Nós vamos começar agora a entrevista que nós gravamos como bem disse a Rosane ontem a tarde na passagem aqui pelo Rio Grande do Sul do candidato do PDT à presidência da república Ciro Gomes. O senhor tem trinta minutos conosco a partir de agora. Bom dia, bem-vindo mais uma vez a Rádio Gaúcha.
Bom dia, muito prazer tá de volta aqui, cumprimentar toda boa gente brasileira do Rio Grande.
Quero começar lhe perguntando sobre como furar a bolha, como o senhor acredita que pode fazer isso em um Brasil radicalizado, um Brasil polarizado e que as pesquisas mostram dois candidatos eh com a maioria do percentual. Como é que o senhor conseguirá fazer isso? Estar no segundo turno?
É preciso ter uma sólida convicção no povo. Né? Eu já fui candidato três vezes na em eleições anteriores e estou aqui com mesma paixão, com o mesmo entusiasmo porque
Eu amo o Brasil, amo o povo brasileiro e quero pra mim o lugar na história daquele daquele cidadão que organizou um novo e esperançoso projeto nacional de desenvolvimento. Isso me obriga a trabalhar em dobro ou triplo do que estão trabalhando. Os meus ilustres adversários. Isso me obriga a ter uma proposta muito mais
É encantadora, qualificada e no mais pedir a Deus que ilumine a minha palavra pra que eu possa tocar no coração do povo brasileiro porque dizia o Einstein, eu estou repetindo isso, que é a maior inteligência, né? Da da idade moderna da da humanidade, que a ciência da insanidade, ou seja, da loucura
É você repetir as mesmas coisas e esperar resultado diferente. Ora, vamos pensar juntos os gaúchos que são agentes extremamente valorosa, trabalhadora aqui é um Brasil historicamente deve tanto, votaram numa proporção em números redondos em setenta por cento no Bolsonaro. Naquela data o Bolsonaro era
Não era uma uma uma história de vida brilhante. Pelo contrário pertencia ali ao mais eh corrompido o processo de de de de baixo clero que a gente chamava do parlamento brasileiro. E nem sequer o Bolsonaro tinha uma proposta.
Por que que por que que o povo gaúcho, o povo de Getúlio Vargas, o povo de João Goulart, o povo sabe de Brizola? Não é? O povo que que de de pascoaline. Por que que nessa proporção o povo gaúcho votou no Bolsonaro? Olha, eu tenho pra mim que humildemente nós temos que entender que o nosso povo gaúcho votou protestando
Contra a mais terrível crise econômica da história brasileira produzida pelo PT ao mesmo tempo em que tomou-se de susto e ao ver na televisão em tempo real desvendada, mais generalizada, roubalheira e de corrupção. O Bolsonaro não entrega, faz o oposto do que prometeu.
E a grande questão é, nós votamos no Bolsonaro pra protestar contra o Lula e agora vamos votar no Lula para refletir o protesto contra a frustração com o Bolsonaro, isso vai matar o Brasil. E eu estou propondo uma saída com concretudes, com com diagnóstico correto. E eu estou muito esperançoso.
Então nessa nesse ponto das coisas concretas né? O senhor tem dito que pretende oferecer eh garantir aos brasileiros que estão abaixo da linha da miséria uma renda mínima de mil reais. E a gente aqui do outro lado fica pensando, mas como? Como vai se pagar isso?
Vamos lá, deixa eu falar aqui uma resposta tosca. Esse projeto ao todo ele custa ao redor de duzentos e noventa e sete bilhões de reais. Toda, toda a ideia de que cem por cento das famílias pobres definidas as famílias pobres com o critério objetivo. Qual é?
aquele lá aonde haja pessoas que ganham por cabeça por mês menos de quatrocentos e dezessete reais estão aí na definição de credores desse projeto. Que é um projeto de uma nova perna previdenciária com status na constituição portanto é um modelo previdenciário novo que começa com esse programa de renda mínima que eu estou dando o nome de Eduardo Suplicy
Trezentos bilhões, números redondos, é muito dinheiro? É, é muito dinheiro. Mas deixa eu dizer ao povo brasileiro, ao povo do Rio Grande. O Brasil nos últimos doze meses entregou de juro pra banco quinhentos bilhões de reais.
