Olá, este é o poder entrevista. Eu sou a Gabriela Oliva e vou entrevistar a Vera Lúcia, pré-candidata a presidência da república pelo PSTU por vídeo conferência.
Vera Lúcia tem cinquenta e quatro anos e é uma das fundadoras do PSTU. Atualmente é presidente do diretório do partido em Sergipe. Foi candidata a presidência da república em dois mil e dezoito. Ficou em décimo primeiro lugar.
Vera, obrigada por ter aceitado o convite. Obrigada você Gabriela, muito obrigada ao que poder participar do poder trezentos e sessenta. Um prazer imenso. Agradeço também a todos os telespectadores que assistem a este programa.
Esta entrevista está sendo gravada no estúdio do poder trezentos e sessenta em Brasília em vinte e três de março de dois mil e vinte e dois. Para ficar sempre bem informado inscreva-se no canal do poder trezentos e sessenta, ative as notificações e não perca nenhuma informação relevante.
E eu começo esta entrevista perguntando em dois mil e dezoito a senhora foi pré-candidata a presidência em dois mil e vinte a prefeitura de São Paulo o que muda agora na sua pré-candidatura ao Planalto em dois mil e vinte e dois?
Apenas as
Que naquela época já se apresentavam como graves e agora gravíssimas né? Nós estamos diante de uma de um caos econômico
De uma pandemia, né? Então uma crise sanitária, uma crise social de grandes proporções. Nós temos milhões, mais de cem milhões. Cento e dezesseis milhões mais precisamente de pessoas que não tem comida em casa. Nós temos
Mais de cinquenta por cento da classe trabalhadora que deveria estar trabalhando fora do mercado de trabalho eh que se somar os desempregados e mais aqueles que estão na na no subemprego são noventa e dois milhões de pessoas sem trabalhar ou em condições assim
É absurdos de sobrevivência. Nós estamos ainda numa pandemia que não se acabou e não tem. É uma previsão de quando isso vai acabar porque a vacinação é desigual entre os países. E nós temos eh vários problemas. Um governo que é genocida.
Que sonha em ser ditador é que nós precisamos tirá-lo imediatamente. Por outro lado diante dessa realidade nós não podemos deixar de apresentar
Uma candidatura que seja socialista que apresente as reivindicações sentidas de fato da classe trabalhadora uma vez que o outro que se apresenta na polarização que é Lula está abraçado com a grande burguesia desse país
A exemplo de Alckmin, de Kassab, de Renan, que são velhas raposas da política brasileira e que e que representa setores e interesses econômicos há muito bebida aqui por esse povo.
Então essa é uma das razões pelas quais nós estamos nos lançando agora e os motivos é que nós precisamos a classe trabalhadora pra sair dessa dessa situação dramática é preciso eleger um governo que seja seu
Mas precisa controlar esse governo e ter um programa e um projeto de país que atenda essas necessidades. Por isso a minha candidatura a pré a pré-candidatura agora e e por isso foram a aquilo que me motivou o partido.
Tanto na eleição presidencial passada quanto na eleição aqui em São Paulo que é a maior cidade do país a mais rica mas também é a mais é é onde se expressa todo tipo de desigualdade e e essa é um dos motivos pelos quais nós estamos agora apresentando essa pré-candidatura aqui pra classe trabalhadora brasileira.
E o que a senhora avalia que tem de diferente para oferecer dos outros nomes ventilados até agora?
Basicamente tudo porque o nosso projeto ele é um projeto formulado a partir das necessidades reais que é da classe na qual nós estamos inseridas. Veja nós nós nós estamos apresentando essa pré-candidatura é um projeto que não é alheio as necessidades
Da minha classe social e da classe social na qual o PSTU sempre esteve inserido. Eh e o e nós arrancamos exatamente dessa necessidade mas confrontando com os interesses dos grandes capitalistas nacionais e internacionais
Que na sua avidez de lucro passa por cima das necessidades e da vida dessa classe trabalhadora que é produtora de toda essa riqueza mas
Que que fica aqui no país e se espalha mundo afora mas que fica sem ela. Na verdade se volta contra ela. Então o nosso projeto é completamente oposto a candidatura de de Bolsonaro que certamente vai ser apresentar como um vice tendo Braga Neto.
Né? Ele já só não fez declarar mas praticamente informou isso na última entrevista que ele deu. Eh Lula abraçado com Alckmin como eu já falei antes. Moro que foi ministro de de Bolsonaro.
E Ciro Gomes que só falta ser presidente do Brasil, ou seja, todos eles
Ou foram ou são diretamente responsáveis por essa realidade que nós estamos vivendo agora? E nós somos vítimas dessa dessas políticas. Somos vítimas desses governantes e vivemos essa realidade. E o projeto que nós estamos apresentando é
Pro país, pro Brasil arranca dessa realidade e vai tirar exatamente dos ricos, dos banqueiros, dos grandes empresários, dos grandes latifundiários, dos grandes industriais, dos grandes comerciantes
Enquanto vai isentar o micro e o pequeno empresário e garantir por exemplo o emprego pra classe trabalhadora eh tirá-los da fome. Então essas medidas você tem que dizer concretamente de onde você vai tirar e como você vai fazer isso. E não é possível fazer isso sem confrontar-se.
