Botão voltar Entrevista de Lula ao Paulo Vieira em O Brasil Pod+
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Bem-vindos ao Brasil Pode Mais, eh eu vou bater aqui um papo de uma hora meu presidente Lula. Tudo bem? Boa tarde. Boa tarde Paulo. Como é que tá o senhor? Tudo bem. Eu tô bem.

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Tô um pouco nervoso. Ah, cara. Nunca fui. Nunca fui entrevistado por um cara famoso. Ah, cala a boca. O cara elojou e veio agora eu sou o Jô da Chopi, tava louco. Eu vim aqui só.

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Posso chamar do senhor? Não, pode me chamar de Lula, cara. Tá, porque se Deus quiser, a partir de segunda-feira você vai me chamar de presidente. Ah, e já chamo de agora que é pra já ir aquecendo. Porque Eu estou muito otimista, eu acho que as coisas vão dar certo. Eu também estou. Estamos todos.

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Tá na hora de já ir embora meu caro, esse mundo é assim. Eu eu tô aqui numa sinuca de bigo que é o seguinte, toda vez que a gente se encontra o senhor fica falando, chama de você, que o senhor o que? Você, você. Só que meu pai tá assistindo, se ele veio chamar o senhor de você, chegar em casa eu tenho que me explicar.

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Mas mas então deixa eu dizer pro teu pai o seguinte. Ahm. Como que é o nome dele? Luiz, o seu Luís é o ah seu Luiz eu também me chamo Luiz. Eh então deixa eu dizer uma coisa pro senhor, eh eh que. É o que você é meu pai. Eu gosto, eu gosto de, de, de, de, de, de, de, de, de uma certa intimidade com o meu entrevistador.

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eu não faço exigência pras pessoas me chamar de presidente, de sim ou não. Ahm. Ah eu gosto do meu nome Lula, então se quiser me chamar de Lula eu fico satisfeito, vou chamar de Lula então. O meu pai senhor Luiz e o meu pai e a minha mãe se a gente se chamasse a gente a gente faz o que tomava uma bolacha. Tinha que falar, senhora

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Senhor É assim que é bom. Lá em casa. E ainda. Eu uma das coisas que eu gosto da Georgia é que ela atuava bença pra mãe dela toda noite. É. Falava no telefone da bença mãe, a bença pai. Eu acho isso muito bonito. Muito muito bonito. Aquela tradição que a gente ainda mantém, né? A gente lá do Norte, Nordeste, a gente ainda tem isso

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Ah, mas eu acho que é uma coisa saudável, uma coisa de respeito, sabe? É uma coisa de gratidão a quem criou a gente, a quem pôs a gente no mundo, a quem deu de comer pra gente. a família também. Ah eu acho, eu acho bom, acho bonito. A molecada de hoje acha isso atrasada, acha isso uma coisa.

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boba, tá? Mas eu acho bonito, eu acho bonito. É. Eu também acho. A gente tá aqui com uma missão hoje eh Lula que é de falar com o Brasil inteiro, principalmente com as pessoas que ainda não decidiram o voto. E aí quando eu tava pensando o que que eu ia perguntar pra você, eu fiquei pensando, que tema que conversa com o Brasil inteiro? E eu cheguei numa conclusão que é,

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Tudo que interessa a minha mãe interessa ao Brasil.

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porque tudo que interessa a mãe brasileira interessa ao brasileiro, porque todo mundo tem mãe, todo mundo tem uma figura de mãe na vida e tudo que uma mãe quer é o que o brasileiro quer, quer alimentar bem sua família, quer segurança pros seus filhos. Você sabe que quando eu era presidente nós fizemos uma pesquisa na Secretaria de de de de

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De perdi Secretaria de Assuntos Estratégicos e a única coisa que deu unanimidade era educação de qualidade. a todo mundo queria possíveis educação de qualidade. Porque o grande sonho de uma mãe

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É ver o filho com uma profissão, então o grande foi, eu lembro da minha mãe me me levando a pé pro SENAI, acho que era era quase oito quilômetro da minha casa até o SENAI, quando não tinha dinheiro pro ônibus aqui no Ipiranga eu ia, eu ia, eu ia a pé. E a minha mãe pegava na minha mão, me levava, era um orgulho, sabe que aquele

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Porque a educação é tudo, então

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ah ah o pessoal queria educação de qualidade mas o pessoal não acreditava que o Brasil fosse capaz de dar educação de qualidade tá? Mas eu sei o que a tua mãe sou eu também agora você já deve ter dado pra ela mas toda mãe foi sonha com uma casinha eu vou te falar isso? Estou entregando a casa da minha mãe esse ano.

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É, tô construindo a casa dela eh em dezembro ela entra pra casa nova. O Paulo sabe uma coisa que eu acho bonito, me emociona, é jogador de futebol hoje, aquele que vem, cê fica ganha muito dinheiro. Uh-huh. Sabe? Numa carreira curta, em dez anos o cara fica rico. Sim. Né?

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Um operário de fábrica trabalha oitenta anos nunca vai ficar rico. O jogador fica. E eu tenho eu fico orgulhoso de ver um cara pobre sabe? Crescer. E o que eu acho bonito é que todos eles a primeira coisa que faz é dar uma casa pra mãe e pro pai. Todos eles. É um clichê. Todo pobre quer dar uma casa pra mãe.

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Até até quando você vê um esses menino que que são preso, que usa droga, quando eles falam, ele fala que queria dar uma casa pra mãe. A única coisa que ele respeita é a mãe. A única pessoa que ele idolatra é a mãe. A mãe é a instituição que mais funciona nesse país. Eu acho, é por isso que eu dizia.

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Quando eu governava eu dizia, eu quero governar esse país com o coração de mãe, porque não tem nada mais justo que um coração de mãe. Eu digo sempre, ela pode ter dez filho, os dez bonitão dela, os dez cara acha tudo bonitão, mas se tiver um com uma debilidade, com uma com uma

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com uma febrezinha, aquele é que vai ter um chamego maior, aquele vai ter um leitinho a mais, aquele vai ter uma carninha a mais, daquele vai ter sempre um mingauzinho a mais. E assim que a gente deve se portar no governo, cuidar sempre daquelas pessoas que mais necessitam.

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sabe? Porque muitas vezes quem pega dinheiro do Governo é quem não precisa. Os caras daqui já tem, porque os que não tem não chega perto da gente, Então mãe é uma coisa preciosa. A gente. A gente vai falar muito de família aqui. Eu eu porque a todas as perguntas eu fiz baseada em algum parente meu. Eu queria começar

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falando do meu primo Emiliano, que tem dezesseis anos, já tá aquela fase difícil Emiliano não conheceu o Lula operário. E é pra ele que eu quero fazer essa pergunta. Como é que você começou na política? Olha, eu nunca pensei em começar na política. Eu até os dezoito anos de idade

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eu não não não não nem pensava em conversar sobre sindicato. Até que até que idade? Até uns dezoito anos. Aham. Eu era muito de ler sobre futebol. Gostava de futebol. Gostava de futebol. Depois eu fui ao sindicato na assembleia, meu irmão Frei Chico participava do sindicato

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E eu gostei. comecei a frequentar o sindicato depois eu fui gostou por quê? Só por quê? Gostou das ideias? Eu gostei das brigas, da das confusão.

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O cara usava microfone, xingava o cara, o cara xingava o outro, saia. Uh-huh. Era o Twitter, né? Da época. Entendi. O Twitter da época. Entendi. Aí eu comecei a frequentar o sindicato.

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Depois do meu irmão que era mais frequentador, o meu irmão era ligado ao partidão, meu irmão era era ligado ao Partido Comunista e o meu irmão foi convidado pra ser dirigente sindical e ele não podia porque na fábrica dele já tinha um companheiro, isso ele indicou o Fulano, tem meu irmão. cabeçudinho.

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Davi está lá na aí eu fui convidado eu fui pro sindicato gostei ah virei dirigente sindical fiquei três anos dentro da fábrica sendo dirigente sindical de base depois eu fui cuidar sabe? Já no sindicato eu fui para a sede do sindicato cuidar de previdência social deu fundo de garantia

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de atestado de pobreza, fazia um monte de coisa. Cuidava da previdência social e eu também não gostava de política. Eu tinha hoje eu não gostava, não gostava, não gostava. Aí como é que deu nisso? Não, porque depois eu descobri que apenas a luta sindical, a luta econômica, ela tem um limite

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sabe? Aí eu comecei pensar teve um um presidente que fez uma lei que foi o o o o gás, ele fez uma lei que proibia determinadas categorias fazerem greve, bancário, de posto de gasolina e eu fui a Brasília conversar com os deputados pra tentar convencê-los a não aprovar a lei

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Eu descobri que não tinha trabalhador no Congresso Nacional eu voltei de lá com uma convicção que eu tinha que criar um partido. Aí criamos o PT E como é que isso saiu, como é que saiu de que momento foi esse de virada de chave? Que era um

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Oba, vou ficar aqui porque gostei do movimento uma missão? Quando que virou das greves de setenta e oito. Nós começamos fazer as greve no dia treze de maio de mil novecentos e setenta e oito. Começou por que essa greve? Eh a greve na Scania.

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A esquerda que é uma empresa sueca ela ela é uma das empresas que pagavam o melhor salário mas ela estava arrochando o salário. Aí o pessoal entrou em greve aí nós começamos fazer fábrica greve por fábrica. Foi seis meses praticamente de greve. E aí hoje eu fui ficando famoso. Eu já fui saindo em tudo quanto é jornal.

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E aí tem umas eleições de setenta e oito. E eu era contra política. Eu dizia que eu não gostava de política e não gostava de quem gostava de política. Aí bom então o senhor era igual a parte do público que a gente tem que convencer aqui essa noite. É. É porque veja mas eu achava que eu era esperto.

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eu achava que eu era esperto, eu achava que eu era radical, sabe? Hm-huh. Quando você é bobo, eu sou radical, ele não gosta de política, todo mundo é ladrão, sabe? Eu era assim, como muita gente assim. eu fui me dando conta que era preciso ter um tipo de organização que os trabalhadores

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Deveriam reivindicar o poder e não ficar só reivindicando dez por cento do aumento do salário. eis que nesse meio tempo em julho de setenta e oito teve eleições para senador da república e para governador.

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E o Fernando Henrique Cardoso tinha votado no Chile, no exílio, ele foi candidato ao Senado numa sob legenda. Aí eu decidi, não foi ele que pediu pra mim, eu decidi que a gente deveria apoiar o Fernando Henrique Cardoso.

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E aí eu fui pela primeira vez fazer comício representando ele no interior de São Paulo e eu com muito artista da Globo muita gente ia muita gente e aí eu comecei a fazer política e quando foi em setenta e nove nós criamos o PT e ele foi registrado definitivamente em oitenta.

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E aí é o seguinte, eu, eu, eu, eu, eu, eu queria até dizer pro jovem que não gosta de política, porque era engraçado que eu me. Hoje em dia hoje em dia cê não encontra mais aquela criança, aquele jovem falando, quero ser presidente, antes tinha muito isso, né? Que que cê quer quando cê crescer? Presidente, hoje num

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Puta tu sabe qual era meu sonho Paulo? Qual era? Quando eu vim de pau de arara de Gareus até São Paulo foram treze dias de viagem um caminhão da Shell, aquele caminhão amarelo escrito Shell.