Então veja, o problema do Brasil não é falta de dinheiro, é a locação perversa dos dinheiros que quase de forma esfolada o nosso povo e o nossos empreendedores pagam de impostos. Nesse caso o juro vai ter que continuar sendo pago? Não. Não. Deixa eu deixa eu lhe explicar.
Mas o fundo de cada compromisso meu, eu sou uma pessoa muito séria, então cada compromisso meu vou dar detalhes. Como é que eu vou basear esse novo projeto de renda mínima Suplicy? Primeiro, todo o valor do BPC, Benefício de Prestação Continuada.
Todo o valor do do do dos da aposentadoria rural que é aquela gente que foi colocada pra dentro do sistema previdenciário sem ter podido contribuir ali na partir da constituição de oitenta e oito.
Todo o orçamento atual dos programas de transferência de renda cujo o valor mais relevante era o antigo Bolsa Família que o Bolsonaro aumentou pra seiscentos só até dezembro que acaba
E a gente precisa advertir isso, a fome do brasileiro está se agravando e eles vão acabar criaram isso só pra ganhar eleição. Mas esses valores juntos só precisa de um complemento de sessenta bilhões de reais novos. E esses sessenta bilhões de reais novos vão vir de um imposto sobre grandes fortunas.
O que eu defino como? Aquele patrimônio superior a vinte milhões de reais. Portanto todo mundo que tiver patrimônio menor do que vinte milhões de reais não pagará esse novo tributo.
São apenas cinquenta e oito mil brasileiros que tem patrimônio pessoa física superior a vinte milhões de reais e eu quero cobrar uma alíquota moderada de meio a um e meio por cento progressivamente
E isto é suficiente pra eu fechar a conta. De maneira que cada um dos super ricos no Brasil que hoje não pagam nada de imposto vai financiar a sobrevivência digna de oitocentos e vinte e um brasileiros. Aí a conta fecha. Candidato, nós temos registrado deflação mensal. Aí. E muito dessa deflação se deve a redução de tributos.
pela lei federal aprovada no final de junho. Parte dessa redução termina agora no final do ano, a outra parte está sendo contestada pelos governadores. E aí esse projeto até um repique de preços na virada do ano. Qual é o plano do senhor em relação a essa redução de tributos? Veja, o Brasil está fazendo as coisas de uma forma selvagemmente errada.
O Brasil tem hoje na Petrobras a a companhia que mais dinheiro distribuiu de dividendos no planeta terra. Isso mesmo que eu estou dizendo a todos vocês aqui. Não foi a Apple, não foi a Microsoft, não foi o Elon Musk, a empresa que mais distribuiu dividendos no mundo
Foi a Petrobras. Por quê? Porque nós introduzimos uma política de preços absolutamente criminosa.
Em que a dona de casa não dá conta de pagar o gás de cozinha, o taxista, o motorista de aplicativo não dão conta de pagar a gasolina, o a o diesel virou um um transtorno para os para os caminhoneiros.
E o lucro da Petrobras é trinta e oito por cento tomado do balanço do ano passado em comparação com nove por cento das suas competidoras internacionais. Ao invés da gente resolver isso o Bolsonaro preserva o governo Bolsonaro preserva essa política criminosa isso tira
Vocês são gaúchos, escutem bem o que eu estou dizendo. E tira vinte bilhões de reais dos estados e municípios. Ora, falar em reduzir impostos no Brasil é uma música que todos nós queremos ouvir.
