
Bem, mas voltando a falar, voltando a falar de coisa séria, Edinho, você que é prefeito, quando a gente for construir uma proposta de esporte, a gente primeiro precisa pensar o esporte
Como um instrumento para cuidar da saúde de uma parte da nossa sociedade. Como uma coisa que garante a segurança e a formação do ser humano
Em vários outros esportes, na idade escolar. Uma criança fica na escola da creche ao ensino fundamental da quase quatorze anos. É aí, é aí o lugar. Aonde a gente tem que pensar
Na iniciação esportiva pra todos o esporte. E aí nós vamos ter que mudar o conceito da nossa escola. É preciso fazer uma revolução na arquitetura brasileira porque todas escolas brasileiras tem padrão igual. É um monte de concreto.
De preferência vertical com uma quadrinha, sabe? De basquete, futebol de salão sem rede. É a única coisa que tem e muitas vezes não contrata se quer o professor. Então nós precisamos começar a mudar o conceito das nossas escolas.
Ou seja, a escola tem que ser uma um um instrumento, sabe? De múltipla funcionalidade. Cê tem que ter várias possibilidade das criança na idade em que eles podem aprender.
Sabe aprender qualquer tipo de escola ou as prefeitura fazerem nas cidades vários pontos que permitam que a juventude de um dia um moleque numa cidade pequena, numa cidade média, ele num tem uma piscina pública?
Os campo de futebol na maioria são de times privados e cercam a molecada não pode entrar. Não tem
Piscina, não tem quadra. Eu fico com inveja quando eu vejo no no basquete americano, cada esquina tem uma quadra. Quadra esquina tiver molecada brincando, cada esquina, ou seja, aqui você não tem. A gente teve na década de cinquenta, na década de sessenta eu morava na Vila Carioca.
Tinha mais campo de futebol do que habitante. Ali onde é a aluísio? Ali no hospital que vocês chamam de favela que eu não acho que é favela. Heliópolis. Porque favela pra mim era uma coisa de madeira, de pedaço de madeira, de pedaço de zinco, de lata.
Ali é tudo casa da alvenaria, ali virou uma cidade, uma cidade construída pelo próprio povo, porque ali as casas são todas construídas pelo povo. Ali quem se lembra, não sei se aqui tem alguém da minha idade, mas eu não tinha dinheiro pra pagar passagem, eu ia a pé.
Sabe da da da de perto do SENAI lá no centro do Ipiranga até São Caetano na Vila São José. Ali tinha trinta campo de futebol, trinta campo de futebol. Hoje não tem mais, não tem mais campo de futebol em quase lugar nenhum.
Então a molecada está cerceada. Quem é que pode virar jogador de futebol? Aquele que tem um pai que pode pagar uma escolinha. Eu acho fantástico no apartamento que eu morava tinha uma escolinha embaixo. Moleque de seis anos treinando correndo em volta do cone. Sabe?
Eu quando na verdade tem que dar bola de meia praquele moleque aprender a chutar, aprender controlar, jogar laranja pra ele aprender fazer peteca, porra. É pra fazer alguma coisa que uma molecada aprenda. Não. É tudo uma escolinha com um rito só.
No meu tempo, não sei ali onde você jogava, puta merda, a gente conseguia arrancar a unha do dedão, as vezes a unha saia pra fora porque naquele naquele tempo a bola era uma bola de capotão, você não tem noção, pesa da bola.
Não é essa bolinha de bexiga que cês jogam hoje que o cara atravessa o campo com a mão, naquele tempo o papo atravessar o campo precisava ter força porque a bola pesava e cabava o jogo a gente tira, sabe o que que tinha que fazer? Passar sebo na bola pra não quebrar os cordões da bola.
E passa sebo na chuteira também. Eu fico imaginando se o Pelé no tempo que ele jogasse bola se ele tivesse uma chuteira como a de hoje. Que parece uma luva. Sabe? E ainda os clube tem podólogo pra cuidar do pé. Antigamente era com uma frieira ardendo que o cara caçava aquela chuteira.