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Cê sabe que durante tempos e tempos eu sonhava ser motorista só pra ser motorista daquele caminhão. Aí a Shell fica aí a PUB. É identidade aí depois, eu fui dirigir um caminhão grande que era o Brasil. É. Aí o povo foi generoso demais

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Mas é assim, então eu eu eu eu eu viajava Paulo e quando eu chegava em casa meus filhos não gostava de política Na verdade eu percebia que a minha ausência ia fazendo com que os meus filhos ficassem puto comigo. Hm-huh.

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Pô esse cara não para em casa eu não ia na escola era só a minha mulher que ia na escola cuidar dos filhos tal sabe? de boletim, sabe aquela reunião mensal de boletim? Era sempre a Marisa que ia, eu nunca tava em casa pra ir. e depois eu precisava conversar muito com a molecada pra eles entender o o meu papel.

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E aí eu comecei a perceber que tinha muito jovem que não gostava de política, porque também passava a ideia que todo mundo era ladrão, que todo mundo roubava, que todo mundo. Então, eu comecei a me preocupar.

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E e hoje eu falo pra juventude, olha, não há, não dá pra você comparar todo mundo, todo mundo é diferente, tem gente boa, tem gente que não presta em tudo quanto é lugar.

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Na família da gente tem gente boa, tem gente que não é tão boa, no sindicato tem gente boa, tem gente que não é boa, na igreja tem padre bom, tem padre que não é bom, tem pastor que é bom e tem pastor que não é, na vida é assim, a vida toda é assim, ninguém cem por cento perfeito, só Deus.

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E não tem ninguém cem por cento burro. Ah bom deixa eu ter falado porque minha mãe minha mãe não minha tia mandou perguntar se o senhor acredita em Deus? Acredito em Deus. Ô Paulo, eu eu acredito em Deus porque não é possível não tenha um ser superior, que fez tudo isso.

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é o que fez o planeta que fez fugir tudo, eu acredito, tem gente que fala que não, que isso aqui é é coisa é matéria não, eu acho que acho que tem uma mão grande aí e eu acho que tem um ser superior que olha por nós. E o senhor? E sabe o que eu fico pensando ô Paulo, comé que eu

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Um cara que saiu de Caetés, era Garanhuns, agora em Garanhuns, mas de sessenta e dois virou Caetés, era vagem comprida, era uma subdistrito. Então, eu fico pensando, como é que é um

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cheguei a ser Presidente da República se tinha muito mais gente preparada que eu, muito mais gente que tinha lido mais livro que eu, muito mais gente, mais famoso do que eu porque eu. Então eu fico pensando assim, só pode ter tido uma mão e só pode ser uma de Deus sabe? Não tem outra coisa, não tem é por isso que eu acredito

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O senhor se sente escolhido? O senhor acha que é uma missão? Eu eu acho Paulo eu eu tenho uma relação muito

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Muito apaixonada com com com o povo, com o trabalhador eu eu a minha relação humana é uma coisa quase que química. Eu eu não sei falar sem olhar na pessoa, eu não sei falar sem tocar nas pessoas. Tem hora que eu sou até inconveniente, eu fico pondo a mão nas pernas, fico pondo a mão na cabeça, pondo a mão nas costas.

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sabe? Quando eu viajava o senhor de vez em quando falava Presidente toma cuidado, eu bati a mão na cabeça do Muxital, passava a mão nas pernas e outro que eu dava tapa na colocava a mão no ombro das presidenta, é assim que eu faço política, eu gosto de abraçar as pessoas, sabe? Eu me sinto bem, me sinto confortável

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Ah ah e e eu acho que quando a gente tem essa responsabilidade eu eu chego a pensar que é uma missão, é uma missão de algo superior e e por isso que eu acredito muito em Deus, sabe? Porque

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E depois fazer a gente dar certo, sabe? Eu falo, porque eu tinha muito medo de errar. Muito medo. Você não sabe quantas noite eu passava acordado olhando pro teto, imaginando se ia dar certo governar o país, sabe? Se ia dar certo, ia dar certo. E deu certo porque eu ouvia muito o povo.

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Cê sabe que eu fiz setenta e quatro conferências pra ouvir do povo o que que ele queria, conferência de educação, conferência de saúde, conferência de pessoas com deficiência, conferência de segurança, conferência de comunicação, conferência de tudo que cê possa imaginar a gente fazia.

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E aí eu ia fazendo as coisas que o povo queria que eu fizesse, então era mais fácil. cê tinha que brigar com a burocracia, que a burocracia não tava acostumada a atender o povo. Eu sinceramente Paulo, eu acho que tem a mão de Deus.

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nas coisas que eu faço. Acho. Eu acho o senhor um cara muito religioso. Um dia a gente conversando, o senhor falou que conversa, mesmo a mãe do senhor tendo partido, por isso que eu comecei falando de mãe, o senhor falou que conversa com a mãe do senhor o tempo inteiro no coração. Você sabe que eu eu as vezes eu peço

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Paçoiaca, minha mãe, eu nunca sonhei com a minha mãe. Como que ama a tua mãe? Conceição. Conceição. Dona Conceição, falar de mãe é muito difícil.

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Então eu eu eu eu sempre converso com a minha mãe porque eu acho que a minha mãe no fundo no fundo mamãe não morre tá? Mamãe não a mãe encara no filho cada filho que ela tem é encarnação da mãe a filha

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É você pedir que pra pessoa só morreu, assuma você a encanação da tua mãe, você é a tua mãe. Ela deixou você. É como se fosse uma árvore que produzia um fruto, planta aquele fruto, vai nascer uma outra árvore que vai produzir fruto. Eu acho que eu sou isso, eu acho que eu

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Eu tenho aqui, cuida da minha mãe, eu carrego a minha mãe e tenho a célula da minha mãe, tem a o sangue da minha mãe e eu acho que ela tá por aqui, sabe? Eu acho que ela tá, eu acho que ela, ela, minha mãe, quando eu fiquei viúva, eu tinha uma vontade de de morar sozinho, sabe? Eu fiquei viúvo.

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Hum. Eu queria alugar um apartamento, viver sozinho, tal, aquele sabe aquele negócio de de um moleque de vinte e quatro anos de idade e a minha mãe morava com a minha irmã mais nova, rapaz, sabe que a minha mãe fez? Minha mãe me obrigou a alugar uma casa ela saiu da minha irmã morar comigo.

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Morou três anos e meio comigo e é bom morar com mãe, cara, porque mãe não briga com a gente, mãe não xinga a gente.

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mas não reclama, mulher reclama, mas não reclama. ó aí Jorge. Se eu chegasse três horas da manhã minha mãe falava, quer um ovo frito meu filho? Hm-huh. Quer que eu esquenta? é boa. Mas o que, e que que sua mãe tem te falado no coração ultimamente? Ah, até sabe que eu sempre tudo as coisas que eu vou fazer

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eu peço proteção pra ela, eu peço eu eu sempre peço orientação eu era muito pegar da minha mãe, muito. É. Eu vou te contar uma coisa que até uma piada, quando eu casei, cara, eu quando eu casei, eu fiz uma grande festa. Tinha vinte cerveja

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E vinte e seis guaraná numa caixa d'água é porque eu contei quantas pessoas vinha e comprei vinte cerveja pa pa pa uma pa cada pessoa.

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E vinte e seis guaraná, porque vinte e seis crianças acontece que uma criança toma três, quatro horas da aula. quando a festa começou acabou tudo. Mas eu ia contar outra coisa, aí eu fui que era pegado na mãe. Aí eu era pegado da minha mãe, você acredita que eu não tenho vergonha de contar essas coisas não.

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Quando eu fui pra lua de mel eu foi umas nove nove e meia da noite, dez horas eu saí de casa, eu morava num bairro lá em São Bernardo, na Paulicéia, eu ia pra estação Tietê que eu ia pegar o ônibus pra Poços de Caldas.

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Lua de mel lá. Rapaz, é hora que eu fui me despedir da minha mãe, quase que eu não embarco chorando.

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Foi. E a mulher com aquela cara, né? Tipo, onde é que eu fui amarrar ela? Devia ter da picada imbecil chorando com esse cara. Eu mas eu era a primeira vez Primeira vez, com vinte e três anos de idade, que eu me separei da minha mãe.

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Eu era o caçula da minha mãe. Todos meus irmãos cadaram eu fiquei morando com ela. então ficou morando eu, ela e duas irmãs, sabe? Você sabe que eu tenho um cunhado que o Coelho foi pedir minha irmã e ele pra namorar foi falar comigo.

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Era o homem da casa, né? Eu queria falar que eu queria namorar com a sua irmã. Eu falei, ó, aqui é o seguinte, terça e quinta, no máximo até nove horas da noite e sábado e domingo até dez horas.

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Que fala com macho, com o Lula. e chorando na hora que vai falar tchau pra mãe. Não não eu mas eu tinha muito era muito apegada a minha mãe, era muito apegada. Eu fui, eu fui no Círio agora com a Janja

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E aí a gente comentou uma coisa que é, lá no Sírio tem uma tradição do ex-voto, né? Eh o Círio de Nazaré, que acontece em Belém do Pará. E vou o senhor sabe o que que é um ex-voto, mas vou explicar pra quem não sabe. Ex-voto é um um

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um um objeto de madeira ou de cera que significa o milagre que você quer e a pessoa leva, faz a procissão com isso na cabeça. E as pessoas iam e é e todo mundo quer a mesma coisa. As pessoas iam com carteira de trabalho na cabeça, elas querem emprego, elas iam com livro na cabeça, elas querem estudar

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elas iram, elas iam com a casinha na cabeça, elas querem a casa própria e eu comentei com a Janja, as pessoas não querem só um milagre, elas querem o governo Lula de volta. Cê tem noção que você é o milagre que essas pessoas esperam? Olha, eu num num num sou milagre

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Eu tenho noção a coisa que mais me me me orgulhou de ser presidente é que eu fiz uma plenária no Palácio do Planalto com os catadores de material reciclável e os sem teto.

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E e na hora que eu fui chamar eles pra falar, eles não quiseram mais falar. Ele fala, olha, a gente não quer falar porque a gente nunca pensou tá aqui dentro e o senhor nos representa. ter orgulho do senhor ser o presidente não quiseram falar.

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E era uma coisa que eu queria sempre, porque a coisa que mais me orgulhou de passar pela presidência foi fazer com que o povo tivesse em mim, ele. Ou seja, ele se achava representado por mim. Eu era ele na presidência da república.

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Este foi o momento pra mim mais gratificante de todo o exercício da presidência quando houve essa essa identificação. por quê? Porque o julgamento da presidência é uma autoridade, é uma coisa muito chique, o povo sabe nem chega perto, ahm naquele palácio só entra

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presidente só entra rei só entra ministro, o pobre não entra, essa é a verdade, o pobre não entra, sabe? E eu passei a achar que o aquilo era pra ser eu aprendi com Mandela, as pessoas quando Mandela ganhou as eleições na África do Sul, eu fui lá em noventa e quatro a convite do Mandela

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Porque o presidente Fernando Henrique Cardoso tinha pedido uma agenda e o Mandela queria me atender antes de atender o Fernando Henrique Cardoso. Eu fui eu, a Benedito e o Vicentinho. E tinha uma fila

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Eu perguntei pro presidente Mandela, por que que essa gente tá na fila? Ele falou, ó essa gente tá aqui, eles não querem nada comigo, eles só querem colocar a mão na parede do palácio, porque antes eles não podiam chegar nem dois quilômetros de distância daqui. Então eu comecei a levar a gente pra fazer reunião no palácio.