Mas a única proposta de redução consistente sem comprometimento com véspera de eleição que há disponível pra ser debatido é a minha proposta de reforma tributária. Por quê? Porque o Bolsonaro tirou dezessete a vinte bilhões de reais da saúde, da educação, da segurança, dos estados. Ora
Tamo no Rio Grande do Sul, mas isso vale pra qualquer estado, Rio Grande do Sul já está há anos, posto de joelho por Brasília, porque não dá conta de honrar a dívida. Que galopa pelos juros absurdos que o governo faz. Deixa eu dizer pro povo gente gaúcha, quando o governo brasileiro aumenta um e meio por cento da taxa Selic
São sessenta bilhões de reais a mais que saem dos cofres do governo brasileiro. E a dívida do Rio Grande do Sul explode também. Então veja, eu esfolo, asfixio, tiro o o o gás dos estados.
que vão repercutir na degradação já muito grave dos serviços essenciais para financiar com subsídio público o lucro criminoso de meia dúzia de acionistas minoritários aqui em Fernando Henrique o Lula entregaram a maioria do capital não votante da Petrobrás então veja a inflação brasileira mas o maior acionista é o governo
O maior acionista não do capital total. O governo é o maior acionista não é não. Quem quem mais recebe dividendos são os acionistas minoritários. Deixa eu lhe dar. As pessoas não sabem direito. Mas assim a Petrobras é como se fosse um clube que tem dois tipos de sócio. Né? O sócio fundador
Que elege a diretoria, que manda no clube, se diz que o clube vai estar isso e tal. E aqueles outros sócios que só são frequentadores. Esses recebem na no caso da Petrobras recebem o juro. Hoje sessenta por cento, ou seja, quase dois terços do capital da Petrobras não votante, ou seja, o dos sócios não fundadores são privados.
O Lula e o e o Fernando Henrique entregaram isso. É o governo. Mas então qual qual seria a política de preços? De acabar a resposta anterior. Não é? Então veja bem. Nós precisamos fazer uma reforma tributária completa que diminua a tributação sobre o consumo. E
Transfira a carga tributária para os super ricos. É a única proposta que está disponível pra ser debatida, pode ser boa, pode ser ruim. Eu acredito que achei a melhor forma é a minha.
O Lula diz que o país não precisa de reforma tributária, o Bolsonaro está aí, não promoveu a reforma tributária nenhuma e está fazendo renúncias fiscais que vão cuspir pra cima e cair na testa do povo brasileiro assim que acabar a eleição.
Qual é a política de preços que um um produtor de sanduíche aqui na praça não é? No centro de de de Porto Alegre pratica. É o custo de produzir.
Ou seja, quanto custa o pão, quanto custa a manteiga, etc. Mais um lucrozinho razoável. Por quê? Porque se ele botar o lucro muito alto o preço fica fora do padrão. Vem o concorrente e leva o freguês.
Pois mal comparando é é a Petrobras ela devia calcular quanto é que custa produzir um barril de petróleo e botar ali um um tantinho pra remunerar o lucro, o capital, abater a dívida e cobrar do povo brasileiro, por quê? Porque ela tem um monopólio na prática do mercado brasileiro. Que que a Petrobras está fazendo? Produz um barril de petróleo por dez dólares
E está cobrando do povo brasileiro o preço especulativo lá de fora. Aí a Ucrânia é invadida pela Rússia, o petróleo bate cento e quarenta dólares, ela custa dez pra cobrar e cobra do povo brasileiro cento e quarenta dólares. Pega a diferença e bota no bolso dos acionistas privados. Vai acabar isso no primeiro dia do meu governo.
Reforma tributária o senhor está falando aqui eh precisa provar um não aprovou outro não aprovou. Quando a gente fala em reformas no Brasil a gente sabe que elas começam de um tamanho GG normalmente. E elas passam pro PP talvez até menor. Eh é possível aprovar uma reforma tributária no Brasil? Em quanto tempo? Possível.
Se nós entendermos a realidade brasileira. Você diz assim, não aprova como essa grande termina pequena é porque não tem concepção. Vamos lá. O Brasil tem oitenta por cento da sua produção industrial concentrada em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Como é que se cobra os impostos no Brasil?