Contar essa burguesia e só isso nós apresentamos em nenhuma outra candidatura a mais. E como foi a escolha do seu nome dentro do partido? Outros foram negociados? Não. Dentro do PSTU os militantes do PSTU eh confiaram a minha tarefa. Exatamente porque
Primeiro porque eu sou militante desse partido eh há muitos anos. Eh estive na na nas eleições eh de dois mil e dezoito. E os companheiros do meu partido assim como aqueles que são eh simpatizantes e da militância do dia a dia confiaram a mim a essa atribuição
E eu pretendo eh cumprir com eh cumprir da melhor forma possível porque como disse a vocês estou falando da realidade das mulheres negras que é maioria nesse país.
que é a vítima tanto do machismo quanto da do racismo é eu sou uma nordestina que é uma da uma das regiões mais palperizadas desse país não é porque não tem a riqueza é por conta da forma como aquela região é explorada
E sou e venho de um setor operário, sou mãe, quer dizer, eu, eu, eu sou parte integrante desse setor da classe trabalhadora e que posso falar por é por experiência, digamos assim, de causa.
e e ao mesmo tempo eh pelo fato de que durante muitos anos sou parte dessa mesma batalha por melhores condições de vida mas também pra livrar toda a classe trabalhadora do da exploração e da opressão que o partido me confiou essa tarefa e eu espero de fato poder correspondê-la. E o PS
Eu já escolheu o vice pra sua chapa? Não, nós estamos na verdade
desde outubro do ano passado Gabriela que nós estamos eh eh construindo um polo socialista e revolucionário. Esse polo ele é ele é constituído de militantes de várias organizações eh do movimento sindical, do movimento popular, do movimento estudantil, de indígenas, quilombolas
e de organizações políticas dentro dele nós temos por exemplo algumas correntes do PSOL que descontente com com o percurso né? Concurso do seu partido tem discutido
conosco a exemplo da da corrente de plenínio que todos vocês conhecem pleninho de Arruda Sampaio Júnior assim como Babá que é da CST são como Dirlei lá no Rio de Janeiro como no em Minas Gerais como Marinalva no Rio de Janeiro como Rejane no Rio Grande do Sul é
várias companheiras que que estão conosco e companheiros que debatem conosco esse polo. Então nós queremos que nós esperamos sinceramente e estamos discutindo com os companheiros, com os camaradas nesse nesse polo a possibilidade dessa candidatura não ser somente do PSTU. O PSDU apresentou o meu nome mas a o
o nosso intento é que seja uma candidatura do polo socialista e revolucionário e que o vice seja integrante desse polo discutido com os companheiros desse polo socialista que nós estamos constituindo aqui no Brasil. Até o momento então não há nenhum nome ventilado. Não, ainda não.
Agora não estamos discutindo espero que a gente
tem esse nome pra apresentar brevemente. E quem ficará responsável pela comunicação da sua campanha e pelo seu programa de governo? O nosso programa de governo na verdade ele já está porque no nosso partido a gente faz assim. Primeiro a gente debate todo o programa e o programa ele não é debati
Eh pela direção somente do PSTU. Esse programa ele é construído com com todos os os militantes do PSTU com os ativistas que estão conosco no dia a dia nas batalhas do movimento sindical, do movimento popular, do movimento estudantil, do movimento por terra.
Por por moradia então esse programa ele ele ele é extraído daí.
Ao mesmo tempo ele já está pronto. Vocês podem inclusive acessar através do site do PSTU. Está lá disponível. Está disponível na plataforma também do próprio polo socialista e revolucionário que nós também colocamos à disposição dos companheiros. E está disponível inclusive em forma de cartilha pro país inteiro.
Junto com isso nós temos uma equipe que é a é uma equipe tanto política como de comunicação o companheiro diretamente responsável é Roberto Aguiar um companheiro de grandes batalhas um companheiro de luta que também é jornalista
Mas tem toda uma equipe que cuida da da da agenda, que cuida eh das entrevistas, que cuida de tudo isso eh é toda uma equipe eu não faço um trabalho sozinha não. E se eleita qual será o foco de atuação do seu governo?
A uma das primeiras coisas que nós precisamos fazer uma vez eleita é
primeiro construir estimular e e e e potencializar a organização dos conselhos populares. Esses conselhos populares vão discutir todo o planejamento, toda a ação, controlar o governo, debater sobre o governo. Tudo e e o e os próprios projetos que já estão postos aí como é que
Eram conduzidas. E imediatamente a anulação de todas as reformas trabalhista e previdenciária. E não é a última reforma trabalhista nem é a última reforma previdenciária. São todas elas que foram feitas ao longo dos governos. Tanto a previdenciária que tem a primeira reforma no governo de de Bolsonaro
Passando por Lula e até e até agora eh eh Temer ou
Bolsonaro e as reformas trabalhistas que vem desde o governo Dilma até o governo de Temer. Então todas as reformas mas isso não é o bastante. Nós precisamos eh suspender imediatamente o pagamento da dívida pública porque nós precisamos ter de imediato dinheiro pra assegurar por exemplo que
e seja dobrado o salário do país mas também seja assegurado um auxílio emergencial e é emergencial mesmo porque tem que ter um prazo pra isso pra todo o povo pra toda classe trabalhadora desempregada enquanto vai se desenvolvendo todo o projeto que esses trabalhadores sejam alocados
No mercado de trabalho junto com isso uma redução da jornada de trabalho que não pode ser superior a trinta horas semanais porque é inaceitável que em meio alta tecnologia nós tenhamos jornadas extenuantes como temos agora principalmente depois da nova reforma trabalhista.
Na sua avaliação quais são os principais desafios para viabilizar a sua pré-candidatura? A minha pré-candidatura
Já está viabilizada. Já teve lançamento. A minha candidatura o maior desafio que ela pode enfrentar caso ela se confirme é o desafio de você disputar umas eleições em condições completamente desiguais.