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Eu não esqueço um dia, ô Paulo, tinha uma celeuma lá lá lá com relação aos portadores de deficiência visual que se o cão-guia poderia entrar no metrô, se podia entrar na igreja, se podia entrar no shopping. Então, uma discussão.

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Eu falei, pô, comé que o cara não pode entrar? Comé que ele vai deixar o olho dele de fora? Porque o cachorro no fundo no fundo é o olho dele. Aí eu convoquei uma reunião no Palácio do Planalto, dentro do salão de reunião com o cachorro.

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junto com o Zé Gui, acho que duzentas e poucas pessoas todo mundo com seu cão-guia, nenhum cachorro fez xixi no palácio, nenhum cachorro fez cara com cocô no palácio. Eu falei, tá aí ó, tá aí o que, por que que não pode entrar na igreja? Por que que não pode entrar no metrô? Por que que não pode entrar no shopping? Então, quebra essa barreira, sabe?

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e eu então fazia muito isso, eu gostava de levar as pessoas pra eles se sentirem, sabe? Gratificaram como ser humano, respeitado. Durante oito anos que eu fui presidente eu vinha tomar todo o Natal, vinha tomar café de manhã com os moradores de rua, os catadores de papel com o padre Lancelotti.

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Todo ano ano de presidência, oito anos eu vinha passar o Natal embaixo do viaduto, sabe? Com os moradores. Eu não sabia disso, sabe? Durante oito anos. Natal de rua. Não, todo dia vinte e três de dezembro.

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eu vinha pra cá, eles me entregavam uma pauta de reivindicação, eu dizia o que eu tinha atendido da outra, que eles se entregam no ano anterior e a gente ia lá, cantava, falava, era muito bonito. Eu, eu, eu me sentia bem, eu voltava pra casa, me senti do bem, sabe quando você. Hm-huh. Tá descarregada, cê tá leve?

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porque é isso que um presidente tem que fazer sabe? acho que tem gente que não gosta de mim porque devia pensar, porra, esse Lula ao invés de tá lá embaixo do viaduto, conversando com os moradores de rua, ele poderia tá aqui jogando golfe com a gente, na época de calcinha branca

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Um cara carregando taco pra mim e eu preferia ir lá pros moradores de rua sem nenhum desprezo a quem gosta de jogar gol, sem nenhum. É, o senhor também não tem cara de que jogaria bem gol. Mas eu sou burro. Mentira. Pô rapaz. A conversa.

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Eu acho. O senhor joga golfe bem? Não, eu acerto as bolinhas. Jogar bem é outra história, né? Mas então eu fazia isso com prazer. prazer, era uma coisa que me realizava como ser humano. Tem uma coisa que é assim, se o senhor ganhar

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Eu espero que que ganhe. É pra isso que a gente tá aqui hoje. Eh o senhor vai pegar um país arrasado, muito diferente do país que o senhor pegou, que o senhor herdou do FHC. Por onde cê vai começar?

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Ó, primeiro. Falando naquela naquela mãe lá que o senhor. Primeiro, deixa eu dizer pra meninada que tá te ouvindo aqui. Hã? O teus fãs, os teus seguidores, que é o seguinte, quando eu cheguei em dois mil e treze na presidência, a inflação era doze por cento. O desemprego era doze por cento.

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O Brasil devia pro FMI, a gente tinha uma dívida pública. Eu falei que era perfeita, eu falei que era melhor do que tá agora. Mostrando. O país tava cheio de problema, o pessoal que trabalhava comigo, os economistas dizia, pô, o país tá quebrado, cê não vai conseguir consertar.

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E nós consertamos em três anos da gente que apaga o FMI, a gente tava começando a fazer reserva internacional, a gente diminuiu a dívida interna e a gente começou a aumentar.

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uma pessoa nós aumentamos o salário mínimo em setenta e quatro por cento, agora faz quatro anos que não tem aumento. Mas deixa eu te dizer uma coisa, eu sei. Mas o que que aconteceu nos últimos quatro ano passado? Eu sei. Gente. Ah essa coisa é que está aí governando o país. É eu tinha esquecido. Mas deixa eu falar uma coisa. A situação está pior hoje. Está pior por quê? Porque o Brasil

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O Brasil hoje é um país desacreditado, percebeu que o presidente, ninguém recebe ele e também ninguém quer vim aqui ah ah então o país tá desmontado do ponto de vista das instituições.

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o povo tá sofrendo, tem trinta e três milhões de pessoas passando fome, sabe? Ele, ele, ele, ele desestruturou aquilo que a gente fez na educação, ele parou de investir em educação, a gente praticamente triplicou o Ministério da da Educação, ele acabou com o Ministério da Cultura, tudo pra ele em cultura, é sacanagem, tudo pra ele ter cultura

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é tudo assim, homem se beijando com homem, não fique abraçando não sei quem, tudo pra ele é assim. Ou seja, eu fico imaginando comé que pode um homem odiar cultura? Será que esse cara nunca foi a um conserto de música clássica pra ele saber o que que é bonito? Esse cara já foi a um show, sabe?

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Pa ver o Gilberto Gil cantar, pa ver o Gil, pa ver o Caetano, pa ver Betânia, Maria Rita cantar. Será que ele já foi em algum lugar assim pra ver? Será que ele já parou pra ver você na televisão? Eu acho que não, acho que ele não gosta de nada disso, ele só gosta de bobagem, de falar mal dos outros, de contar mentira. Então

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Ah comé que pode um homem sabe governar um país se ele não gosta de cultura, se ele não gosta de educação, se ele não gosta de povo, se ele não gosta de índio, se ele não gosta de mulher, se ele não gosta de negro? diabo é isso? Então você não assuma a presidência, você não gosta de nada, eu gosto de tudo.

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eu tava meio reunido com os prefeitos agora pouco antes de cheguei, eu falei pros prefeitos nunca antes na história do Brasil falou essa falou essa frase? essa frase. Nunca antes na história do Brasil os prefeitos foram bem tratados quando era presidente tinha uma casa tinha uma sala de prefeito na casa civil

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tinha uma sala de prefeito em cada superintendência da Caixa Econômica Federal, cara. Pra ele ser tratado com respeito. os prefeitinho da cidade pequena do interior eles fica andando lá em Brasília atrás de um deputado atrás de uma audiência com o Ministro e não consegue. Nós temos que marcar audiência não. Cê vai lá na Casa Civil

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Um mandala acima do meu, conversar com todo mundo. Então, eu queria dizer pra meninada que tem cego o seguinte, ó, cês tem que nos não só acreditar na política, cês precisam fazer política.

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Toda vez que você disser, não, mas tal político não presta, tal político não presta, tal político é aquilo. Quando você não acreditar mais em ninguém cara, acredite em você, em você, você talvez seja a pessoa perfeita que você quer que faça política, não sou eu, o Paulo

00:30:18

Não é um outro deputado, é você. Então, entre na política, cara. Participe. Sabe? Fundo partido, participe de um partido ah seja candidato a alguma coisa. Dia trinta vote no Lula pra garantir que você vai conseguir se candidatar nas próximas eleições. Eu gostaria.

00:30:37

eu gostaria sinceramente eu gostaria de ter a oportunidade de aos setenta e sete ano que eu completo amanhã pode me dar presente. Setenta e sete anos amanhã. Tá. Eu gostaria de dedicar esses quatro anos da minha vida fazer esse povo voltar a sorrir outra vez. E dá pra reconstruir

00:30:56

Eu acho que dá. Mesmo com o congresso que a gente elegeu. Ah, mesmo com o congresso, sabe o que acontece? Na política não tem nada impossível, você estabelece política de conversação com as pessoas. esse Ciro Nogueira que tá com

00:31:10

O Bolsonaro hoje ele já teve com Fernando Henrique Cardoso, ele já teve comigo, ele já teve com o Collor. O Valdemar da Corta Neto só teve com Fernando Henrique Cardoso, já teve conquista, já teve com Collor. Ou seja, por que Paulo? O problema é o seguinte, cê tem que conversar com quem foi eleito. Cê quer votar um projeto de lei?

00:31:29

Você faz um projeto de lei, você é deputado, você quer votar? Com quem que cê vai conversar pra provar? Com quem tá lá eleito, num é pro suplente. Hm-huh. Então o Presidente da República precisa entender o seguinte, presidente da câmara

00:31:43

O Presidente da República não tem que se meter nas coisas do Presidente da Câmara, presidente da câmara é uma questão dos deputados, é os deputados que elegem o presidente da câmara Presidente da República, ele precisa às vezes mais do Presidente da Câmara, do que o Presidente da Câmara dele.

00:32:00

Então o Presidente da República não tem que ficar dizendo se gosta ou não do presidente da câmara o Presidente da República da República tem que conversar com o Presidente da Câmara, conversar pra discutir os interesses do povo brasileiro. projeto de interesse da nação e tornar isso público.

00:32:18

Eu vim conversar com o Presidente, esse projeto tal, tal, pra cuidar disso e deixa o cara, sabe, falar. num é você querer brigar com o cara, porque o cara não depende de você pra ser eleito Deputado, Presidente da Câmara, ele depende dos deputado. Então, o Senado é a mesma coisa.

00:32:34

Então, Paulo, deixa eu te falar, eu nasci na vida política negociando no sindicato, fazia greve, parecia que o patrão era meu inimigo, mas daqui a pouco eu tava sentado com ele negociando, e negociava fazia um acordo e a gente voltava a trabalhar.

00:32:50

Então, tem um conceito de política que eu gosto muito, que é de uma mulher chamada Kiara Lubeck, que ela fala que política é a arte de influenciar pessoas para o bem comum. e é exatamente isso, é você conversar pra pra conseguir o bem comum ali. Isso, cara, você, você, você tem que aprender a conversar com teus adversários

00:33:10

sabe? O cara é teu adversário, o cara foi candidato, o cara te xingou, mas ele se elegeu. Você se elegeu. Tinha um cara que falava bem de você toda hora, mas ele perdeu. Sabe? Então você não vai conversar com quem perdeu? Tu vai conversar com quem ganhou. Então você tem que de forma civilizada, de forma educada, apresentar tuas proposta

00:33:30

Vá pros deputados e conversar. Vai ter cara que vai ser contra. Não tem problema. Seja contra. Mas vamos colocar em votação. Porque o povo também tem que saber. Sim.

00:33:40

Cara, tenho uma pergunta pra você falando em em civilização e educação de um dos caras que eu mais admiro na televisão brasileira. E aqui já fica o meu aplauso pra ele por esse posicionamento. e ele quer fazer uma pergunta pra você. Serginho Groisman, fala garoto.

00:33:57

Ô, boa noite aí. Boa noite, Lula. Paulo. Boa noite Paulo. Boa noite. Tô tentando acompanhar aqui os comentários, mas é impossível acompanhar os comentários. Tão voando os comentários. Maravilhoso assim.

00:34:16

O Lula, eu tenho uma prioridade de duas questões e como eu tô ao vivo aqui o a primeira diz respeito a educação eu você já teve vezes como presidente, o PT já teve mais uma vez e meia.