Diferente do mundo inteiro, você cobra com crédito na origem. Ou seja, se você produzir um carro aqui no Rio Grande do Sul e esse carro for vendido lá no Piauí o o imposto, uma parte do imposto que o o o contribuinte piauiense paga vem para a origem, o crédito na origem. Isto
Causou uma distorção na vida brasileira que impede a gente de fazer. Por quê? Porque enquanto os estados estão com esse crédito na origem, eles estão também quebrados. Por quê? Por que que não passa reforma tributária nenhuma? Porque a gente faz de conta que não entende o que realmente. O Rio Grande do Sul pode abrir mão de um centavo?
O Rio de Janeiro liquidado pode fazer conta de abrir não o São Paulo pode abrir mão? Minas pode abrir mão? Não pode. Então o que que a gente tem que fazer? Tem que fazer uma reforma que compreendendo isso devolva aos estados a autonomia financeira. De novo desculpe eu dizer mas eu estou me apresentando. A única concepção
de de de equilíbrio de contas do Brasil que está disponível pra gente debater é a minha. Eu estou propondo pegar, consolidar a dívida de todos os estados e municípios dou valor a dívida pública brasileira estão hoje sete trilhões quando tem de tapioca e quatrocentos bilhões de reais. Toda a dívida dos estados e municípios juntos
Dá seiscentos bilhões de reais. Qualé o problema de ao invés de deixar o governador do Rio Grande do Sul entrar com a liminar e não pagar dívida? O governador de Minas Gerais entrar com a liminar e não pagar dívida. Por que que eu não chamo esses governadores e renegocio
A partir de uma restruturação dessa dívida e coloca capitaliza esse saldo pro futuro do Brasil quando a gente retomar o desenvolvimento que é a lógica do meu projeto deixando de doze a quinze por cento da receita do Rio Grande do Sul que hoje está indo pra Brasília na mão do governador do Rio Grande do Sul e dos prefeitos em obediência a um plano
Combinado de investimento de retomada do emprego e da renda do povo brasileiro. Aí eu descomprimo. Aí eu permito que o Rio Grande do Sul tendo ferramenta pra sua sua obrigações, seus investimentos, sente na mesa pra gente redesenhar o novo modelo tributário. Essa é uma primeira peculiaridade. A segunda e já vai ficando o estado pro ouvinte.
Porque as pessoas preferem votar picanha, cerveja e tal mas isso daí é só mentira. É só mentira. Estou dizendo pra vocês ou a gente muda o Brasil ou a decepção vai se aprofundando cada dia mais. E a gente precisa obrigar os candidatos a a mergulhar. Qual é o outro problema? A previdência social.
Então veja, no Brasil nós mantemos junto com a Argentina e com a Venezuela são os últimos treze países do mundo que mantém o sistema de repartição. O que é o sistema de repartição? É uma espécie de contrato entre as novas gerações e os idosos em que eu eh hoje pago a minha previdência
Na crença de que quando eu ficar velho um jovem que virá no meu lugar vai pagar minha previdência. O governo quebrou esse contrato. E qualé as pernas que segura esse sistema? Demografia jovem ou seja funcionar tem que ter muito jovem ocupado contribuindo com um pouquinho. E pouca gente idosa vivendo pouco pra receber.
Isso senão não dá pra você com oito por cento pagar cem por cento a não ser que sejam vinte pessoas são ocupadas pra pagar um. E a outra é uma alta formalização do meio de trabalho.
Os governos dos últimos vinte anos no Brasil destruíram essas duas pernas. O Brasil está envelhecendo como nenhuma sociedade do mundo. Nós temos hoje toda uma agenda de preocupação com os idosos e sabe quantos brasileiros estão indo pela informalidade, pelo desemprego aberto pra velhice daqui quinze anos sem nenhuma previdência? Cinquenta milhões de pessoas
Estamos ouvindo agora porque empurrados pra informalidade. Ou seja a maioria do mercado de trabalho ou está desempregado ou na informalidade e o eixo central de financiamento da previdência que é a carteira assinada não existe mais. E aí o que que foi fazer no governo? Ao invés de convocar a sociedade como eu estou procurando pra uma grande discussão e tem saída.