Não só pelo fato de você ser mulher, negra e da classe trabalhadora, de você ser assalariada como todo mundo. Mas porque a própria legislação eh eleitoral ela é muito pouco democrática, pouquíssimo democrática, né? Muito estreita.
Eh e ao mesmo tempo uma eleição controlada pelo poder econômico.
Então o desafio vai ser a gente num país de dimensões continental nos fazer ouvir e ver pela pela multidão que é a classe trabalhadora, empregada e desempregada desse país e que ela tenha acesso ao nosso programa. Então nossa eh nosso grande desafio vai ser esse, chegar a toda classe trabalhadora, chegar
Todos os cantos do país pra isso que nós vamos apelar bastante as redes sociais mas você sabe também Gabriela que mesmo nas redes sociais nós temos que ter dinheiro pra isso e dinheiro não é coisa fácil de trabalhador ganhar num partido como o nosso então é muito difícil
E e ao mesmo tempo ter essas atividades tanto virtual quanto quanto quanto eh presencial então vai ser uma campanha híbrida em todos os sentidos pra que a gente possa chegar longe o mais
É o mais longe possível. Pra isso que nós vamos apelar de todas as formas que entrem nas nossas redes sociais, que acessem os nossos materiais.
que paguem o programa, que discutam o programa, que tirem dúvidas, que conversem conosco, que a gente converse sobre esse projeto porque ele diz respeito às nossas vidas. Não diz respeito, por exemplo, aos interesses dos bancos, dos donos dos bancos, dos grandes empresários, nem das multinacionais.
Desrespeito a classe trabalhadora do campo, da cidade, jovens desempregados, idosos, mulheres, LGBTs, negros e negras e nós precisamos nos salvar das garras do sistema capitalista. Pra isso nós precisamos ter um governo nosso controlado por nós. Nós estamos vivendo momentos muito difíceis. Né?
Então nós precisamos realmente nos salvar porque o agente cria as condições pra suplantar o próprio sistema capitalista
Criando as condições pra isso através da organização dos conselhos populares um programa como esse
só é possível ser aplicado com a classe trabalhadora eh eh mobilizada, organizada e em luta porque nós precisamos mudanças profundas nesse país e transpor e criar as condições pra transpor o próprio sistema capitalista ou nós seguimos a barbárie que nós estamos vivendo vários eh vários momentos
Vários episódios já agora. E esse sistema não tem nada pra nos oferecer. Qual é a importância do PSTU lançar uma candidatura própria nas eleições presidenciais? Então eh o mais importante é a gente apresentar um um
Um projeto e um programa pra esse país que seja de fato de esquerda que seja de fato socialista porque uma candidatura como o Lula não apresenta nem a esquerda muito menos socialista e revolucionária. Né? Então eh nós queremos que essa candidatura seja eh expresse
Esse polo e ao mesmo tempo um estímulo pra organização e a ação da própria classe trabalhadora em torno desse projeto que mude de fato as nossas vidas. Nós precisamos resolver o problema da fome. Nós precisamos resolver o problema do desemprego.
Nós precisamos resolver o problema da moradia, das enchentes. Nós precisamos resolver o problema do meio ambiente. Isso é incompatível com os interesses capitalistas. Então, é uma candidatura como essa ela é extremamente
Porque além dela arrancar dessa realidade ela apresenta uma saída pra essa mesma realidade e em base as necessidades dessa classe não eh em base aos acordos que são feitos das cúpulas nos corredores dos entre empresários e e aqueles que são candidatos com
Com campanhas irrigadas pelos bancos por por grandes empresários que depois vão cobrar sua fatura e consequentemente a classe trabalhadora é deixada de lado.
Também não podemos ter nenhum tipo de política que seja que não tenha nenhuma resistência que venha no primeiro vendaval eh no ou seja na primeira ventania de uma crise capitalista tudo se perde como foram os empregos criados no governo Lula que se porque a maioria era terceirizado.
Então nós precisamos por fim a terceirização incorporando os terceirizados e quarteirizados como efetivos e isso é perfeitamente possível. Nós precisamos
Salvar a juventude negra que está sendo exterminada nas periferias da nós precisamos anular, revogar imediatamente a lei antidrogas nesse país.
Pra salvar a juventude e ao mesmo tempo dota-los de futuro que hoje está comprometido pela pela própria realidade que está imposta pra garantir os interesses de de não chegar a quatrocentas pessoas quem de fato lucra nesse país. Não pode ser que milhões de pessoas
Tenham a sua vida eh tenha sua vida perdida sua vida sofrida por causa dos privilégios desse punhado de gente. Então uma candidatura como essa tem muita importância. Né? Por exemplo nós precisamos acabar com a inflação.
Isso é impossível sem discutir por exemplo a reestatização da Petrobras e acabar com a paridade de preços internacionais.
Então isso não dá ao mesmo tempo os bancos precisam ser estatizados e controlados pra que a gente possa ter recursos pra investir no próprio desenvolvimento do país nas necessidades do país que agora está voltando somente a a condição de produtor de de produto
Pra exportação de produtos primários ou pouco é pouco industrializado como comida eh alimentos e minérios. Segundo última pesquisa eleitoral do poder data Lula tem quarenta por cento das intenções de voto. E Bolsonaro trinta por cento.
Na sua avaliação é possível tentar uma candidatura fora da polarização entre Lula e Bolsonaro? É necessária.
não só é possível é necessária nós não podemos deixar a classe trabalhadora brasileira os mais pobres e desvalidos desse desse país os negros, as mulheres mais empobrecidas que hoje estão perdendo seus filhos, que tem seu suas poucas coisas levadas pelas enchentes que estão desempregadas eh
Nas mãos ou de Lula com Alckmin ou de ou de Bolsonaro e Braga Neto. Não pode ser que essa seja esse sejam os únicos caminhos que a nossa classe precisa trilhar.
