Tá pô. Uai primeiro eu quero quero agradecer a vocês ah eh é importante que vocês tenham conta que a gente

quer votar porque é preciso recuperar a dignidade do ser humano nesse país. Ah as pessoas não sabem como é que vive a maioria do povo pobre desse país. Eu sempre digo que quando chega em época de eleição

Todo mundo lembra de pobre. Você não vê nenhum político na televisão falando bem de banqueiro. Você não vê nenhum político na televisão falando bem do grande empresário, do grande fazendeiro. Na época da eleição

A coisa mais importante é o povo pobre. Só que depois da eleição muita gente se esquece do povo pobre. Vocês tiveram a sorte de ter um companheiro como o Fred Dino no governo do estado do Maranhão. Um companheiro que brigou

Um companheiro que tem consciência social, um companheiro que foi, sabe, marginalizado pelo governo Bolsonaro, um companheiro que teve a coragem de protestar, contestar e brigar contra a cassação da companheira Dilma Rousseff.

Porque ela foi vítima, sabe? De uma mentira, desgraçada nesse país, como eu fui vítima e o objetivo era me tirar da disputa de dois mil e dezoito, porque eles sabiam que a gente ia ganhar aquelas eleições e o Flávio Dino tá indicando o Brandão.

Pra ser o sucessor dele. O Felipe está ali, o Felipe Camarão, vocês conhecem que foi secretário da educação e a gente quer votar porque a gente acredita que é apostando nessas coisas que vocês fazem. E valorizando essas coisas.

Dando dando valor porque sabe? Pra um cara que mora na Avenida Paulista ou na Faria Lima lá em São Paulo ou um cara que mora sabe? Numa rua melhor do Rio de Janeiro. Quando você fala em Quebradeira de Coco de babaçu

Ele não sabe nem o que é babaçu, não sabe o que é quebradeira, portanto ele não tem nenhuma importância. É como a política de cisterna. Quando a gente fala, ah vou levar a cisterna pro povo que não tem água. O cara que mora numa cidade grande, que mora num prédio que tem água, ele num tem nem noção do que é uma cisterna.

Ele não tem noção do valor quando você falava em levar o programa Luz pra Todos, quem já tem energia em casa não dá nenhum valor praquilo. Sabe? Eu lembro que as pessoas não sabiam nem o que era candeeiro.

E eu lembro a alegria quando eu chegava numa casa, às vezes tinha três, quatro crianças, Flávio, fazendo lição em cima de um caixote de cebola, sabe? Com uma vela, aquela fumaça preta do querosene saindo da lamparina na cara das crianças. E eu lembro que eu pegava a mão da mulher, levava na tomada.

Quando acendi a luz era como se ela tivesse saído do século dezoito pro século vinte e um. Eu lembro de uma tia minha que quando arreida acendeu a luz na cozinha dela, ela saiu correndo de tanta claridade. Ela não se habituou.

Sabe nos primeiros dias com a claridade acostumada a cozinhar num fogão de lenha de uma boca só com candeirinho do lado sabe? Eu lembro de mulher que dizia assim pra mim é a primeira vez que eu vejo o meu filho dormir. O que que o candieiro está se eu não via as crianças dormir.

As mulher tentava costurar uma camisa a noite com cantieiro, colocar um botão numa roupa, num era possível. Então, todas essas coisas, todas essas coisas só faz quem tem um pouco de conhecimento e que tem um pouco de sentimento. Eu sempre disse que governar um país

É como como o papel de uma mãe. Não tem nada mais exemplar pra governar um país, uma cidade ou um estado do que o comportamento de uma mãe. Porque a mãe é a coisa mais solidária, é a coisa mais sensível, é a coisa mais humana pra cuidar da coletiva, da família é uma mãe.

Ela pode ter dez filho, sabe? Todo se acham mais bonito, mas ela vai dar um chameguinho a mais praquele que tá mais fraco, praquele que tá debilitado. E assim é o governo. O governo num existe pra agradar banqueiro, o governo não existe pra agradar empresário, o governo não existe pra agradar fazendeiro.

O governo existe pra fazer com que as pessoas de baixo tenham oportunidade de fazer um curso como você fez, porque todos nós sonhamos em fazer um curso, todos nós ninguém faz uma opção pra ser pobre. Pobre a gente não escolhe.

A gente é pobre porque nasce pobre porque não tem outras condições a gente não tem oportunidade.