00:34:34

Eh a minha questão é sobre como enxergar o Brasil em relação a educação. filme do João Jardim ele é de dois mil e cinco mas é muito atual. É um filme que mostra

00:34:46

o o Brasil sob óticas diferentes, a escola pública, a escola privada, a escola pública dando certo, a escola pública não dando certo. E tem um exemplo e tem um exemplo Eles solicitam com uma dúvida que tem um determinado aluno que não vai bem, não vai bem

00:35:05

Mas se ele for reprovado, ele vai pro tráfico. Se ele ficar na escola, ele não é um bom aluno.

00:35:13

É uma dúvida que os professores têm e são dúvidas que os professores têm pelo Brasil inteiro, porque nós somos muito diferentes ainda, infelizmente em classes sociais e tudo isso. Como fazer uma política educacional olhe pro aluno

00:35:28

E que a melhor coisa do aluno em relação a escola é quando o aluno fala assim, essa escola é minha. Então, a escola é bem tratada, o professor é bem tratado. Como fazer isso, Lula? Ter uma visão mais geral, num é? E ao mesmo tempo particular na educação.

00:35:43

A primeira coisa que eu queria te dizer é o seguinte, eu tô orgulhoso de falar contigo e orgulhoso de você me fazer uma pergunta. Depois que você passar as eleições, você vai me convidar pra ir no Altas Horas.

00:36:02

altas horas sabe? Mas deixa eu te contar uma coisa ah o Brasil teve um tempo até a década de cinquenta cidades brasileiras, os grandes intelectuais brasileiros estudavam nas escolas públicas

00:36:21

porque ela escolhe um público é de muita qualidade, como Antônio Cândido, Floresteiro Fernandes, toda essa gente saiu de escola pública. foi crescendo a população foi caindo a qualidade da escola pública

00:36:41

E foi crescendo a escola privada. Então, nós temos uma situação que é uma certa anomalia. e as pessoas pobres que estuda em escola pública no ensino fundamental e no ensino médio.

00:36:54

E você tem as pessoas mais rica que estuda na escola privada no ensino fundamental e no ensino médio. Aí quando vai pra universidade

00:37:04

Quem vai pra universidade pública é a pessoa que estudou na escola privada que é de melhor qualidade e quem vai pra escola privada é o aluno pobre que não pode pagar. Por isso é que nós criamos o PROUNI e nós criamos o FIES que era pra garantir

00:37:21

Que as pessoas pobre pudesse também estudar numa escola se ele não conseguisse passar no vestibular numa universidade privada. Então o que que eu acho? Nós agora vamos ter que fazer uma pequena revolução conceitual sobre a educação. Primeiro nós vamos estabelecer agora escola de tempo integral.

00:37:38

Cê sabe que a educação fundamental e ensino médio é por conta do Prefeito, não é por conta do Presidente da República. Nós criamos o FUNDEB que é pra passar recurso para as prefeituras e bastante recurso pra ajudar a educação.

00:37:51

Então nós vamos ter que criar um conceito de escola em tempo integral pra criança ter multifuncionalidade na escola pra ela poder sabe? Estudar e também ela aprender fazer outras coisas. Eu acho que inclusive o currículo da Universidade das Escolas tem que mudar.

00:38:07

Por exemplo, a questão ambiental, nós precisamos colocar a questão ambiental no currículo escolar para que as crianças aprendam desde cedo o que que é cuidar do mundo, cuidar do seu espaço, cuidar da sua casa, cuidar do lixo, o que que ela pode cuidar, o que que não pode cuidar.

00:38:23

E aí a gente vai fazer o seguinte, a criança vai estudar um período, no outro período ela vai praticar esporte, vai praticar natação, vai aprender tocar, vai aprender ser artista de teatro, vai aprender fazer qualquer coisa.

00:38:34

Porque nós precisamos aprender a ter uma escola que as crianças gostem de ir na escola e o professor tem muita responsabilidade nisso.

00:38:44

Por que o professor precisa dar uma aula com muita competência para que a criança levante de manhã dizendo mãe eu quero ir pra escola porque eu quero ir contar com meu professor Paulo Vieira. Eu quero ir contar com meu professor Serginho Groisman porque ele é legal porque ele dá aula. Porque eu aprendo com ele eu aprendi matemática com ele. Acontece que você tem

00:39:04

Os professores muito mal remunerado nesse país Cê tem professores que ganham mal nas escolas públicas pela periferia das grandes cidades, sabe? Com violência.

00:39:15

Sabe? Com violência as vezes essas pessoas são assaltadas, as vezes essas pessoas são agredidas, as vezes as pessoas são violentadas, ou seja, então é preciso melhorar as condições de trabalho dos professores também, para que ele

00:39:30

Sabe se sinta também prazerosamente tem que querer ir pra escola, né? professor criança querer ir, o professor. Professor tem que estar prazerosamente feliz.

00:39:41

Eu acho que quando a gente tiver uma escola pública de qualidade, muita gente da classe média que paga escola hoje, num vai querer pagar, vai querer ir pra escola pública. é o desafio que está colocado pra nós.

00:39:53

E eu tenho dito, a classe média só vai voltar pra escola pública quando a qualidade da escola pública for superior a qualidade da escola privada. Pra isso você tem que melhorar o salário dos professores e as condições de aula. Essa escola de tempo integral, Serginho, num pode ser na escola de hoje, a escola de hoje é um caixote.

00:40:12

Cê vai, anda vendo escola por aí é tudo um caixote, num tem espaço pra pra pra recreação, num tem espaço pra aprender nadar, num tem espaço pra aprender a jogar bola, num tem espaço pra aprender nada. É um um um caixote de concreto armado

00:40:26

Sabe que coloca as crianças lá dentro, nós vamos ter que mudar isso. Essa é uma coisa, Sérgio, que eu tá eu vou fazer quase que como profissão de fé, sabe?

00:40:35

Pra discutir com os prefeito, discutir com os governadores como é que a gente vai fazer ser uma coisa prazerosa. Eu vou te contar o que que é prazeroso. Olimpíada da Matemática.

00:40:47

Em dois mil e quatro, Serginho, eu instituía a Olimpíada da Matemática na Escola Pública,

00:40:55

E aluno de escola privada. E o pessoal dizia pra mim que aluno de escola pública não gostava, não não ia participar. No primeiro ano a gente escreveu sabe quanto? Quatorze milhões de alunos da escola pública se inscreveram na Olimpíada da Matemática. E quando o cara aprenda a gostar de matemática

00:41:14

a sua que era do Instituto de Matemática Aplicada, ela dizia pra mim, presidente, quando o aluno gosta de matemática, que ele aprende ser a matéria mais legal da vida dele. E sabe o que acontecia? Os alunos pediam pra ir domingo na escola, cara. A gente chegou a ter vinte milhões de aluno

00:41:33

Nas Olimpíadas da Matemática, eu cê deve se lembrar Sérgio, que no, no, no, no, na primeira ou na segunda olimpíada, o menino tetraplégico, andava o pai levava ele na escola num carrinho de pedreiro Ganhou duas medalhas de ouro e Olimpíada da Matemática.

00:41:51

Ou seja, então, o que nós precisamos, Sérgio, é é é criar condições de melhorar a qualidade da escola, a qualidade dos professores, a qualidade de ensino, pagar um salário melhor.

00:42:03

E as crianças se motivarem, tem que ter mais coisa na universidade, na na na escola tem que ter mais coisa do que uma carteira, sabe? E um banheiro, ou seja, tem que ter mais atrativo, mais coisa que a criança sinta prazer de sair de casa e ir pra escola. Essa é uma coisa que nós vamos fazer.

00:42:21

E agora, Serginho, nós tamo com um desafio maior que é o seguinte, como nós vamos recuperar

00:42:26

Os angus perdido por milhões de crianças na pandemia. Isso é importante. Tem uma parte das crianças que voltarem pra escola mais atrasada. Como é que nós vamos cuidar disso? E criança que saiu também. Principalmente as meninas. Invasão escolar. Por quê? Não e no ensino médio teve muita gente que desistiu.

00:42:43

Então nós vamos ter que ter um trabalho de fazer um mutirão. Eu vou conversar com os prefeitos se ganhar as eleições para a gente fazer um mutirão e trazer essas crianças de volta pra escola e trabalhar quem sabe de final de semana pra gente recuperar esse tempo perdido. Eu tenho neto.

00:43:01

Que não parou de estudar por causa da pandemia. Porque o meu filho pode pagar uma escola particular. Mas tem outros outras crianças que não puderam pagar e as crianças não foram pra escola. E a mãe não tem formação, não tem computador em casa. Sabe?

00:43:16

Então Serginho é um desafio, é um desafio maluco o que a gente tem que fazer pa melhorar o ensino fundamental nesse país. E eu eu te confesso que é um é um compromisso de de de fé minha, da gente recuperar e melhorar a educação nesse país.

00:43:33

Agora bem rapidinho aí pra não tomar muito tempo aqui, mas uma coisa que eu acho muito importante assim, nós tamos há muito pouco tempo do do do domingo. Existem pessoas que ainda não sabem em quem votar.

00:43:49

Eu sempre pergunto no no no programa quem vai votar e cem por cento levanta a mão. Existem pessoas que não sabem em quem vai votar, existem pessoas que falam eu não vou votar. Qual é o recado pra esses pra essas pessoas? Emendando como pacificar um Brasil

00:44:03

Que está está realmente assim. Uma coisa é discutir política e nunca na história desse país se discutiu tanto a política, mas não é sinônimo de politização. Como fazer pra apaziguar esse Brasil caso você vença?

00:44:20

Olha, esse é o grande desafio Serginho. Eu tenho dito o seguinte, o o papel do Presidente da República é um papel de maestro de uma orquestra. de duzentos e quinze milhões de pessoas, sabe? Que tem gente que toca os mais diferentes instrumentos.

00:44:37

E qualé o papel do presidente? É harmonizar a sociedade. Terminou as eleições, você não tem bolsonarista, você não tem lulita, você não tem petista, você não tem. Terminou as eleições você tem o país.

00:44:49

E o que que eu vou fazer? Eu vou voltar a criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social pra colocar empresário sindicalista, índio, padre, pastor junto gente poder discutir esse país. Eu vou me relacionar com todo mundo, eu vou fazer reunião com os governadores, fazer reunião com o Prefeito.

00:45:06

Eu vou esquecer o processo eleitoral, eu vou ser eleito pra governar esse país quatro anos, de quatro anos é curto pra gente fazer o que tem que fazer. Da minha parte é assim, eu quando perdi as eleições eu voltava pra casa pa lamber minhas feridas e esperava quatro anos. Eu espero, espero que o adversário

00:45:25

Sabe que eu tenho, eu acho que ele vai perder as eleições porque eu acho que eu vou ganhar, eu acho que se ele perder ele tem que ficar quieto e esperar e se preparar pra disputar outra eleição, não ficar criando confusão no país.

00:45:37

e eu sinceramente tenho coisa mais preocupante, tem que gerar emprego, tem que fazer a economia crescer, tem que fazer uma política de distribuição de renda pra esse povo que tá passando necessidade, precisa melhorar a educação, nós temos que também valorizar as mulheres brasileiras, ou seja, trabalhe igual salário igual tá na Constituição, mas num tá regulamentado

00:45:57

Nós vamos regulamentar. Então Serginho é o seguinte, vai ser os quatro anos mais primoroso da minha vida. Eu vou trabalhar vinte e quatro horas por dia, a Georgia que me desculpe

00:46:08

Sabe, o nosso blogue de mel acabou, porque nós vamos trabalhar, trabalhar, eu e ela, nós vamos trabalhar, vamos carregar massa, vamos trabalhar na betoneira. Tá certo. Mas esse país vai ser recuperado.