O governo foi fazendo puxadinho. Pis, puxadinho, cofins, puxadinho, contribuição social sobre lucro líquido. E isso foi criando uma uma série de tributos que não são propriamente impostos para financiar a previdência de maneira que é mentira que você vai fazer uma reforma tributária sem considerar a fração
vamos dizer, previdenciária da conta pública brasileira. Nós temos muitos assuntos pra tratar com o senhor, mas tem um que nos é muito caro aqui pra nós na Rádio Gaúcha e eu tenho certeza que também é pro senhor que é o tema da educação. Nós estamos chegando depois desses dois anos de pandemia a um nível já era muito ruim a qualidade da educação. Todas
As avaliações mostram que caiu muito nesse período. E não tivemos uma política nacional de recuperação desse desse período perdido. Eleito, o que o senhor fará pra qualificar a educação no Brasil usando até os próprios exemplos do que o senhor tem lá no Ceará? Rosane, eu quero me comprometer com o povo brasileiro
De produzir as bases de uma educação que será uma das dez melhores do mundo em quinze anos. Isso parece pra muita gente que está desconfiada do discurso político uma coisa impossível. Mas nós no Ceará e isso é que eu peço que as pessoas examinem. Que somos um estado muito pobre
Do Nordeste brasileiro, nós no Ceará temos hoje a melhor educação pública do Brasil. E nós fizemos isso num prazo de vinte, vinte e poucos anos. Portanto a Coreia do Sul fez isso num prazo de dez anos. Sabe? Singapura fez isso muito recentemente. A China está fazendo hoje isso.
E nós temos toda a condição de fazer isso no Brasil porque o caminho está desenhado. E é uma ação obviedades. Uma não é tanto mas outra. Um esforço imenso não é? De retreinamento e estímulo ao magistério. Aos professores do Brasil.
Nós temos que fazer isso por quê? Porque a substância da educação que nós precisamos transformar é mudar o padrão pedagógico e que tipo de educação nós estamos dando a juventude brasileira e as nossas crianças. É uma educação do século dezenove.
Século vinte em que o Decoreba o enciclopedismo raso porque Drauzio Cabral descobriu o Brasil por acaso vinte e dois de abril coitado do professor com giz na lousa é puro lixo a despeito do enorme respeito que ainda está salvando a lavoura do esforço notável dos professores
Esse é um padrão que em tempos de economia digital, de óculos de realidade virtual, de informação cem por cento disponível no Google, sabe? De economia do conhecimento, isso é puro lixo.
Nós precisamos reestruturar todo essa essa esse paradigma pedagógico. O sistema de avaliação tem que ser individualizado. A gestão escolar tem que ser uma carreira de estado profissional. E tem que haver um sistema de supervisão, avaliação, controle.
e de apoio que é as linhas, que são as linhas do Projeto Nacional de Desenvolvimento para a Educação Brasileira. O senhor fala do Ceará ponderar qualquer circunstância é preciso lembrar que esta educação pretendida custa dinheiro.
Portanto nós precisamos aumentar o per capita com os alunos anos brasileiros. E isso nos remete àquela reforma das contas públicas. Mas a minha dúvida é porque assim, a educação hoje, a educação fundamental é dividida entre o estado e o município. A infantil é do município. Ensino médio é do estado. O que a União, no caso, o que estaria sob
Sua responsabilidade pode fazer nesse caso. Tome a lógica do FUNDEB e transforme isso numa lógica mais audaciosa, mais comprometida. Então o que é o FUNDEB? É um esforço de co-financiamento sem tirar autonomia.
Do município de fazer a educação básica do do estado fazer educação média e tal e está ali né? A União Federal comparecendo. Que que eu quero fazer? Eu quero padronizar é uma espécie de de de vamos dizer padronização centralizada pelo governo federal. O padrão de excelência de qualidade do ensino no Brasil.
e disponibilizar esse esse padrão pra todas as escolas e estabelecer. Eles estão lá fazendo a escola, o município fazendo a escola, o estado fazendo a escola e a União Federal padroniza. E faz uma avaliação. Nós temos o IDEB, mas temos aí o PISA internacional que já estamos usando no Ceará porque
Pra nós dois mil e trinta já foi alcançado.