Comé que uma pessoa que nasce com cinco anos quebrando coco e tá com cinquenta quebrando coco sem nenhum auxílio, sem nenhum uma política de bolsa, sem incentivo a cooperativa? Comé que essa pessoa vai crescer? Num vai crescer. Então nós queremos votar

Pra ver se a gente consegue outra vez dar um salto de qualidade na vida das pessoas. A gente não quer construir uma sociedade de pobres. Eu não quero ser pobre, você não quer ser pobre, você não quer ser pobre.

A gente não gosta de coisa ruim, a gente gosta de coisa boa, a gente que mora bem, a gente quer comer bem, a gente quer se vestir bem, a gente quer se passear, a gente quer ter televisão, a gente quer ter carro, a gente quer ter computador, a gente quer ter celular, a gente quer viajar, a gente quer ter tudo.

É pra isso que a gente desiste pra conquistar os bens materiais que nós mesmos produzimos, se não do que equivale a vida. Vocês não nasceram pra ser eternamente quebradeiras de sul.

O que falta é oportunidade pra vocês crescerem, oportunidade para que a gente possa tornar a profissão de quebradeira, de coco e babaçu, uma profissão rentável, digna.

Que vocês não precise ficar sentado o dia inteiro. Não sei se vocês tem dor na coluna sabe o dia inteiro. Deve ter. Eu fico imaginando Flávio se você ou eu passasse o dia sentado com o machado no meio das perna cabe que vai passou. E às vezes esse porrete não vai nem no coco vai no dedo. Sabe?

E tem que chorar sozinho porque não tem ninguém pra ouvir. Você quer chorar. Então a gente a gente vai mudar isso. A gente fez uma experiência bem sucedida e eu acho que a gente pode fazer muito mais. Eu tenho dito pra todo mundo e disse ontem ainda no comício aqui em São Luís.

A única razão que eu tenho pra votar a ser candidato a Presidente da República é a certeza que eu tenho de que é possível fazer mais do que eu fiz, porque eu já conheço o caminho das pedras, eu já sei aonde as coisas em terra, eu

Em dois mil e oito regularizei a terra de um quilombo em Contagem, Minas Gerais. Veja que absurdo, foi reconhecido como terra de quilombola. Eu votei em março ou abril lá agora.

De dois mil e seis, dois mil e sete, até dois mil e vinte e dois ainda não deram a escritura, não deram a titulação da Terra Pokilon. Ou seja, são praticamente doze anos, Flávio. As pessoas esperando uma coisa que já foi reconhecida.

Então a gente vai fortalecer as cooperativas, as cooperativas de crédito, as cooperativas de produção. A gente vai garantir que as pessoas tenham um preço mínimo, a gente vai voltar a criar o PA, criar o PNAE e vai criar outros programas porque se a gente não fizer essa revolução

A gente não tem sentido voltar, não tem sentido voltar. Então eu eu eu eu quero assumir um compromisso pra vocês. Quero assumir um compromisso com vocês. A gente ganhando as eleições sabe? A gente vai convidar vocês

Pra fazer uma grande reunião em Brasília pra gente definir as coisas que você deseja. Lá vocês já vão encontrar o Flávio Dino como senador e como senador ele pode fazer a lei passar com mais facilidade.

a gente vai ter o Brandão como Governador ajudando naquilo que vocês precisem, que o Estado pode fazer, porque esse é o sentido da política, é a gente fazer porque as pessoas melhores de vida, ou seja, nós não queremos tirar ninguém, nós não queremos tirar nada de ninguém

Eu não quero tirar nada de ninguém, mas a única que eu quero é que todos mundo tem direito de ter o mínimo necessário. Direito ao respeito, direito ao trabalho, direito ao salário, direito a uma casa, sabe? E sobretudo as as condições das mulheres

que ainda no Brasil são vítima de violência seculares, milenares, ou seja, ainda prevalece muito o machismo no nosso meio. Às vezes o cara é progressista quando tá no bar tomando um aperitivo, mas quando chega em casa ele é machista.

Ele não quer ajudar a companheira, ele não compartilha a companheira das coisas de casa, ele acha que ele tem um nada coisa tarefa de mulher, lavar casa é tarefa de mulher, lavar banheiro é tarefa de mulher, lavar louça, tarefa de mulher, cozinha, tarefa, e não é, não é.

A gente pode repartir essas coisas com as companheiras e viver melhor, viver feliz. Então eu quero agradecer a vocês de coração por mais essa aula, por mais essa ambição, sabe? Que vocês me deram e eu saio daqui, volto pra São Paulo hoje com a certeza

De que a vida vai melhorar. Um beijo no coração. Eu quero servir aqui o Lula e a esposa dele. O nosso babala light do coco babaçu. Lula Jange. Isso é pra tomar.