00:46:20

Nós vamos recuperar a nossa relação internacional, vamos votar a receber muita gente aqui, vamos visitar muita gente, vamos atrair capital externo pra vim pra cá. Porque é o seguinte, ô Sérgio, eu digo todo dia, tem três palavras aqui em política, cê num pode perder, cê tem que ter credibilidade,

00:46:37

cê tem que ter estabilidade cê tem que ter previsibilidade. Com essas três palavras você consegue atrair gente pra vim pra cá, cê consegue conversar com os alemães, com os americanos, com os chineses, com os franceses, com os italianos, com os argentinos, tem graça o presidente ficar brigando com a Argentina? Tem gata ficar brigando com a Venezuela?

00:46:57

Também o presidente da república não é eleito pra brigar, ele é eleito pra governar. No meu tempo de presidente, Sérgio, a gente tinha um superávit comercial com a Venezuela de quatro bilhões de dólares. ele só comprava de nós, eles não vendiam muita coisa.

00:47:14

Então é preciso parar com essa bobagem de arrumar inimigo, nós precisamos é construir amigos Então, nosso governo vai ser um governo de harmonia, Serginho nós vamos

00:47:26

Sabe, não tem briga, eu não vou alimentar, olha eu quero que pai volte a conversar com o filho, eu quero que as pessoas volte a fazer um churrasquinho pelo menos uma vez por mês.

00:47:35

sabe? Eu digo todo dia eles acham rico, eu digo assim, fazer um churrasco e juntar a família, pegar aquele pedacinho de picanha com fiapinho de gordura, colocar na farinha, colocar na boca e tomar um gole de cerveja. É um prazer maior do mundo. Então, esse país nós vamos recriar, Serginho. Quando eu era presidente em dois mil e oito, foi feito uma votação, uma pesquisa pela

00:47:55

O Brasil era o país mais alegre do mundo e o Brasil tinha o povo com mais esperança do mundo. Nós precisamos recriar esse país, é isso que nós vamos criar e você vai ajudar. Vai ajudar. Pode pra ajudar. Brigado Serginho.

00:48:12

Brigado, brigado Lula. Quer fazer mais uma pergunta? Você que manda. Não. Quer fazer mais uma pergunta? Você que manda. você pica todo mundo tem muitas pessoas tá conduzindo superbem, superbem. Eu gostei ontem do do do Lula fazer um formato altas horas, se preparando pra pro pro Alto A

00:48:32

Horas aí, a gente tem muita coisa pra conversar, discutir, perguntar. Você conduz aí superbem, viu Paulinho? Beijo pra todo mundo que tá vendo e ouvindo a gente. E paz. Beijo, querido. Beijo, valeu, tamo junto. Eu queria com você também sobre. Que o Serginho é um cara bom.

00:48:51

Eu acompanho o Serginho desde o tempo da TV Cultura. TV Cultura sabe? E agora na Globo. Muito bem, Serginho. Ó, a tevê brasileira precisa ter mais gente como o Serginho Grodman. Também acho. Também acho.

00:49:07

Brigado foi entrevistado com a gente. brigado querido. Brigado Serginho, tamo junto. Queria falar sobre sobre violência, sobre segurança. Eu a gente é engraçado que a gente acha

00:49:26

que o Brasil é um povo que quer ser armado

00:49:29

Mas o nosso povo não é um povo violento, é um povo que não gosta de armas. Setenta por cento da população brasileira não concorda com a política armamentista que esse atual governo

00:49:40

empurra goela abaixo na gente. Setenta por cento a gente não quer arma. Principalmente mulher em casa, porque sabe que isso volta contra ela com feminicídio, com violência contra seus filhos, acidentes acontecem o tempo todo, é desespero, arma na rua é desespero pra mãe de família porque ela sabe que o filho dela sai pra trabalhar, pode não voltar por

00:50:00

uma briga boba, comé que você vai fazer em relação a isso? Você vai desarmar essas pessoas? Armas não educam, armas matam Quando eu era Presidente da República, a gente criou, sabe? Um desarmamento, fizemos, recolhemos milhares de armas e tocamos fogo nessas armas.

00:50:19

Sabe, muita gente devolveu armas pra nós, agora você tem um presidente que estimula a compra de água, ele quer o povo armado, quer o povo armado. Olha, eu acho que tem determinado a função que precisa de arma, a política precisa de arma. nove que funciona.

00:50:36

A as vezes o cara mora num sítio no meio do mato, ele tem que ter uma arma dentro da casa dele, ele precisa se proteger de várias coisas. fora disso, por que que um cidadão que mora no centro da cidade Roberto Jefferson tem que ter tanta arma

00:50:51

por que que aquele vizinho do apartamento do Presidente da República, tantos fuzis, sem fuzis. Aquilo era coleção, aquilo era contrabandeado, aquilo era pra vender, pra que tanta arma? Então, Serginho, é o seguinte, nós precisamos

00:51:11

abolir as armas distribuir livros. No meu tempo de presidente, o MEC era o maior comprador de livro do mundo e no meu tempo de presidente a gente distribuía dezesseis milhões de livros didáticos para os estudantes do ensino médio nesse país gratuitamente

00:51:31

É isso que nós precisamos voltar a fazer. sabe? Criar espaço pra criança praticar, sabe? Leitura, criar espaço pras criança aplicar, sabe? Aprender arte. Por isso que o Ponto de Cultura foi uma coisa importante. Hm-huh. Sabe? Que eles acabaram.

00:51:46

Então a violência nós precisamos, nós precisamos desarmar o Brasil. E a Aí a gente desarma o Brasil, tem uma coisa importante também que é, como é que a gente desarma o Brasil

00:51:57

Mas combate a o crime organizado e a violência. Não, isso é perigoso porque essa venda de arma que o presidente tá liberando, quem é que tá comprando arma? É o crime organizado. o cara de bem, o cara que quer criar sua família de forma sadia, não precisa de arma dentro de casa.

00:52:16

Então quem tá comprando. Não tem nem dinheiro pra isso. A arma custa mais que um iPhone. Pode falar, nós vamos criar o Ministério de Segurança Pública. Nós vamos tirar o Ministério de Segurança Pública, obviamente que a gente não quer conflito com o Governo do Estado, a gente quer pactuar uma aliança, porque quem controla a política são os governadores e quem cuida da segurança são os governadores.

00:52:36

Mas nós queremos criar uma uma um Ministério da Segurança Pública, queremos ter uma polícia altamente moderna, altamente preparada, muitos investimento em inteligência e vamos também cuidar da nossas fronteiras pra combater o narcotráfico.

00:52:50

Pra contar pra eu contrabando de muitas coisas nesse país. Aí nós vamos ter que ter uma política e não vamos querer utilizar as Forças Armadas pra isso. As Forças Armadas tem que se preparar pra defender o povo brasileiro contra possíveis inimigos externo.

00:53:05

Quem cuida da política, quem cuida de bandido, quem cuida de traficante é outro tipo de gente. Então nós vamos criar, sabe? Essa polícia. E obviamente que nós temos que cuidar do pessoal da periferia, porque na periferia que acontece a violência.

00:53:18

Por que que acontece a violência Paulo? Porque o Estado não está presente, estado não é periférico. A população é periférica, ela mora na periferia, mas o Estado tá distante.

00:53:30

Então não tem educação de qualidade, as pessoas não tem a saúde de qualidade, as pessoas não tem nada de cultura nos bairros das pessoas. Cê já viu teatro em bairro? Você já viu o cinema em bairro? é tudo no centro da cidade. Então, como é que as pessoas da periferia vem? Então, é preciso levar as coisas pra lá.

00:53:49

E quem pode levar? Nem o empresário privado vai querer fazer, porque ele quer lucro. A Vitória nós precisamos fazer com que o Estado esteja presente na comunidade, com educação, com saúde, com cultura, com lazer e com qualidade de vida, sabe? Com

00:54:06

coleta de lixo, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, água potável é isso que vai permitir diminuir a violência Paulo. isso, as crianças poder brincar na rua com muita tranquilidade. eu tenho saudade do tempo que eu brincava na rua, jogava bolinha de gude, brincava de

00:54:25

Sabe, cada brincadeira até meia noite, uma hora da manhã, nunca tivemos problema. Hoje as mãe, toda mãe, tem o filho trancado dentro de casa, porque eu não posso sair pra rua.

00:54:34

Então eu acho que se o Estado tiver presente a polícia ela não será violenta porque a polícia fará parte do Estado, ela será um braço do Estado igual a todo mundo, igual a educação, ela num é chamada só em momentos de crise, porque quando é chamado de momento de crise, eu vou te dar um exemplo, é chamado ah no complexo não sei das contas, na favela não sei da

00:54:54

Onde? Tem tem um bandido, a polícia já chega atirando se o Estado tivesse lá presente, possivelmente não tivesse nem os bandidos, eles se afastassem pra outro lugar.

00:55:06

Então eu sonho com esse estado que nós vamos tentar criar, eu sonho e por isso que eu a primeira coisa que eu quero fazer se eu ganhar as eleições é depois da posse, convocar uma reunião com vinte e sete governadores pra criar uma política de boa relação, compromisso da gente fazer as coisas junto, porque se ficar o presidente falando chinês

00:55:25

O governador falando inglês e o os prefeito falando francês, ou seja, ninguém se entende e e ninguém faz nada e nós precisamos trabalhar conjuntamente. Eu acredito nisso, Paulinho, acredito nisso, por Deus do céu, sabe? Eu fui agora no Complexo do Alemão

00:55:43

É maravilhoso, cara, a organização daquele pessoal, organização. Achar que lá só tem bandido é prum troglodito como o o o ex-presidente que nós temos.

00:55:53

porque o povo lá é de uma sabe sabedoria, o povo quer cultura, o povo quer educação, o povo quer tudo bom. E lá nunca ninguém atirou na Polícia Federal, né? Pois é, não e você vê o que aconteceu. A polícia quando é pra pegar pobre já chega atirando, quando pega um deputado como o Roberto Jefferson, a polícia é recebida a tiro, não atira

00:56:13

E ainda o delegado falou, olha eu tô aqui, o que que o senhor quer que eu faça? Eu tô aqui pra lhe tratar bem. Chega a pedir desculpa. É? É isso mesmo? Peço perdão cê ser um criminoso. Se fosse um perdão cê ser um criminoso negro? Teria atirado cinquenta tiro antes pra depois falar

00:56:30

A gente pensou que ele tava armado, de vez em quando coloca uma arma na na mão pa falar foi ele que atirou na gente. Então nós queremos mudar isso. Eu eu não sei se em quatro horas a gente consegue mudar, mas uma longa caminhada começa com o primeiro passo. nós vamos começar a dar os passos correto.

00:56:48

pra que outras pessoas continuem essa caminhada pra gente melhorar esse país. Eu, Serginho, eu vou te contar, eu tenho setenta e sete hoje eu tenho setenta e seis, amanhã eu faço setenta e sete. Já pode falar setenta. Não, não senhor, não senhor. Cada hora, cada hora minha, só vou, só vou ter setenta e sete amanhã a partir das oito horas com Nova Lima

00:57:08

No mundo cara. a parteira tirou, quando a parteira me tirou assim, falou, que cabra bonito. eu eu acho que o mundo tá piorando, o mundo tá muito nervoso. Uh-huh.