Nós temos o dever e temos a necessidade enquanto classe trabalhadora também de apresentarmos pra todos nós uma saída que leva em consideração essa nossa vida e que apresente a necessidade que a classe tem de ter um governo que de fato seja seu. E um governo da classe trabalhadora como será um governo nosso ele só
Pode se traduzir num governo de fato dos trabalhadores brasileiros se os trabalhadores brasileiros eh controlarem esse governo.
esse governo não vai ser possível ser controlado se for Lula ou se for Bolsonaro ou se for eh Ciro ou se for ou se for Moro. Esse governo será controlado se for um governo nosso porque é parte do nosso da nossa plataforma de governo é parte do nosso princípio. Enquanto organização e enquanto
Enquanto partido, enquanto candidata. E o PSTU se considera terceira via? Olha, a terceira via nessa dentro dessa dessa disputa entre os dois. Eh
Como como via se você for levar eh ao pé da letra nós seríamos a segunda porque uma é de manter o sistema capitalista seja com a sua cara feia ou maquiada
e nós estamos dizendo que precisamos ter um projeto que arranque dessa realidade aqui mas que suplante o próprio sistema capitalista. Então ao fim e ao cabo existem duas duas vias possíveis que a classe trabalhadora está chamada a trilhar. Na sua avaliação Lula e Bolsonaro são a mesma
Coisa? Não, eles não são a mesma coisa.
eh Lula não defende o fechamento do regime ele não ele não ele não defende que tem um governo controlado por militares e ele seja seu ditador isso ele não defende nisso ele é diferente de Bolsonaro diferente de Bolsonaro ele não alardeia que é defenso
Do racismo, do machismo, da fobia, nem da xenofobia. Não há não alardeia isso. Na prática termina eh eh fazendo isso com o governo porque as políticas implementadas eh por exemplo a alheia de drogas
Eh
Que eh penalizou a juventude, levou milhares ao ao ao encarceramento que levou as UPPs pra pra pras pra os morros do Rio de Janeiro levou a morte ao encarceramento em massa dessa mesma juventude negra. Ao faltar em políticas pras mulheres
condições de trabalho você penaliza essas mesmas mulheres porque a aprovação da Lei Maria da Penha é muito importante mas se você não destina recursos e condições ela vira letra morta. Então na prática termina sendo mais ou menos igual mas não é igual. Eles são diferentes né? Eh agora por exemplo quão bom
Bolsonaro ele vai seguir pagando regiamente a dívida pública aos bancos com o Bolsonaro ele representa e e corresponde aos interesses de uma parcela da grande burguesia nacional e internacional na sua candidatura. E como e certamente ele não vai
Anular as reformas nem trabalhista nem previdenciária. Ele não vai reestatizar e nem estatizar a as empresas que foram privadas. Nem mesmo a Petrobras. Não vai
Eh anular a a lei de de encarceramento nem vai anular a lei antiterrorismo. Então não vai isso porque porque foram eles que criaram. Então eh
Nesse sentido eles são diferentes. Nós costumamos dizer assim que Bolsonaro é a cara dos capitalistas sem maquiagem.
E que Lula representa essa mesma burguesia eh de forma muito mais diplomática, muito mais sútil, muito mais com uma cara mais bonita, maquiada. Eh mas os dois representam os setores da burguesia
e e essa mesma burguesia responsável pela morte, é responsável pela fome, pelo desemprego, eh pela falta de terra, de moradia, de saneamento básico e todos os interesses capitalistas foram assegurados no governo Lula, foram assegurados no governo Bolsonaro, assim como foram assegurados no governo Dilma, no governo
Temer nos governos do PSDB a com quem ele está abraçado agora. Então eh não pode eh são diferentes mas representam eh frações da burguesia que é responsável por essa desgraça. E na sua análise os trabalhadores estão com Lula?
Sim a maioria apresenta-se com ele até porque eh basta Lula dar um espirro que ele aparece em tudo quanto é veículo de comunicação de massa. Assim como Bolsonaro que é presidente do Brasil basta espirrar também. As pessoas não andam bem do PSTU.
As pessoas que conhecem o PSTU conhecem da porta da fábrica, conhece das ocupações, conhece do movimento estudantil, mas não tem essa dimensão continental como tem os outros, nós não temos
Os mesmos holofotes eh virados pra nós como tem neles. Então certamente a classe trabalhadora é hoje pelas pesquisas dadas eu não posso negar que elas estejam. Uma parcela está com Lula outra parcela está com Bolsonaro. Agora veja a classe trabalhadora não quer passar fome.
Ela não é não podemos dizer que a classe trabalhadora ela é ela ela ela seja eh
Como é que diz? Masoquista, né? Gosta de que tem gente que diz assim, ah é porque gosta de sofrer. É responsável, não é, ela é vítima, ela é vítima, ela é vítima de várias políticas. Ela é enganada constantemente. Muito da revolta que às vezes se expressa naqueles que não vão eh votar ou que vota
Nenhum pra pra pra punir o outro é expressão dessa mesma revolta. Mas nenhum trabalhador quer ficar desempregado.