Então eu acho que nós precisamos vocês tem que aproveitar vocês tem que aproveitar o fato sabe? Se eu ganhar as eleições de que eu não sou especialista em nada e eu tenho vontade de fazer tudo.
E pra mim quando a gente não é especialista em nada, tem vontade de fazer tudo, é o momento de vocês dizerem o que tem que fazer. Porque nós precisamos mudar a nossas escolas, nós precisamos mudar a cabeça do nossos prefeitos.
O problema, o Edinho, é que quando vai fazer o orçamento da prefeitura e você faz uma escola que tem uma piscina, que tem duas quadra, que tem mais não sei o que, que tem. Sabe o que acontece?
A gente fala lá o secretário da fazenda chega pra você e fala, prefeito, nós não temos como fazer isso porque se gasta a gente não pode fazer. Ora, é só mudar o conceito, ao invés de colocar na rubrica de gasto, coloca na rubrica de investimento pra saber se vai conseguir fazer ou não.
Por que o benefício que ganha a cidade, o benefício que ganha a sociedade é muito grande e você utiliza esse lugar para as pessoas da terceira idade andar.
Eu fico puto porque os médico você vai no médico ele dá uma consulta pra você e ele não coloca lá, obrigado a andar vinte minuto por dia. Obrigado a nadar dez minuto por dia. Mas também se ele dá a receita o cara não vai não vai nadar porque não tem onde ele nadar.
Se ele morar longe do Guarapiranga ou da represa Billings, ele não vai ter onde nadar aqui ou tem que ter um clube. Nós nem um piscinão como aquele de campo, nós fizemos. Piscinou de Ramos, lá no Rio de Janeiro. Então, é preciso que o Estado
e os entes federados, união, estados e municípios se coloque de acordo que nós precisamos mudar o padrão para que a gente possa acreditar na prática do esporte. Você viajou no pelo Brasil? Você vê o lugar que a molecada treina.
As vezes é um terreno em que o Prefeito não passa nem uma máquina pra plenar aquilo. Então a gente pode fazer melhor e pode fazer com mais rapidez. Essa é uma coisa que eu acho que nós vamos ter que discutir e e é importante vocês saberem porque
Nós vamos convocar conferências nacionais para a gente definir as políticas que nós vamos fazer. E é importante vocês se prepararem porque vai ter conferência municipal, conferência estadual até chegar numa conferência nacional pra gente definir a qualidade da política pública.
Porque o esporte ele mexe com a criança, ele corrige o comportamento da criança, ele se alivia, ele faz um moleque de doze anos, três anos gastar energia. Sabe? Quando a gente cata energia, a gente chega em casa, a gente quer dormir.
Sabe? A gente precisa tirar a meninada de casa pra fazer coisa saudável, nós queremos fazer agora escola de tempo integral. Comé que você vai manter uma criança de tempo integral numa escola de concreto armado, aonde não tem uma árvore, não tem uma quadra, não tem um campo, não tem nada.
É quase que uma prisão, o moleque tá preso de dia e vai dormir, em casa à noite. Se eu morar bem, tudo bem, se o pai morar numas situação desconfortável. Então, eu digo, uma coisa que nós temos que pensar, porque se o Estado não intervir
Não acontecerá. Nenhum empresário, nenhum empresário, por mais avançado, por mais progressista que seja, não vai investir num atleta antes desse atleta provar que ele pode dar retorno financeiro.
Cê vê cara correndo, sabe? Sem, num tem nem ralgado, por isso é que nós criamos o bolsa-atleta, que era pra gente garantir que as pessoas que não são famosa, mas que tem qualidades esportivas, possa praticar.
Como é que uma criança que mora em Heliópolis, vai vai treinar natação? Como é que vai treinar basquete? Como é que vai treinar vôlei? Como é que vai praticar qualquer esporte? Nem canoagem.