00:57:22

Eu eu num num num consigo ver o mundo assim, as pessoas num se cumprimentam mais, pai num vai na casa de filho, pai num faz mais churrasco com a família, brigou com tá todo mundo cansado de brigar que muita gente que vai votar em você

00:57:38

Eh tem muita tem muita gente que vai votar em em que não que nunca votou, que não concorda com tudo, mas eu acho que tem muita gente que vai votar.

00:57:47

Primeiro porque em você a única opção democrática da de voto e também porque tá cansado de brigar, sabe? Que tá cansado de violência. E veja o papel da gente é tentar harmonizar, sabe? Por isso que eu falo que a gente tem que ser que nem o maestro.

00:58:04

sabe? Você precisa conversar com todo mundo ah as pessoas não são obrigada a gostar de você e você não é obrigado a gostar das pessoas, tudo bem, mas você tem que conversar. E respeitar. Você é presidente da república, você tem que conversar com quem gosta, com quem não gosta. Porque você está governando pro povo, não é pra pra alguma pra outra pessoa.

00:58:24

Então o o o Serginho, eu acredito muito nisso, cê pode ter certeza que ahm eu tenho fé em Deus de que a gente vai vai dar o pontapé pra pra consertar esse país. Eu tenho certeza, mas muita certeza, porque eu quando vejo uma menina de quatorze anos, quinze ano.

00:58:42

às vezes tendo que ser prostituir por falta de comida, cara, sabe? Uma pessoa vendeu o corpo porque quer comer o pão de cada dia, não é possível. Não é possível. Como seres humanos, nós não temos o direito de aceitar isso. Nós temos que ficar indignado. Não é possível

00:59:02

Um país que é o terceiro produtor de alimento. Um país que é o maior produtor de proteína animal do mundo. Um país que tem tudo. Por que que as pessoas passam fome? Não é possível, cara. O cara cata no lixo.

00:59:20

Eu quero dormir debaixo do viaduto ali na praça toda eu tenho vontade de parar o carro lá e colocar toda aquelas pessoas no carro e levar pra algum lugar. poluição desgraçada, aqueles carro acelerado, soltando gás carbônico lá e aquele povo dormindo com criança, sabe?

00:59:39

e e eu eu fico entusiasmado é com a a lealdade dessa gente pobre porque ele tem os cachorrinhos dele, ele num larga os cachorrinho em casa, os cachorrinho fica tomando conta, acho que tá tomando conta do dono, tomando conta da família, então eu fico pensando por quê? Quando eu fui conversar com o Papa Francisco

00:59:58

que eu que eu saí da Polícia Federal fui conversar com o Papa Francisco e depois eu fui visitar o conselho de igreja em Genebra Porque eu queria fazer uma campanha contra a desigualdade porque cara tem tem Paulo tem

01:00:18

Novecentos milhões de pessoas no mundo que vão dormir sem ter o que comer. O mundo já produz comida pra todo mundo.

01:00:28

A evolução genética, ou seja, já permitiu, eu brinco sempre o seguinte, antes você matava uma galinha com noventa dias, hoje cê mata com trinta e cinco, um boi cê matava com quarenta, oito cê mata com quinze meses sabe? A gente e menos hectare produz mais.

01:00:45

Sabe a engenharia, genética ajudou a gente fazer coisas extraordinárias. Agora, por que que essas pessoas não tem comida? Por que que a gente não garante que todo mundo tome café, almoça e janta todo dia? É o mínimo, é o mínimo, é o mínimo. Sabe? Isso é bíblico.

01:01:02

e tu tá na constituição, isso tá na Declaração Universal dos Direitos Humanos será que as pessoas não tem noção? que tem gente comendo dez pães por dia, tem gente passando dez dias sem comer um pão, cara? Boa noite presidente Lula temos que convocar o povo

01:01:21

Ah, se indignar contra o desprezo por essa gente mais humilde, sabe? Todo mundo estender a mão, se todo mundo estender a mão, sabe?

01:01:33

Porque quem come é que tem que ter demão pra quem não come. Quem não come não vai ter demão pra quem não come. Mas são dois dois cara com fome. Não se ajuda. Mas a gente pode ajudar. eu eu fico indignado, cara, isso mexe comigo, mexe com a minha alma

01:01:49

porque eu eu sei o que é isso cara, eu sei o que é isso, eu sei o que que é uma mãe ficar na beira dum fogão com sete ou oito filho no rabo da saia dela, sem ter o que colocar no fogo. Então eu eu prezo muito isso e nós vamos acabar, pode ficar certo, olha aqui

01:02:09

Eh eu não sei o que eu vou fazer mas o que eu vou fazer eu vou e nós vamos acabar com a fome nesse país. Nós tínhamos acabado uma vez cara você não via mais criança pedindo esmola nesse país? eu não via mais, as pessoas tavam todo mundo comendo.

01:02:22

Então, nós temos que gerar emprego, temos que aumentar o salário mínimo, tem que fazer mais política social, temos que dar mais chance pras pessoas, sabe? Oportunidade. Todo mundo precisa de oportunidade. Eu queria mais uma pergunta

01:02:38

Que é da minha amiga Fátima Bernardes. É, tivemos um spoiler aí no meio do negócio. Eu vi. E ela gravou por favor demita aí ele pra não mentir você tem que criar contrata mais quatro

01:02:51

Não demite ninguém, contrata mais é, mas lógico, aí não falou que vai aumentar o salário do Brasil. Ela gravou a pergunta, fala Fátima.

01:03:04

Oi Paulo, boa noite, presidente Lula. Gostaria de pedir desculpas por não estar ao vivo com vocês, mas neste momento da eu tô aqui no hotel me preparando pra participarem desta noite do saia justa, por isso a minha pergunta vai gravada.

01:03:20

Nós mulheres somos maioria da população, dos eleitores, temos mais escolaridade, mas ainda ganhamos menos e ocupamos poucos espaços de poder. O senhor disse que assim que terminar a apuração, só vai imediatamente começar a trabalhar no seu ministério. que papel as mulheres terão nesse ministério

01:03:39

E o senhor pensa em convidar a senadora Simone Tebet pra participar do seu governo de alguma maneira? Não me diga que o senhor ainda não conversou com ela sobre isso porque eu não vou acreditar. Brigado Fátima. Ô, ô Fátima, todo dia me faz essa pergunta.

01:03:57

Veja, a Simone é uma mulher de muita qualidade ela foi prefeita, ela foi senadora ela ela pode exercer qualquer ministério. Qual é o problema? O problema é o seguinte, eu não conversei com ninguém ainda, eu tenho muita gente na cabeça, mas eu não conversei.

01:04:15

Porque eu não quero sentar na cadeira antes de ganhar as eleições Eu quero primeiro ganhar pra depois começar a montar a equipe. Sabe? Porque se eu tentar montar agora, eu arrumo mais inimigo do que amigo. Eu escolho um é que nem jogador de futebol, o técnico escala um que tá no banco de reserva fica

01:04:33

Puto da vida então eu estou com muito cuidado mas a Simone é um quadro respeitável eu posso te dizer Fátima que eu não voltei nós vamos ter muitas mulheres no governo muitas mulheres só porque sou maioria porque

01:04:48

Já está provado que a mulher não é sexo inferior, que a mulher não é sexo fraco, que a mulher tem capacidade e às vezes mais inteligência que o homem, sabe? Isso tá provado. Então,

01:05:00

Eu conheço uma centena de mulheres maravilhosas, então essa gente pode ocupar cargo no governo. O senhor já falou que o Ministério da Mulher vai voltar, mas qual vai ser o foco? Não, mas não é só o Ministério da Mulher não, é o é mulher participar de outro ministério, a mulher participar de vários ministérios, educação, indústria, ciência e tecnologia

01:05:20

Dia, Ministério da Justiça, Ministério da Defesa, a Michelle Bachelet, o pai dela era brigadeiro no Chile, o pai dela foi assassinado. E ela virou ministra da defesa. sabe? Então não tem carga, a mulher pode ocupar qualquer cargo

01:05:36

E muitas vezes a mulher tem uma coisa que as mulheres não sabe, ela bota o medo nos homens Acho que ela tem chega. Está cheio de coisa que as mulher sabe muito mais do que o homem e tem mais coragem do que o homem. Sabe? E depois a mulher é mais desprendida quando a gente faz.

01:05:54

Eu eu vejo isso há muito tempo. Toda gente, toda vez que a gente faz carreata, faz passeata, a mulher tem uma facilidade de se manifestar, ela grita, ela dança, ela pula o outro grau.

01:06:07

Com vergonha ou com medo, num sei. Então eu acho que a mulher vai ter, cê pode ficar até porque a mulher vai ter uma grande participação no governo vamos começar uma briga para fazer com que a a gente cumpra a constituição, o trabalho igual, o salário igual, porque.

01:06:24

O homem trabalha com a mulher na mesma função, a mulher tem que ganhar o mesmo salário do homem, se tiver competência pode ganhar até mais, mas eu acho que nós vamos mudar muita coisa, eu eu só tenho sentido voltar a ser Presidente da República pra fazer as coisas que a gente não fez, inovar.

01:06:42

Inovar o jeito de governar, criar, fazer políticas novas, pode ficar certa Fátima que você terá grandes e belas surpresa na montagem do governo. Negros também, né? Negro também. Negro também.

01:06:59

É o seguinte, o governo tem que espelhar a pluralidade da sociedade brasileira, a sociedade brasileira não é só masculina, não é só branca, eu vou inclusive criar uma novidade para eu vou criar um ministério dos povos originários para que o indígena assuma o ministério.

01:07:18

deve fazer esse país estar representado no governo do seu povo. sabe? Com todo mundo Falando em mulher, eu tenho aqui três anos que eu anotei aqui pra não esquecer, tia Sônia, tia Selma e minha vó, as três pegam remédio de diabete e pressão alta

01:07:37

Pegavam na farmácia popular que acabou. Vai voltar Olha. Vai votar, fui eu que criei o formato popular e vai votar. Eu acredito. Vai votar. Ô Paulo é com fé em Deus vai votar cara, porque eu sei o que que é.

01:07:53

Uma pessoa pegar uma receita, levar pra casa, colocar em cima do criado mudo e morrer sem comprar aquele remédio? Então esses remédio de uso contínuo pra pressão, pra

01:08:08

Pra várias coisas o estado tem que dar de graça e nós vamos mudar. Boa. As pessoa pode ficar certa que nós vamos dar.

01:08:19

Porque ele cortou cortou mais da metade do dinheiro do farmácia popular ele acabou com o fraudão as pessoas velhinhas que a gente precisa de fralda geriátrica e ele cortou um cara desumano cara, é um cara que não chorou uma lágrima por quase setecentas mil pessoas que morreram.

01:08:37

Vai se preocupar com fralda geriátrica. É. Ele acha que não vai ficar velho. Então, país vai voltar a ser generoso com o seu povo. Sabe, eu vai voltar a ser generoso e as pessoas vão ter que compreender.

01:08:54

Uma coisa que eu digo todo dia, a gente vai governar o país pra duzentos e quinze milhões de habitantes, mas as pessoas tem que saber que eu vou governar como o coração de uma mãe. A gente vai cuidar.