Então nós vamos fazer o PISA e ter uma escola em Sobral na minha cidade que se fosse eh avaliada o padrão brasileiro por ela é a terceira do mundo. É nesse ponto complementando o que o senhor está falando que a Rosane perguntou porque fazer numa cidade, fazer num estado a gente sabe como funciona. É possível mesmo replicar porque eu vou ali eu dou
Padrão, co financio, faço conjuntamente a avaliação e corro em socorro daquelas que ficarem no caminho. O senhor tem algum nome de ministro da educação e mente se for se for eleito? Vai ser um cearense que foi responsável por essa proeza.
Candidato, queria falar sobre inflação, né? A gente tem agora esse recuo recente, mas ela ainda segue o dobro da meta, tem esse receio de de repique na virada do ano, tem a pressão mundial, custo de energia, tem aí no horizonte uma crise de alimentos, como que o senhor pretende além do que o senhor falou de, né? Mudar a política de preço dos combustíveis, como o senhor prete
Atacar esse problema que afeta tanto o brasileiro. Se nós entendermos o problema, a solução pula pra evidência de qualquer pessoa que nos acompanha aqui sem precisar ser economista. Inflação é um número médio, mas no Brasil as coisas são
Tão manipuladas, tão manipuladas, desonestamente manipuladas que é mouse seguir mais ou menos o seguinte, cê tá com um corpo, com a cabeça no freezer e o pé no forno e tá tomando a temperatura no meio da barriga. Isso não diz absolutamente nada. Ou seja, o IPCA que eu conheço bem, eu vi agendas, porque eu ajudei a fazer o Plano Real.
É uma média de preços livres e preços administrados pelo governo. Então eu sempre disse que a inflação brasileira era diferente da inflação do mundo. Por quê? Porque aqui no Brasil substantivamente eu diria que dois terços do IPCA são preços que o governo administra. Política de preço da Petrobras e política de preço das agências de energia elétrica.
Só pra dar dois exemplos de preços centrais. Chega a véspera da eleição eles manipulam esses dois preços aí você apresenta a mentira de uma de uma deflação. Agora pergunta ao gaúcho que está indo pra feira se a comida não está subindo.
O o o o leite está chegando num num estado produtor, está chegando entre oito e dez reais. Por essa preocupação que lhe administrar do governo, administrar o governo administrar de forma severa.
e e não beneficiando minorias ativas que subornam as agências, as agências estatais do Brasil. Agora, na política de alimentos, veja, também a gente já soube fazer no passado, porque diferente do mundo, que é essencialmente importador de alimentos, a China precisa de alimentos do estrangeiro pra completar sua pretensão de ali
A Europa é dependente de fluxos brasileiros de de de produção ou de americanos de produção. O Brasil tem uma peculiaridade. Nós somos exportadores líquidos. Nós produzimos mais alimentos do que necessitamos. Portanto o problema do Brasil não é escassez, é comércio exterior.
Aqui você tem uma porção de ferramentas a mais óbvia que está prevista por mim é trazer de volta na lógica de um projeto nacional de desenvolvimento uma política nacional de abastecimento e preços. Você é muito moça mas o Brasil já teve no passado em pleno capitalismo isso não é socialismo não. Capitalismo. Você faz uma política de preços mínimos
Estoques reguladores pra proteger o produtor na hora que ele produz e cai na mão do atravessador e estocando e hoje em dia você nem precisa ser físico isso você faz com o mercado futuro bolsa de Chicago você faz isso com papel
Você garante que na hora da entressafra, na hora da seca, na hora de um crise de comércio exterior começa agora você desova o estoque e segura os preços. É o que está previsto no meu projeto. Pra quem está nos ouvindo o senhor falou quem vai à feira, vamos ao mesmo exemplo. Quem vai à feira está nos ouvindo, está no carro, está indo trabalhar.
E está pensando como será um governo seu no ano que vem como será em março do ano que vem? Acabaram se esses benefícios em relação ao ICMS. Eh que medidas serão tomadas de forma emergencial e quanto a gente vai estar pagando pela gasolina, quanto a gente vai estar pagando pelo litro do leite.