Ninguém gosta de passar fome. Ninguém é pobre por escolha. Essa é uma condição social que nos é imposta pelo estado que a que garante isso, ou seja, os seus governantes em todas as instituições do estado. Desde a desde os vereadores até o presidente da república, o senado
e e o Congresso Nacional seja, né? Que o executivo o o e o parlamento assim como o judiciário. Então nós estamos reféns disso e por outro lado esse mesmo estado eh assegura os interesses dos grandes empresários. Não são nem dos pequenos. São principalmente dos grandes.
e das multinacionais né? O o Brasil vive eh vive lambendo as botas do imperialismo norte-americano que agora inclusive está sendo no mundo no mundo
está sendo reconduzido a uma simpatia por conta dessa da da ocupação da Ucrânia por Putin que é uma coisa absurda porque nós queremos que Putz seja seja derrotado nessa guerra nós estamos ao lado do povo ucraniano agora nós não temos como salvação do mundo ao contrário o imperialismo norte-americano
Precisamos destruir esse império assim como precisamos destruir a OTAM da mesma forma que nós eh estamos pela derrota de PUT e estamos na defesa do povo ucraniano sem nenhuma sem nenhuma eh eh confiança e nenhum e nenhuma defesa do governo
Que também expressa interesses da grande burguesia. Mas você veja o nosso país eh eh dominado por esse mesmo imperialismo e é serviu e faz isso com prazer porque tem a sua se satisfaz com a parte que fica com ela porque a grande burguesia daqui é muito rica.
Mesmo que o povo seja pobre. Junto com a senhora, senadora Simone Tebet do MDB é a segunda mulher pré-candidata às eleições de dois mil e vinte e dois. Como a senhora analisa o número feminino para o pleito?
Olha, o número feminino ele ele expressa o próprio machismo existente na sociedade. Porque as mulheres por conta desse machismo é atribuída a ela tarefas de caráter privado e a e a e a atividade política ela é em essência uma atividade pública. Eh agora
E o fato de ter mulheres disputando as eleições é muito importante. Agora eu tenho muita diferença com o Tebet. Muita diferença. Eu represento um setor da classe trabalhadora que é a classe dela esmaga e explora. E oprime.
Então mesmo que sejamos eh vítimas do mesmo machismo da sociedade mesmo esse pra ela se apresenta de uma forma diferente da forma que se apresenta pra mim e pra outras mulheres da minha classe.
Porque pra mim o machismo se traduz eh na precarização do trabalho, nos menores salários, na pobreza dos bairros, na vida sofrida da falta de creches
Pra crianças, pra pra os nossos filhos, pra pra minha neta, pra minhas a vida inteira é assim na na degradação das escolas públicas, no ensino eh na saúde pública, no transporte público, eh pra ela
Ela vive da dessa ela não vive essa realidade. Por mais que ela seja vítima do machismo se ela tiver
Eh eh ela não passa por esses perrengues que é o próprio machismo impõe na sociedade capitalista uma intensificação sobre a exploração das mulheres trabalhadoras. E quando ela é negra essa essa combinação é bombástica.
Como a senhora analisa que é possível ter mais mulheres presentes na política? Bom, nós precisamos primeiro
eh lutar contra o machismo. Denunciar o machismo, lutar por melhores condições da própria mulher nessa sociedade. Nós precisamos lutar por creche, por trabalho, por igualdade salarial, por moradia. Eh nós precisamos eh lutar pela legalização do aborto. Nós não podemos deixar que
Nosso corpo seja controlado pelo estado e pelos homens
por um congresso e por governos corruptos e machistas desse país nós precisamos garantir a o direito à maternidade que esse direito seja assegurado em condições da gente ter os nossos filhos quando nós quisermos ter os nossos filhos coisa que é negada e da mesma forma que é uma hipocri
A criminalização do aborto porque só quem morre fica com sequelas são as mulheres pobres
As mulheres ricas podem fazer isso a qualquer momento e em clínicas e hospitais cinco estrelas então nós precisamos lutar muito nesse país e isso se isso significa dizer que não é que as mulheres não lutam as mulheres lutam muito tanto é que a vanguarda de várias lutas no Brasil
E no mundo né? Inclusive foi tem sido vanguarda nas lutas contra Bolsonaro antes dele ganhar a própria eleição. Mas você estava naquela manifestação. Eu era candidata a presidente do Brasil. E eu não pude falar nas na no ato. Porque eu era de um partido
e eu era a única mulher que era candidata naquela naquela manifestação eh mas as burocracias e os partidos de esquerda eh não permitia que se falasse porque isso se colocava em cheque eh a própria ou dava visibilidade a uma candidatura que não correspondia aos outros
Que eram homens e que também tinha mulheres mas que eram homens e que não eh eh e que isso poderia dar dar visibilidade a a minha candidatura. Eu fiquei na manifestação até o fim. Pra você ver que nós somos tolhidos de todas as formas de levar
A o nosso pensamento em todo lugar. E qual manifestação foi essa? Eu acho que foi essa essa manifestação foi em setembro de dois mil e dezoito. Nós estávamos em plena campanha eleitoral no país e por causa das da
Das eh das manifestações machistas de de Bolsonaro durante a campanha né? A a conduta dele as mulheres saíram às ruas no país inteiro gritando ele não. Eu estava na manifestação em que aqui em São Paulo e eu fui impedida de falar no carro de som.
E não é porque eu sou militante de ocasião. Eu sou militante há mais de trinta anos. Pra você ver que tanto a direita quanto os setores da esquerda também que divergem conosco não querem
Eh levar muito longe essas ideias porque isso denuncia inclusive os acordos políticos que são feitos nessas eleições.
A exemplo por exemplo do PSOL que agora está também indo de malas e bagagens direto pra candidatura Lula sem sequer apresentar uma candidatura ao governo do eh ao à presidência do país. Em dois mil e dezoito o PSTU não fez coligação para a disputa presidencial.