01:09:08

Dos mais necessitados primeiro, todo mundo vai ter oportunidade de subir um degrauzinho na escala social e todo mundo vai ter que ter oportunidade.

01:09:18

O PROUNI é uma coisa maravilhosa porque quando nós criamos o PROUNI nós demos a oportunidade para que milhões de jovens que moram na periferia escola pública que jamais sonharam em entrar numa universidade são doutor cês num tem noção se você não fosse contratado pela televisão

01:09:36

E você pudesse andar comigo numa carreata, você ver o que é jeito de levantar. Eu acho que depois disso aqui eu acho que eu posso tudo, né? Cê vê o que é gente

01:09:44

Gente levantar a casa. O poder não é mais o a questão aqui entre nós. A pessoa levanta cantar e Lula obrigado pelo PROUNI, Lula, eu sou a primeira da minha família a me falar, Lula eu sou médico, eu não sou engenheira, Lula é maravilhoso cara, é gratificante.

01:09:58

Então nós vamos voltar a fazer mais universidade, vamos fazer mais escolas técnicas, vamos melhorar, contribuir com o ensino fundamental Porque se não investir em educação esse país não terá jeito. Eu acho maravilhoso que você não fez faculdade.

01:10:14

Mas você é o presidente da educação e isso é uma das coisas que eu tenho mais simpatia por você porque eu vejo muito a atitude dos meus pais nisso. Porque meu pai tem a quarta série e minha mãe tem a terceira série.

01:10:27

e eles são as pessoas que mais militam pela educação que eu já vi na minha vida. Eu fico pensando que é só quem não teve acesso a educação pra fazer esse tipo de coisa, né? Só quem não teve oportunidade de estudar sabe a diferença que faz educação na vida de uma pessoa. É porque sabe o que acontece mais pobre

01:10:47

O sonho da mãe e o sonho do pai não é deixar é deixar profissão, deixar estudo. meu filho estudar já é a graça de Deus porque ele pode tudo. É. É isso que nós precisamos compreender.

01:11:04

sabe? E o que que nós temos que fazer? Dar oportunidade da oportunidade que cê quer, cê vai ter chance, cê quer, cê vai ter chance. Por isso que nós vamos recriar o Ministério da Cultura e vamos criar um comitê de cultura em cada capital, pra gente também fazer com que a cultura brasileira seja uma cultura

01:11:23

que ela é muito diversificada, mas ela ela seja conhecida nacionalmente, Serginho. Tem uma coisa absurda no Brasil, cê pega por exemplo as retromissoras de televisão no Brasil. Ô, ô, ô, meu caro. Não sei se podemos entrar nesse assunto, Lula. Ah, ah. Ah, Paulinha, a coisa é o seguinte, a televisão transmite

01:11:42

O jornal, a Globo tramita o Jornal Nacional. Que é ótimo, excelente inclusive. Também de Jornal Nacional. Transmite o Jornal da Meio-dia e o jornal das sete, correto? Aham. Aí a repetidora na na Bahia

01:11:53

Oi em Pernambuco ela só tem liberdade pra ela transmitir o jornal de Pernambuco da festa, o jornal do meio dia, o jornal do exército. Durante o dia inteiro é só a programação nacional. Olha, tudo bem.

01:12:05

Agora é preciso criar um espaço para que a televisão do Estado, que a repetidora, tenha um espaço de política local, de cultura local que tenha programa de teatro, que tenha, quem sabe você tiver na televisão, no Tocantins, porra. Sim. Quem sabe? Mas não tem espaço.

01:12:22

Então isso tudo nós temos que discutir porque o Brasil precisa mudar, nós ainda tamo no padrão do século vinte e um, nós precisamos entrar no padrão dos no padrão do século vinte, nós precisamos entrar no padrão do século vinte e um. Hm-huh. Sabe? Precisamos o Brasil ter uma cultura diversificada fantástica e nós precisamos fazer com que o Brasil conheça

01:12:42

Conheça o que existe no Brasil de coisas maravilhosas. As pessoas são capazes de pegar um avião e viajar daqui para ver um pra ver um um museu. Mas as pessoas não visitam os museus que tem no Brasil.

01:12:54

Eu sou favorável a todo mundo viajar pra onde quiser, mas seria importante que as pessoas antes de viajar pra conhecer os outros países coisiam um pouco o Brasil, coisinhas do litoral brasileiro. Verdade. Pegasse um carro e andasse aí, sabe? O interior do Nordeste que fosse pro centro-oeste que fosse conhecer o Jalapão

01:13:14

Pas pessoa saber o que é coisa bonita. Ninguém sabe. sabe porque também a televisão não mostra, não tem propaganda, não tem o turismo nosso poderia ser o bem da minha empresa não, mas teve uma novela no Jalapão que super aqui

01:13:30

Ó, eu tenho mais uma pergunta, a última pergunta de uma pessoa que eu amo muito. Fala Xuxa. Oi, senhor presidente, tudo bem? A minha pergunta é o seguinte, voltando a ser presidente do nosso país.

01:13:48

O que o senhor vai fazer pela situação das crianças país. sexual de criança e adolescente tem crescido muito. Essas informações erradas de ministras e pessoas mais aí.

01:14:04

Eh deixa todo mundo em pânico, a gente sabe que isso existe, a gente sabe que é verdade, muita coisa e a gente também tá sabendo que tem muita mentira. Eh depois desse episódio do Pintar um clima com uma criança de quatorze, quinze anos e que as pessoas tão dizendo que isso não é.

01:14:21

é um caso pra se falar muito e eu acho que é um caso pra se falar bastante, a minha pergunta é o seguinte, o que o senhor vai fazer por esse caso e por tantos que existem por aí? Brigada e um grande beijo pro senhor e boa sorte. Brigado Xuxa pela pergunta. Se o senhor era baixinho da Xuxa?

01:14:40

Não, não fala que essa não ela retira o voto imediatamente. Já era. A já era baixinha da Xuxa? Janja? Não, era só admirável, ela queria. Deixa eu te falar uma pergunta. Eu era, eu era abaixada da Xuxa, é muito importante pelo seguinte.

01:14:55

Ahm eu lembro da primeira reunião de um Governo que eu fiz, o meu ministro da justiça era o Márcio Thomas Bastos, era possivelmente na época o mais importante advogado criminalista do Brasil, ele era o meu ministro na primeira reunião

01:15:11

Eu pedi ao Ministério da Justiça para priorizar o combate a exploração sexual de crianças e adolescentes. porque é uma coisa grave

01:15:22

e aí nós fizemos muita coisa, o Brasil era reconhecido mundialmente pela política nossa, o Brasil sediou o terceiro Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Eu posso te dizer, Xuxa, que num vai ser eu que vou fazer não, nós vamos fazer, nós

01:15:42

Tô dizendo lá porque é preciso envolver o povo brasileiro nessa discussão. Nós precisamos parar de ser hipócrita. O que você falou do pintor o clima se você tem um Presidente da República que é capaz de ter uma atitude

01:15:58

Uma atitude pedófila, uma atitude de alguém que não respeita um uma uma atitude da pessoa que não vê uma criança, sabe? Com respeito. você tem, você imagina o que não pode pessoas iguais a ele espalhada por esse país afora.

01:16:15

Então principalmente validadas por ele. É esse um lugar que as pessoas esquecem que o presidente ocupa, que é um lugar de líder, de exemplo, de de. Sim. De de de um lugar de exemplo a ser seguido, né? eu Xuxa espero, espero que você participe porque

01:16:34

Uma das coisas que nós vamos fazer é criar uma conferência nacional imediatamente convidar todas as pessoas preocupado com esse tema pra gente tomar uma atitude, uma atitude dástica de punir severamente, sabe? Qualquer brincadeira, qualquer estupidez com criança nesse país.

01:16:53

sabe? Uma menina com quatorze anos não pode ser olhada por um canalha qualquer quem quer que seja como se fosse um objeto, então eu eu sinceramente eu vou levar muito a sério até porque eu sou casado com uma mulher muito preocupada com isso a Granja é

01:17:13

É duro na queda nesse negócio, ela fica muito irritada, muito nervosa e eu tenho certeza que ela vai me ajudar, a gente vai convocar, sabe? Depois que toma posse, montar o ministério, aí nós vamos convocar uma conferência porque essa é uma das coisas prioritária nossa. Eh primeiro

01:17:30

sabe? Ah o feminicídio, a violência contra a mulher e a questão das da das nossas crianças e adolescentes. Pode ficar certo Xuxa, que você já participou uma vez comigo no ato lá em Brasília, nós vamos fazer uma coisa muito forte envolvendo o governador, desenvolvendo o Prefeito, mas sobretudo nós temos que envolver a sociedade

01:17:49

Sabe? Temos que envolver a sociedade tem que estar motivada, ela tem que acreditar que ela é coparticipante das políticas, sabe? Boas que a gente fizer. esse é um um um tema, sabe? Que nós vamos tratar com muito carinho, com muito carinho, como se fosse

01:18:07

Sabe cuidar da minha bisneta. A gente, a gente tá falando aqui de tanto tempo em tanto tema importante, né? E e e básico também, eh né? Alimentação, remédio que às vezes, por exemplo, quando eu fui falar sobre, né? Pensar no que que eu ia conversar com o senhor.

01:18:24

Eh foi ficando lá pro fim a questão ambiental a gente precisa de coisas tão básicas, mas eu queria que o senhor falasse de que maneira a Amazônia é um tema central de tudo isso que a gente tá conversando?

01:18:39

educação. Olha, economia. Nós temos cinco biomas importantes, nós temos que cuidar de todos eles. nós temos a caatinga, nós temos do cerrado, nós temos o Pantanal, nós temos a Amazônia e o que que a gente tem que fazer? A gente precisa Primeiro acreditar

01:18:59

que é a questão climática é uma questão interesse de todos os bilhões de habitantes que tem no planeta. Se os nossos avós, os nossos antepassados não tiveram responsabilidade, nós temos que ter. Por quê? Porque nós estamos hoje, nós temos, sabe, mais condições

01:19:18

De pesquisar, de investir e de analisar o que está acontecendo e o mundo tá mudando. As coisas tão mudando, a temperatura tão mudando, faz muito sol onde era frio, faz muito chão onde era só. Então, nós precisamos cuidar. Amazônia é uma benção de Deus.

01:19:37

Ela está no Brasil, está na Venezuela, está no Equador, está no Peru, está na Coloba e tem um pouco na Bolívia. Nós temos que cuidar disso. Nós precisamos chamar.

01:19:47

Esses países todos porque não é só o Brasil. E ela pode ser rentável pra nós? Ela pode ser rentável. Ela pode ser rentável se ela não for derrubada. Hoje você primeiro precisa incentivar os agricultores de que uma agricultura de baixo carbono, ou seja,

01:20:05

É muito mais lucrativa, tem muito mais interesse, o mundo quer comprar produto mais saudável. E esse incentivo é incentivo. Então, Pedro, é incentivo. Então, você precisa primeiro jogar menos veneno na terra, você precisa derrubar menos ave, menos queimada, menos derrubada, menos madeireira.

01:20:22

Pra gente poder, se você pode derrubar a madeira, cê planta outra. não é que a gente é contra cortar uma madeira, se for necessário cortar a madeira corta e planta outro. Qual é o problema? De de plantar outro. O que a gente tem que ter em conta é que a gente pode tirar

01:20:39

Proveito da biodiversidade brasileira que a gente não sabe toda riqueza da biodiversidade da Amazônia. Então nós temos que fazer acordos, sabe? Acordos com outros países para pesquisar.