Olha eu vou eu vou mudar a política de preço da Petrobras e se você tomar que a base de um litro de gasolina é o barril de petróleo tem outros custos incidentes transporte eh enfim tem uma série de salários ET cetera mas se você tomar proporção é assim cento e trinta dólares cento e vinte dólares é o que o governo brasileiro está cobrando
Na partida do custo da gasolina eu vou cobrar o custo de produção do Brasil, dez. Então você veja aí a distância que há pra você fazer. Não é razoável que a gente estimule tão dramaticamente o uso de combustíveis fósseis. É preciso acertar com a com a nação brasileira uma substituição gradual
Né? Dessa dessa dessa espoliação que está acontecendo para que essa essa essa transição seja eh eh civilizada e estimulante de um de uma mudança de padrão energético em direção a substituir os combustíveis fósseis que é um projeto grande que eu quero porque a a Petrobras será
A senhoreada pra se transformar numa grande companhia da energia limpa. Sabe? Hidrogênio verde nós já começamos a fazer no Ceará também. Eu sempre trago esses exemplos pra mostrar pras pessoas onde é que elas podem enfim examinar se tem fundamento as coisas que eu falo aqui porque os políticos bem tem demais especialmente em véspera de eleição. Não é o meu hábito.
Agora você me diz, como será o começo do ano que vem? Será um começo de pra qualquer um de nós, um começo muito difícil. Quem pode escapar da da frustração imensa sou eu porque estou dando os números da tragédia.
E estou dizendo o tamanho do desafio que é
você chegar no dia seguinte, acabar uma política de preços, né? Que que fez renúncia fiscal, artificializou o preço da Petrobras, acabar com as com o auxílio emergencial de seiscentos reais pra um povo que tem trinta e três milhões de pessoas passando fome, enfim, eu começo anunciando aquilo que já tá pronto, um programa de renda mínima vai ser a grande prioridade de cidadania
De mil reais por domicílio com todas essas fontes já bastante apalavradas. A única inovação
Permite que a a vamos dizer agora a evolução do cadastro me dê o tempo pra fazer que é um tributo que uma vez uma vez criado só poderá ser cobrado no outro ano pelas restrições constitucionais que é o tributo sobre grandes fortunas. Mas eu tenho como fazer sem o princípio da anterioridade um corte de vinte por cento nas renúncias fiscais.
Hoje, por exemplo, salmão, queijo suíço, eh, filé mignon, estão introduzidos corruptamente na cesta básica do povo pra não pagar PIS, COFINS. Por lobby corrupção.
Eu tenho trinta e seis produtos que eu cortando arrecadou oito bilhões de reais por ano. Isso é suficiente só pras pessoas terem ideia pra botar um milhão de crianças.
pobres em creche em tempo integral. Mas nós precisamos falar de saúde que é outra das grandes preocupações dos brasileiros. O SUS hoje paga pouco pros médicos, paga pouco pros hospitais, pros prestadores de serviço e as pessoas que tem acesso elas até são satisfeitas com o serviço que o SUS presta. Mas tem a fila
que não chega nunca, tem as pessoas que não conseguem a porta de entrada. Qual é o seu projeto pra qualificação do SUS e pra resolver a demanda de quem está lá na fila nos ouvindo?
Eu fui secretário de saúde também, estou só me apresentando e e pra dizer a propriedade. E nós no Ceará hoje temos a melhor rede pública de de saúde do Brasil também. Ao lado da rede pública de educação. Mas nós estamos com dificuldades por quê? Porque o SUS tem hoje dois problemas. Um é de gestão.
Você com o mesmo dinheiro poderia entregar mais e melhor à população que está aí e eu tenho toda uma linha de aperfeiçoamentos que eu posso especializar aqui. E a outra é de financiamento. Eu tenho um padrão pro gaúcho entender. O o Brasil destruiu sua indústria nacional de de saúde.
Então, todos os fármacos, oitenta por cento dos fármacos, os os meios de diagnóstico médico, os materiais, as camas de optar, as prótese, tudo é importado em dólar. Portanto, os nossos custos salvo salários são iguais aos cursos ingleses, porque é tudo em dólar global. Mas nós gastamos um oitavo do que os ingleses gastam por cabeça e saúde.