As alianças nas eleições estaduais também foram descartadas. O que mudou de lá pra cá? De lá pra cá o que mudou eh que nós estamos apresentando uma candidatura
novamente uma pré-candidatura e estamos chamando pra que ela seja também parte da candidatura do Pólo. Isso não muda. O programa é exatamente o mesmo, as candidaturas são o mesmo só que diante dessa realidade onde nós temos uma polarização entre a ultra direita e a direita tradicional travestida com uma
da esquerda se apresentando nessas eleições nós fizemos um chamado à construção de um polo socialista e revolucionário que apresentasse um programa de fato de esquerda que de fato conduz a classe trabalhadora a organização e transpor o próprio sistema capitalista coisa que
Nenhuma dessas candidaturas vão fazer então é em essência nós não mudamos absolutamente nada porque na verdade o que se comprova eleição após eleição
É que todas as candidaturas, todos os governos seja da ultradireita passando pela direita e até de esquerda não resolveram o problema da classe trabalhadora brasileira. E nós continuamos aqui
dizendo pra ela olha nós precisamos desse programa e desse projeto por essa razão é que nós estamos inclusive agora já eh difundindo esse eh esse programa já colocando pra que todo mundo tenha acesso, que faça os debates dizendo pra todo mundo que que converse com ele
Sobre ele porque se a gente segue nessa nesse curso eh a nossa a a vida que nós vivemos hoje que já é dramática ela vai piorar porque o sistema capitalista não reserva nada pra nós além da barbárie.
Sobre dois mil e vinte e dois Vera o PSTU negocia alianças com outros partidos por meio de federação partidária? Não.
não, nós não estamos negociando federação partidária, nós não estamos fazendo esse tipo de discussão entre nós, nós estamos construindo polo, estamos apresentando essa essa candidatura eh estamos eh discutindo com os trabalhadores aqui no país inteiro, depois do do
Do lançamento da pré-candidatura nós já vinhamos conversando ontem e vamos é intensificar isso agora mas nós não estamos discutindo federação eh de partidos entre nós não. Pré-candidata o PSTU já fez críticas ao PT e ao PSOL.
Afirmando que as siglas querem se atrelar à burguesia. Como a senhora analisa a atuação dos partidos para dois mil e vinte e dois? Então, exatamente. Esse atrelamento ainda maior dessa esquerda a própria burguesia brasileira e internacional. Tanto é assim que eh
Todo mundo conhece Alckmin. Lula teve a pachorra de dizer que Alckmin gostava de pobre. Alckmin foi responsável pela pela desocupação do pinheirinho com uma polícia com a sua polícia de numa madrugada de domingo.
Eh tirou um um bairro inteiro pra garantir a posse de Nas Narras um um empresário eh corrupto que todo mundo sabe um bandido e aquele aquele terreno que era um bairro está hoje desocupado.
Alckmin foi responsável pela repressão de estudantes aqui. A juventude e os meninos da da do ensino fundamental ocuparam as escolas em São Paulo por conta da repressão da polícia. Se Alckmin gosta de pobre, imagine se ela odiasse.
Né? Então é com esse tipo de gente que que Lula está abraçado pra cima e pra baixo
E também segue eh aderindo a isso o próprio PSOL.
Tanto é que bolos tanto retirou não vai ser candidato a presidente do Brasil e agora declarou que não vai concorrer ao estado de São Paulo. Ou seja deixar a avenida aberta pra que esse setor e tudo isso em nome de tirar Bolsonaro nós também queremos tirar Bolsonaro.
Aliás nós queríamos ter tirado Bolsonaro ano passado. Nas manifestações do ano passado. Será que aquelas manifestações não tivessem sido controladas?
Pelas durações pra garantir a pra canalizar, garantir o desgaste do governo mas canalizar as insatisfações pra o ano agora de dois mil e vinte e dois nas eleições? Se esse governo já tivesse caído a classe trabalhadora hoje estaria em melhores condições pra escolher o seu governo. Entendem?
E agora em nome de tirar Bolsonaro eh você justifica tudo. O problema é tirar Bolsonaro nós também queremos. O problema é que quem tirar o governo que tirar Bolsonaro vai governar por cinco anos. Vai governar como e pra quem? Lula abraçado com com
com Alckmin e Renan Temer né que são responsáveis por toda essa desgraça também que nós estamos vivendo e o próprio Kassab que também é aliado de de Bolsonaro aliado durante todo esse período
Eh e com os setores da burguesia de bancos não vai atender os interesses da classe trabalhadora. Pode ser mais diplomático mas a política não vai ser muito diferente da política econômica aplicada por Guedes até agora.
Pré-candidata então a aliança do ex-presidente Lula agora pré-candidato com Geraldo Alckmin seria um tiro no pé? Da classe trabalhadora né? Porque certamente dele e daqueles com quem ele vai governar não.
Mas pra classe trabalhadora sim principalmente porque cria-se a ilusão de que vai se solucionar os problemas que nós estamos vivendo hoje. Acontece que o PT governou por mais de treze anos esse país. Se o PT era tão bom
Governo, esse país por mais de uma década. Por que deixa como um saldo pra classe trabalhadora um governo do tipo Bolsonaro? Isso é uma coisa a se perguntada.