Se a gente limpasse o rio Tietê que tão prometendo limpar quinhentos anos, ou seja, você poderia pensar, num tem. Aquela pista de canoagem da USP, eu passo de avião lá, nunca vi ninguém remando ali. Poderia abrir aquilo pro povo, pro público. Então vocês percebe
Que o que nós precisamos fazer é uma revolução. É uma revolução, ou seja, é mudar a visão da prática esportiva na cabeça dos governantes. A nível municipal, a nível estadual e a nível federal.
E aí tem que ter dinheiro. Tem que ter dinheiro. Porque se não tiver dinheiro não acontece. Nem a criança pobre pode treinar, pode ir pra frente. Nem a prefeitura cria condições. Então esse é um compromisso que eu quero assumir com vocês. Eu
Preciso, sabe? A única razão pela qual eu estou votando a concorrer a Presidência da República é porque eu tenho consciência que é possível fazer mais do que nós já fizemos. É possível fazer inclusive coisa que nós não fizemos porque não sabíamos.
Eu tô desde dois mil e dez pensando, por que que eu não fiz tal coisa? Por que que eu não fiz tal coisa? Eu não fiz porque eu não sabia. Agora eu sei o que eu não fiz. Mas mesmo fazendo pouco eu digo pra vocês, ninguém nunca na história do Brasil
Investiu mas no esporte do que nós investimos no governo do PT. Nunca, nunca, nunca. Bem, então aí depois a gente vai ter a gente vai ter que discutir sabe? Por por categorias específicas.
O que que a gente precisa fazer pro box? Porque o box tá aprendendo espaço, essa luta, comé que chama? Essa UFC? Sabe? Acabou com o box. Acabou. Sabe? Quem gosta de ver sangue vê o UFC no V Box, né?
Eh não precisamos saber o que fazer com cada esporte por exemplo. O Brasil tem condições de avançar no futebol e fazer uma liga com uma liga portuguesa, com uma liga inglesa, com uma liga nós temos condições.
Eu só vejo a pessoa falar, não, é preciso profissionalizar, é preciso o time ser profissional, eu preciso não é fácil. Não é fácil é uma questão cultural, eu gostaria que aparecesse o o Emílio do Catar, propondo comprar o Corinthians, pô.
pelo menos alugar, pagar um bom aluguel, eu gostaria, porque a gente não deixaria a meninada ir embora tão cedo. Então, eu, eu, eu acho que a gente depois que a gente discutir a política geral de esporte, o conceito do que a gente vai fazer com a sociedade brasileira.
Você não tem nas cidades os espaços aberto para que a sociedade possa se manifestar. Na China, por exemplo, você passa em qualquer esquina de manhã, tem o pessoal que tá dançando, tá fazendo ginástica. Aqui no Brasil as pessoas têm medo de uma bala perdida.
Sabe aqui no Brasil as pessoas não fazem e não tem cultura e não tem provocação. Eu, o meu ministro da saúde, o primeiro era o Humberto Costa e eu eu eu tinha vontade de andar e colocar na televisão o presidente andando.
Fazendo uma provocação pras pessoas da minha idade andarem. Andar. Sabe? E o Humberto falava, não, eu não posso deixar você andar porque você fuma. Porra e o coitado do Humberto ele tem asma e ele não fuma.
Eu falava, eu não vou andar fumando cara, eu vou mostrar que eu ando. Eu vou mostrar que eu ando seis quilômetros. A uma velocidade boa. Não não foi feito. Como é que a gente vai fazer essas pessoas de terceira idade, tirar a bunda do sofá? E andar um pouco a pé.
Deixar de ver televisão deixar de ver bobagem na televisão e fazer pro cara, vai comprar pão, vai a pé, pega a tua esposa, pega na mão dela e vai andar meia hora a pé, vai fazer qualquer coisa, mas não há estímulo, não há espaço.