De maneira que para entregar o que estamos entregando gastando no oitavo do que os ingleses gastam por exemplo é um verdadeiro milagre o SUS. E o nome disso é servidor público. O servidor público são os profissionais de saúde que aliás não é? Temos que homenagear todas as vezes porque fizeram um papel absolutamente heroico. Não tinham nem se quer equipamento de proteção individual quando
Explodiu a pandemia no Brasil. Capacitação gerencial é organizar o sistema de maneira que cem por cento dos brasileiros sejam agora referidos a uma unidade básica de saúde ou a um agente comunitário de saúde no caso das populações mais frágeis das favelas que não tem se quer informação sanitária necessária.
Todo mundo será, eles chamam de adstrução de clientela. Ao invés de eu ficar caótico, eu vou ficar vinculado e ali eu vou implantar o prontuário eletrônico.
Então todo toda a classe média o seu filho tem um médico que acompanha as coisas e tal o extetor público vai ter que fazer isso. E a partir daí quando um sistema de regulação oitenta por cento das coisas podem ser resolvidas ali sabe? As grandes questões eh sanitárias brasileiras, grandes questões das patologias.
pé diabético, AVC, tudo isso tem prevenção se você fizer na unidade básica acompanhamento da hipertensão, a o acompanhamento da da da do colesterol, o acompanhamento da diabetes, né? Isto feito você tem uma linha aqui e a partir daí é onde é que estão os gargalos? Exames e consultas com especializáveis
Exames especializados e consulta com especialista. Cada município não tem potência de fazer isso. O que que nós fizemos no Ceará? Consórcios.
Em que microrregião a microrregião parceria na no financiamento da instalação, do equipamento, dos equipamentos, tomografia, etcétera, etcétera e um sistema de conexão via via internet em que o cidadão é referido pra essas policlínicas com dia e hora marcado pra não ter fila.
Então essa é uma linha aqui e a outra linha é a questão hospitalar. Temos que discutir uma coisa. O Brasil não tem rede pública suficiente para atender a demanda que nós temos. Em todo canto tem um estoque imenso de cirurgias eletivas que se agravou profundamente agora
Na na pandemia. Então mulheres que fizeram a mamografia detectaram o nódulo
e criminosamente nós estamos deixando pra fazer a punção dois anos depois. Se for um nódulo benigno menos mal. Se for maligno pode ser a diferença da vida ou da morte. Nós precisamos resolver isso. Se o setor público não for capaz de expandir os leitos necessários é preciso que a gente faça um recredenciamento e uma atualização dos valores dos procedimentos. O que
de novo na grande questão de consertar a conta pública. Candidato a gente tem um minuto suas considerações finais. Agradeço muito a vocês pela oportunidade. A rádio Gaúcha tem essa tradição o grupo de vocês tem essa tradição. O Rio Grande tem essa tradição e o que eu peço é isso. Se a gente repete as coisas do passado o resultado não será diferente.
Você que está indeciso, você que está votando com o dedo no nariz no Lula porque está decepcionado e com medo e zangado com Bolsonaro. Você que está votando no Bolsonaro com o dedo no nariz porque está aborrecido, zangado e ainda se lembra da tragédia do PT me deu a oportunidade. Vamos vamos experimentar. Existe uma sabedoria no segundo turno. Você vota em mim.
Me dá uma oportunidade e a gente obriga o Brasil a discutir isso que nós estamos conversando aqui que pela economia de tempo nós não podemos explicar tudo. Quanta coisa eu falei aqui que você não entendeu. Só uma repetição, a explicação, o bom exemplo é que vão fazer. E desculpa. Desculpa mesmo, mas eu sou o único candidato que tem uma proposta
Com começo, meio e fim que se ocupa de dizer de onde vem o dinheiro e que tá comprometido em mudar o Brasil. Muito obrigada candidato Ciro Gomes que esteve conosco aqui no Gaúcho Atualidade.
1x