Né? E nós queremos apresentar um programa que responda essa realidade. Por isso tem que ser uma uma candidatura independente. O governo precisa ser independente
Nós precisamos e ser classista e ser e dizer isso abertamente. Nós estamos aqui pra defender a classe trabalhadora, ter um governo controlado pela classe trabalhadora porque nós vamos fazer uma luta política com os grandes capitalistas porque nós precisamos tirar dele todo o dinheiro que é necessário
Pra atender as necessidades dessa classe que produz a riqueza e até hoje fica sem nada. Entende? E isso é uma necessidade. E o que a senhora mudaria no governo que foi introduzido ou criado pela gestão de Bolsonaro? Bom, primeiro que é a classe trabalhadora que vai governar.
Junto, né? Porque se o governo é controlado, quem governa é a classe trabalhadora. Então vai ser assentado na na classe trabalhadora organizada nas escolas, nos locais de trabalho.
nos bairros, nos sindicatos, nas associações, nos movimentos, na nas organizações indígenas, quilombolas, eh dos aposentados, eh das organizações e associações de de pessoas com com dificuldade motora, eh com com deficiência com
Tipo de de deficiência então com toda deficiência então é um governo assentado na classe trabalhadora
Com um projeto pra responder a essas necessidades da classe trabalhadora colocando os recursos disponíveis no país e desenvolvendo o próprio país a serviço de atender as necessidades dessa classe que é produtora da própria riqueza
E com isso criando as condições pra transpor o próprio sistema capitalista aqui no Brasil e na América Latina. Por exemplo, nós precisamos resolver o problema da fome. O problema da fome só pode ser solucionado com as pessoas tendo imediatamente dinheiro pra comprar comida.
a outra medida imediata é você estatizar o agronegócio, a indústria de alimentos desse país colocá-la à disposição e sob o controle dos operários da agroindústria e da indústria de alimentos que junto com a população vai discutir o plano de de de produção e de
desses mesmos alimentos. E que nada vai sair desse país. Nenhum grão de arroz, nenhum pedaço de carne. Antes que todo o povo tenha comida pra comer. Depois disso nós vamos alimentar os nossos irmãos aqui na América Latina que como nós precisa de alimentos. E tem condição do Brasil fazer isso.
Mas só é possível fazer isso com um governo como o nosso. Desatrelado dos interesses dos grandes capitalistas
Tanto nacional quanto internacional. Não pode ser com a Cosan, não pode ser com a mão santa, não pode ser com esse povo. É que nós vamos resolver o problema da fome. Porque o problema da fome no Brasil não é falta de alimentos. O Brasil é o quarto produtor de grãos. É o segundo maior exportador de carne de frango.
Então eh eh tem mais boi e frango do que gente. Tem eh ah leite pra criançada tomar banho. Mas as crianças estão com fome e a classe trabalhadora passa fome.
Além disso, nós temos que baixar os preços do do dos alimentos, tem que acabar com a eucaristia, então tem que investir a a Petrobras tem que ser cem por cento estatal, tem que investir em refinarias, tem a a tem que reestatizar a indústria de fertilizantes, tem que acabar com os agrotóxicos, ou seja, um, um, um, um plano como
projeto como esse ele só pode se assentar na classe trabalhadora mobilizada porque é um projeto eh que reestrutura o o país mas com sob outra ótica com outro viés tem um outro critério. O critério é a satisfação das necessidades humanas de quem precisa comer, morar e
Trabalhar. Coisa que é o oposto que vivemos hoje. E o que a senhora mudaria no que foi colocado nas gestões anteriores? Tudo. Absolutamente tudo.
Primeiro que democracia né? Que é democracia é coisa que se fala muito se alardeia bastante que é outra coisa que estão fazendo tudo em nome da democracia mas pra pobre e negro democracia é coisa que não existe né? Então as poucas liberdades democráticas que existe nós vamos ampliar
Por exemplo, o direito à autodefesa. Então as pessoas vão poder conversar nos bairros pobres das cidades porque elas vão discutir a autodefesa. De forma estratégica.
Nós queremos inclusive discutir isso com uma polícia única. Uma polícia única que ela inclusive que tem os seus comandantes eleitos pelos próprios soldados. Mas o planejamento da segurança será juntamente com a própria população. Porque ela tem o direito de se defender da violência que hoje
O estado tem um monopólio do encarceramento tanto da do encarceramento da morte, da tortura e isso nós só podemos fazer com a classe trabalhadora organizada e discutindo a sua própria segurança. A outra coisa que nós vamos mudar é
Totalmente aqui por exemplo a educação pública ela vai ser discutida com toda a comunidade escolar que já é feita hoje mas não é aplicada assim. Porque tanto o ministério tudo isso é é é é é definido pelo próprio executivo.
Ele disse vamos ser todos eleitos pela classe trabalhadora. Do mesmo jeito que por exemplo a saúde pública que agora o SUS né? Apesar dos governos ele continua existindo. E é uma conquista da classe trabalhadora organizada brasileira. Nós precisamos assegurar
que o SUS seja de fato o serviço eh único de saúde que tenha um atendimento eh universal aqui no Brasil e pra isso nós precisamos dotá-los tanto de recursos e aí o não pagamento da dívida pública é pra garantir também isso imediatamente mas a incorporação de toda a rede priva
ao ao serviço público, ou seja, a estatização desse serviço e todo plano vai ser feita com toda a equipe de profissionais de saúde, investir tanto na na no na educação pra também investir na pesquisa, investir no desenvolvimento, no conhecimento, na ciência, no próprio país e tudo isso só pode
ser feito se você tiver a própria os próprios profissionais de saúde junto com a comunidade usuária pra fazer esse plano como foi construído o próprio SUS. Esse plano de governo é completamente oposto ao governo Bolsonaro. Oposto.
Vou postar qualquer não só Bolsonaro a qualquer outro governo já existente no Brasil. Agora um jogo rápido falarei sobre alguns temas e a senhora responde brevemente qual a sua percepção sobre o assunto e se é a favor ou contra.