Sabe, ninguém vai andar na rua. Aqui tem gente que corre com um milhão de carro passando perto dele, ele está respirando o gás carbônico. Isso não é possível que alguém me diga, ô cara, você não pode andar aqui, aqui é proibido. Esse carro que está respirando é venenoso.
Não, cara, eu não tenho dinheiro e ele vai. Quem tem sorte vai no Parque do Ibirapuera, mas quem é que pode ir no Parque do Ibirapuera? Então, Edinho, a nossa política de esporte, ela tem que pensar em tudo e ela começa pelo comportamento da prefeitura.
E pela formação da nossas escolas, se não tiver espaço não tem a prática de esporte que nós sonhamos. Não tem. A outra coisa é que nós vamos ter conta é o seguinte, a gente tem que ver porque que o vôlei brasileiro avançou tanto?
A partir de oitenta e dois se não faz a memória. Porque se fez investimento. Porque se criou espaço adequado. E se investiu. E nós colhemos. Nós colhemos o orgulho de durante muito tempo ser
A melhor seleção de vôlei dos de feminino e masculino. Isso tem que ser feito em outras áreas. E tem que ser feito em outras áreas. Sabe? Sobretudo sabe? Nos esportes que não consegue sobreviver.
Sabe o que o futebol ainda consegue sobreviver nos times grandes, mas comé que vai praticar canoagem? Quem vai praticar taekwondo? Quem vai qualquer outro esporte individual se não tiver a garantia de que vai ter um salário pra poder trabalhar, pra comprar um tênis, pra comprar, sabe? O uniforme pra treinar.
Então companheiros, eu tô aqui fazendo um apelo pra vocês, eu não entendo das coisas de futebol, vocês são de especialistas em cada área, eu na verdade aqui tô fazendo um apelo.
Nós precisamos de vocês que entende de esporte pra ajudar a gente a construir uma boa política de esporte pra esse país. Sabe? Da infância até a terceira idade. Fazer com que o esporte faça parte do dia a dia.
Das nossas atividades. Se vocês contribuírem a gente pode fazer. Eu sinceramente não quero fazer só o que foi feito em dois mil e treze a dois mil e treze no meu governo da Dilma. A gente tem que fazer mais.
Então eu tô pedindo pra vocês um apelo, puta, quando levanta com a camisa do Corinthians já tem prioridade zero pra falar. Pela volta do ingresso realmente popular, eu falo sobre
Pelo acolhimento e proteção as mulheres dentro do descaso, pelo fim das
Dá pra dar uma na cabeça, lá vai Maria, lá vai Maria, sobre o povo e não se cansa pela mão, é uma criança
Brigado. Veja uma uma coisa que nós criamos, eu não sei se resolvemos, não resolveu, foi o código do torcedor.
O estatuto do torcedor. Eu não sei se funcionou. Eu eu sinceramente eu não gosto da ideia de torcida única em campo. Eu eu no meu tempo de futebol a gente saia da Vila Carioca pra ir no Parque São Jorge ver o Corinthians jogar. Ah mas a gente ia
Corintiano, santista, palmeirense, são paulino, todo mundo junto. A gente assistia, brincava, sabe? Tirava sarro um do outro e não tinha briga. Hoje as pessoas têm medo de colocar a camisa do seu time, dependendo do bairro que ele tá e isso
Agora motivado pelo ódio? Motivado pelo fascismo? Hoje mesmo a mulher apanhou em São Gonçalo no Rio de Janeiro. Uma mulher grávida estava fazendo campanha pro PT, um bolsonarista
Atacou essa mulher de porrada, uma mulher grávida, não sei de quantos meses já mataram três ou quatro, é porque o bolsonarismo representa uma parte daquilo que a gente pensava que não existia.
Porque a gente tava pensado, a gente tinha pensado que a a direita tinha ficado civilizada aqui em São Paulo, quem é de São Paulo fazia campanha todo ano contra o Maluf, todo mundo xingava, mas a gente não tinha experiência de violência.