01:20:53

Tava com cientistas altamente qualificados e pesquisar pra gente descobrir toda biodiversidade da Amazônia, a gente pode dali quem sabe ter produtos fármacos extraordinários pra gente fazer as outras de fábrica crescer, indústria de cosmético, sabe? Então

01:21:09

Ah e depois a floresta em pé. O mundo que já se desmatou, ou seja, pode financiar o sequestro de carbono que faz a floresta. Pode ser que eu tenho orgulho de no nosso governo ser o momento que mais desmatamos, que mais

01:21:26

Evitamos os desmatamento nesse país, nós diminuímos de vinte e sete pa quatro mil quilômetro e o que é importante é que nós também fizemos uma política de quando você faz muito florestamento, um reflorestamento, você também sequestra

01:21:43

Carboni você deixa de emitir gás efeito estufa, o Brasil pode, o Brasil pode ser o principal país nessa questão, da Amazônia nessa questão de de de da poluição do planeta, essa questão

01:21:57

Climático, o Brasil pode ser a menina dos olhos de ouro do planeta Terra, se a gente fizer as coisas correta. E a gente sabe que então eu não quero brigar, nós precisamos convencer as pessoas da importância. Quando você convence as pessoas, aí fica tudo maravilhoso.

01:22:14

Eu não quero ser aquele cara que quero colocar todo mundo na cadeia, não. As pessoas tem que saber que ela pode fazer a coisa certa. Não terá mais garimpo ilegal na terras indígenas. terá mais invasão nas terras demarcadas, sabe? Para proteger o meio ambiente.

01:22:32

As pessoas tem que entender que não é um problema do presidente da república, é um problema da sociedade brasileira, é um problema do planeta. E obviamente que a gente vai querer compartilhar que o mundo pague por isso. você tem o Congo que tem muita floresta, você tem Indonésia, que tem muita floresta

01:22:51

É preciso juntar talvez a gente consiga também fazer um congresso dos países que ainda tem muita floresta em pé pra gente fazer uma OPEP. O PEP preservação ambiental.

01:23:05

vamos criar o nome, se esse é o Pepa não, você pode criar um nome. Tá. Sabe? E você chamar os países que tem mata pra preservar, que tem floresta pra gente tomar uma atitude e agir conjuntamente. Sim. Ganhar por isso. Boa. Né? Por isso. Boa. Ó, cê veja um exemplo pequeno aqui em São Paulo

01:23:24

você tem no no Vale do Ribeira, que é essa região que vai pro Paraná, você tem um um uma política que foi estabelecida, acho que no governo Mário Covas, sabe que os prefeitos ganham grana a mais pra prefeitura se manter a floresta em pé

01:23:43

Então os prefeitos também tem que participar se ele perceber que na cidade dele ele tiver menos desmatamento, ele vai ser premiado com mais recurso, ele vai fazer agora a gente só proibir, só proibir, só proibir a gente não educa.

01:24:00

Não, e a gente sabe que o senhor eh gosta da natureza porque nem foi eleito presidente e já pegou um tucano pra cuidar, né? E a gente já tá nesse Ó, eu tô indo pro final, eu queria que o senhor falasse com as pessoas que tão nos assistindo aqui

01:24:19

Sobre a importância de votar e porque que essa eleição não é uma eleição comum? Olha, não é uma eleição comum o o querido, por que Paulo? Nós nós essa eleição não é entre dois homens ou

01:24:34

Ou dois partido nessa eleição é entre a democracia e a barbárie. A democracia ou o fascismo. pessoas que gostam de democracia, sabe? As pessoas que querem ter liberdade de comunicação, liberdade de expressão, o direito de vir, as pessoas precisam saber o seguinte.

01:24:53

sabe? Você tem de um lado uma candidatura que representa a violência, que representa a venda de arma, liberação de armas, ofensas pessoas e você tendo outro um cidadão comprometido com o regime democrático, com a participação de todo mundo, com o entendimento de que a gente precisa distribuir livro e não armas

01:25:12

com o compromisso de que a gente precisa, sabe? Parar com esse ódio, a gente quer criar um modelo político em que todo mundo possa participar, conversando com todo mundo, aumentar o salário mínimo pras pessoas poderem comer, nós estamos fazendo com que as pessoas que ganham cinco mil reais não pagam imposto de renda, até cinco mil reais.

01:25:32

sabe? Que é uma boa parcela das pessoas que pagam, tudo isso é trabalho, porque tudo isso significa que a gente vai ter que ter uma política de reforma tributária para as pessoas que ganham mais, as pessoas que vive do lucro dos dividendos pagam um pouco mais para que o pobre pague um pouco menos, simples assim

01:25:51

Agora, cê tem que convencer as pessoas. Então, eu acho que quando você for votar, o seu pensamento é esse, você quer uma ditadura ou você quer uma democracia? quer alguém, sabe? Que conversa com todo mundo, alguém que quer melhorar a vida do povo, alguém que quer acabar com a fome, alguém que quer aumentar o salário mínimo

01:26:11

Sabe, alguém que quer renegociar a dívida, a dívida das pessoas, nós temos oitenta por cento da sociedade brasileira devendo alguma coisa e muitos da dívida são feitas por mulheres pra comprar comida.

01:26:23

As pessoas tão no Serasa, as pessoas tão com o nome sujo e a dívida é quatro mil, três mil, dois mil, então nós vamos negociar com o comércio varejista, vamos negociar com os banqueiros, comé que a gente vai reduzir essa dívida pra limpar o nome das pessoas? Então eu acho que é assim que cê tem que decidir

01:26:43

Sabe? Você tem que decidir o seu voto, você tem que pensar na sua família, tem que pensar no Brasil, tem que pensar na sua educação, na educação dos seus filhos e decidir o voto e vamos aí acatar o resultado eleições. Da minha parte estou convencido

01:27:00

Que a a democracia é a coisa mais sagrada. do regime democrático que eu jamais poderia ter sido o Presidente da República, jamais um índio poderia ter sido eleito como Evo Morales, jamais um negro como Obama poderia ter sido negro presidente dos Estados Unidos.

01:27:17

Sabe o regime democrático que permite isso, sabe? A gente tem que pensar, a gente quer distribuição de água ou distribuição de livro? a gente tem que pensar, a gente quer educação de qualidade, a gente quer que os nossos filhos entrem na universidade, cê tem que pensar, sabe?

01:27:35

E eu outro dia eu perguntei no debate do adversário quantas universidades você fez? Nenhuma. A que ele fez é uma que a Dilma tinha aprovado em Tocantins. No teu estado. No meu estado. É? Já Dilma aprovou. Então, eu tenho orgulho, sabe por quê? Eu e o Zé Alencar, ele era um empresário ou era um dirigente sindical?

01:27:54

Ele não tinha diploma universitário, eu também não tinha. E nós dois já passamos para a história como os dois presidentes que mais fizemos universidade no Brasil, mais fizemos escolas técnica. A primeira escola técnica do Brasil foi feita na cidade de Cota Gazes lá em

01:28:10

Campo de Pataguarde no Rio de Janeiro pelo presidente Nilo Peçanha. Ele fez a primeira em mil novecentos e nove durante cem anos a elite brasileira fez cento e quarenta. O nosso governo do PT em três treze anos fizemos quatrocentos e quarenta e duas escola técnica.

01:28:26

tá? Nós tivemos dezenove universidades e cento e setenta e oito campi avançado, cê tem camping em qualquer lugar desse país foi o que a gente queria interiorizar para que as crianças pobres do interior não precisar de ir pra capital, estuda lá mesmo no interior, então ô Paulo o povo tem que escolher isso pra votar

01:28:46

Eu eu sinceramente de ter o seu voto para que a gente pudesse reconstruir esse país Eu quero encerrar aqui pedindo pra que você jovem vá votar, por favor, você que tirou o título, é muito importante o seu voto.

01:29:04

Quero pedir pra que você mulher vá votar e mais uma vez lembrar que não importa em quem seu marido vota, em quem seu filho tá te pedindo pra votar, o voto é secreto, cê não precisa dar a satisfação dele pra ninguém e ninguém vai saber em quem você votou. Então o que eu tô dizendo é

01:29:21

Minha amiga, mete o treze lá, me fala que cê votou em quem a pessoa quiser ouvir, tendeu? O que a gente precisa é mudar esse país no próximo domingo e queria falar pra você.

01:29:34

Que acho que eu já devo ter te contado isso. A primeira vez que eu vi meu pai chorando na vida foi quando o senhor foi eleito. A primeira vez não sabia nem que pai chorava. Foi a primeira vez que ele tava na frente da televisão chorando e eu fiquei e eu

01:29:48

E eu fiquei meio sem saber, né? Foi muito absurdo pra gente lá em casa, tipo, por que que meu pai tá chorando, né? Na frente da televisão e meu pai tava chorando e ele falou, eu o barbudinho conseguiu, que era você. Agora o pobre vai ter vez, agora cês vão poder ter um futuro. E meu pai tava mais que certo.

01:30:06

eu fiz Instituto Federal, meu irmão fez Instituto Federal, eu fiz faculdade federal, fiz Universidade Federal do Tocantins, tudo isso pelo seu governo, o o negócio do meu pai cresceu graças as políticas que você tinha pra micro e pequeno empresário, meu pai salgadeiro, meu pai é salgadeiro. O que que é salgadeiro? Salgadeiro vende salgado na rua

01:30:26

a salgada. Isso. a gente cresceu também o nosso negócio cresceu, meu pai tirou o primeiro carro dele depois dos trinta e poucos anos de idade no seu governo e a nossa vida mudou da água pro vinho. E agora, no próximo domingo, eu espero repetir a mesma cena do meu pai

01:30:45

chorando na frente da televisão com a sua eleição mas agora entendendo tudo que está acontecendo. Que você seja o nosso presidente. Oh oh Paulo eu eu. Dá a mão a mão aqui eu comprei do teu pai. Eu comprei do teu pai. É porque não é fácil as pessoas pobres subir na vida não. Não é fácil

01:31:04

Quando a pessoa tem uma chance, tem que chorar mesmo, cara. Eu sou, sou chorão, Paulo. Eu eu sou um cara muito, muito, muito, muito emocionado com com essa coisa do pobre. Sou muito emocionado. Sou emocionado com a fome, sou emocionado com criança eu tô

01:31:22

Eu tô ficando até emocionado, outro dia eu vi um cara deu um toco na cabeça de um cachorro, canalha dum homem, o cachorro do caminhão, começou a dar soco no cachorro, eu fico puto da vida rapaz esse cara podia bater com a cabeça dele na parede e não bater com o cachorro Sabe?

01:31:40

tem gente que é muito é muito desumano, é muito raivoso e eu sou muito, sou muito chorão e a Josi até meia chorona. É, tô vendo ali, vira e mexe a gente chora. Brigado pelo papo. Brigado você, Paulo, brigado querido, olha. Foi um prazer. Agradecido, sabe que você é uma das amizades importantes que eu

01:32:00

Tive na vida sabe? jovem, com muita vontade pra você vai ter surpresa, eu quero que a gente faça uma depois de uns seis meses de governo que a gente faz uma pra lhe mostrar o que tá acontecendo nesse país. Tô contando com isso. gente, boa noite a todos.

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