A senhora é a favor ou contra uma flexibilização na lei que permite o aborto. Lembrando que hoje o aborto já é permitido apenas nas seguintes condições. Quando a gravidez é resultado de estupro, oferece risco à vida da mulher.
Em casos de anencefalia do feto. Ou seja, quando há mal formação de seu cérebro. Nós somos eu sou a favor da da legalização do aborto que a mulher tem o direito de decidir, tem o direito à maternidade quando ela quiser ter esse filho.
E as condições pra ela ter o filho. A senhora é a favor ou contra a legalização
do uso recreativo da maconha. Como está ocorrendo em vários países da Europa e também em vários estados dos Estados Unidos. Só é possível acabar com o tráfico de drogas legalizando as drogas. Proibir e nunca foi a forma de garantir que as pessoas não usem. Nós somos
Favor da legalização das drogas e de uma campanha educativa pra que as pessoas não usem drogas. Ao mesmo tempo os usuários sejam tratados não como criminosos mas como doentes. E pra isso tem que se investir no tratamento. A senhora é a favor ou contra
Cotas para minorias em universidades. Eu sou a favor das cotas eh não porque somos minoria, nós somos maioria. Mas somos a favor das cotas
Eh e que ela seja uma política paliativa porque o que nós queremos mesmo é que todas as pessoas tenham acesso a uma universidade aberta e ao ensino público gratuito e de qualidade. A senhora é a favor ou contra privatizar a Petrobras? Contra
nós defendemos não só a reestatização a anulação de todos os leilões da da Petrobras que ela volte a ser cem por cento estatal controlada pelos trabalhadores e a reestatização de todas as empresas que foram privatizadas no Brasil e controlada pelos respectivos trabalhadores dessas empresa
e mais a população usuária. A senhora é a favor ou contra então privatizar o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal? Nós somos a favor da estatização de todos os bancos.
todos pra que o governo possa ter o controle sobre as várias operações que até hoje é uma caixa de Pandora. Nós precisamos revelar o montante de recursos que circulam pelos bancos e nós precisamos acabar com o controle dos bancos sobre a vida da das estatais das empresas
Das pessoas e pra isso quem tem que ter o controle são os próprios bancários e o próprio governo.
a senhora é a favor ou contra as flexibilizações nas regras das leis trabalhistas. A CLT. Nós somos a favor da revogação de todas as reformas da eh toda revogação de todas as reformas trabalhistas imediatamente. Assim como da das
previdenciárias. A senhora é a favor ou contra a reforma administrativa. Que torna mais fácil a demissão de funcionários públicos. Nós somos a favor de uma somos contra a reforma administrativa. Qualquer reforma
que seja feito nesse país deve ser feito sob o comando da classe trabalhadora. A senhora então vai melhorar a vida da classe trabalhadora e não pra dificultar como querem o Congresso Nacional e os governos de plantão. A senhora então é a favor ou contra a reforma tributária? A reforma tributária ela só seria ela nós somos a favor
Que ela tache os ricos e isente de todos os pobres. Então até dez salários mínimos ninguém pagar imposto de renda e gradativamente até cinquenta por cento pros mais ricos. A senhora conhece o projeto de lei contra fake news em tramitação no Congresso? É a favor ou contra o projeto?
Lembrando que o projeto protege políticos impedindo que suas postagens sejam retiradas do ar. Por considerar que seus perfis publicam informações de interesse público.
Olha nós somos a favor que as pessoas falem a verdade. Nós somos aliás nós temos a verdade como princípio. Nós somos contra qualquer forma de de censura. Porque eh
Eh esse tipo de lei só favorece aqueles que querem de fato eh acabar com qualquer expressão de liberdade no país. Agora na sua avaliação o que precisa ser alterado na segurança pública?
A senhora é a favor ou contra o chamado excludente de ilicitude?
Na segurança pública nós defendemos a autodefesa da classe trabalhadora que ela se organize pra proteger as suas vidas nos bairros, nas fábricas, nas escolas, eh pra que nós possamos andar em segurança na rua ao mesmo tempo que defendemos eh que somos a favor de que toda polícia
Ela possa se organizar, ela possa eleger os seus comandantes e ela possa ser uma polícia única em eh organizada com a própria comunidade.
completamente oposta do que é hoje. E sobre o meio ambiente, como promover a preservação e ao mesmo tempo o desenvolvimento da Amazônia? Isso é possível? É perfeitamente possível. A primeira coisa que nós temos é que garantir
eh a vida dos povos na floresta. E que eles digam qual é a melhor forma pra o desenvolvimento e manutenção daquela terra. Porque eles vivem de lá. Nós nós dependemos da natureza e podemos utilizá-la a serviço e a favor da própria vida humana. Mas isso é incompatível com o capitalismo.
Então de imediatamente tem que punir todas as empresas todas sem exceção que degradarem o meio ambiente mas não só na Amazônia em todos os cantos do país.
Chega ao final esta edição do Poder Entrevista. Em nome do Jornal Digital Poder Trezentos e Sessenta eu agradeço a pré-candidata Vera Lúcia pela presença. Obrigada Gabriela. Agradeço também a todos os webspectadores que assistiram a este programa.
Esta entrevista foi gravada no estúdio do poder trezentos e sessenta em Brasília em vinte e três de março de dois mil e vinte e dois. Para ficar sempre bem informado inscreva-se no canal do poder trezentos e sessenta, ative as notificações e não perca nenhuma informação relevante. Muito obrigada e até a próxima.
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