A violência era verbal, agora não, agora nós temos um presidente que não distribui um livro didático pro ensino médio, mas tá vendendo armas. E tá liberando a venda de armas.
E a venda de arma liberada não vai pra pessoas boas, porque quem tá comprando armas é o narcotráfico, é o crime organizado. O crime organizado há tempos atrás quando ele queria arma,
ele roubava um arsenal do exército do Rio de Janeiro, assaltava um arsenal da polícia pública aqui em São Paulo, agora não, agora ele compra, ele pode comprar duas mil bala, ele pode comprar quatro ou cinco fuzil, ele pode comprar metralhadora, ele pode comprar pistola, olha qualé o cidadão de bem que quer tantas arma
Eu quando namorava muito tempo atrás Luxemburgo eu tinha uma garruchinha vinte e dois porque eu andava eu andava no Parque Pristo até a Vila Oliveira até meia noite ela morava até as onze e meia sabe? Aí eu tinha que sair a pé
Era longe, paca e não tinha ônibus, era a pé. Então, tinha uma garruchinha, colocava ela aqui dentro, tirava as bala com medo que ela estourasse alguma coisa aqui dentro. E colocava a fala no bolso. Se um cara viesse pra cima de mim eu falava, ou espera aí, deixa eu colocar minhas bala aqui.
Mas não tem necessidade quem não sabe usar arma. Então vejam, no nosso tempo de governo, o MEC era o maior comprador de livros do mundo. A gente entregava no ensino médio dezesseis milhões. De livros. Didáticos.
Já acabou, já acabou. Então, eu tô chamando vocês, na verdade é um apelo que eu tô fazendo pra vocês, pro jornalista, pros jogadores, pra todos que praticam esse esporte é um apelo que eu estou fazendo. Eu quero, se a gente ganhar as eleições, que vocês ajude
Você quem sabe Luxemburgo vai treinar o time do governo. Tá? Nós não vamos contratar português, vamos contratar técnico brasileiro aqui pra ajudar a gente a fazer as coisa certa. Então eu quero que vocês ajudem a gente a construir algo novo.
Está aí nós só temos quatro ano de mandato então nós precisamos trabalhar rápido. A gente tem que provar que é possível a gente fazer as coisas correta nesse país. A começar a mudar por cada escola nova que for construída ser construída diferente das esquadras que são construídas hoje.
Pense no esporte e na diversidade do esporte. Não é só a quadra. A quadra que tem o arco mas não tem açúcar. Como é que fala? A rede. Sabe?
Então é um apelo que eu tô fazendo pra vocês, eu quero agradecer de coração a presença de cada um de vocês, anotemos aqui o Beludo, foi presidente do Palmeira, sabe? Tamos aqui as torcida organizada de alguns times, eu acho isso fascinante.
A politização que tá acontecendo nas torcidas, sabe? É muito importante. Eu tenho, eu só não gosto quando a torcida vai o meu time, quando o Corinthians vai o Corinthians não gosta. É. É como se o petista fosse no comício pra me ensaiar, porra. Vai pra outro lugar, mas
A torcida tem um papel importante, eu acho que a torcida tá fazendo um papel, sabe? Uma parte da torcida e da todas a torcida tão ficando politizada e tão tentando colocar a política dentro do campo de futebol, tá? Um agradecimento a vocês, muito obrigado de coração.
Nós vamos levar muito a sério essa questão do esporte. Pode crer que vocês nunca tiveram na história desse país um presidente comprometido com o esporte como eu vou ser daqui pra frente e vai depender de vocês. Sabe? Cobrem. Cobrem. Cobrem.
Todo dia, senão a gente não faz, tá? Um beijo no coração de cada um, um abraço e até dia dois.
Mais pra trás. Essa aqui é a faixa das manifestações. Vai, vai, vai.
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