Botão voltar Vera Lúcia em sabatina da rádio CBN
00:11:45

Olá, tudo bem com você? Eu sou Milton Jung, âncora da CBN e estou aqui para dar início à série de sabatinas promovidas pelo Globo Valor e CBN com os candidatos

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A presidente, sabatinas que são transmitidas pela rádio CBN e também pelos sites, redes sociais do Globo do Valor e da própria CBN. Nós convidamos para esta série os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa Datafolha.

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Ciro Gomes do PDT estará conosco na sexta-feira. Amanhã será a vez de Simone Tebet do MDB. Nossa convidada de hoje é Vera Lúcia do PSTU.

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Os candidatos Lula e Bolsonaro também foram convidados mas abriram mão desta oportunidade de levar até você o seu plano de governo e o que pensam para o desenvolvimento do Brasil. Todas as entrevistas se iniciam às dez e meia da manhã e vão até o meio-dia.

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Eu tenho ao meu lado para participar também desta sabatina a Andréa Gilbert que é repórter do jornal Valor Econômico, André. Bom dia pra você. Oi Milton, bom dia. E o Paulo Celso Pereira, que é editor executivo do jornal O Globo

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Paulo, bom dia pra você. Bom dia você, Milton. Um prazer estar aqui. E com isso a gente dá início a partir de agora esta sabatina com a candidata Vera Lúcia do PSTU a quem a gente agradece desde já.

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pela gentileza de ter aceitado o nosso convite candidata Vera Lúcia. Bom dia pra senhora. Bom dia Nilton, bom dia Andreia, bom dia Paulo. É um prazer imenso. E nós é que agradecemos a oportunidade de poder vir aqui, conversar um pouco e apresentar a todos os ouvintes e leitores dessa desses

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O nosso programa pro Brasil. A senhora está aqui presente nessa entrevista, nessa sabatina que a senhora teve um por cento das intenções de voto. Eu estava olhando ali os resultados do Datafolha, principalmente o Datafolha, mas o IPEC também é muito parecido. E a gente percebe o seguinte, isso é um por cento

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Parece pouco e é, mas seria suficiente talvez para o candidato Lula se vencer Jair Bolsonaro no primeiro turno que é o candidato que se posiciona mais a esquerda.

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Não seria o caso do seu partido se unir à candidatura de Lula em prol da derrota de Jair Bolsonaro? Que me parece ser o que tem unido aí a esquerda? Então Newton nós temos todo o acordo com todos aqueles que querem derrotar Bolsonaro. Nós queremos tirar Bolsonaro da presidência desse país.

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Por nós, né? Pela nossa intenção, por aquilo que nós lutamos desde o ano passado, ele já deveria ter caído.

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Inclusive se as manifestações não tivessem sido canalizadas pra desaguarem agora nas eleições apenas com o desgaste e isso de certa forma foi produzido principalmente por setores da esquerda essencialmente pelo pelo PT é bem provável que Bolsonaro já tivesse caído. E esse é o nosso ponto de unidade

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Mas derrotar Bolsonaro é uma tarefa. A outra tarefa é solucionar os problemas reais que nós vivemos nesse país. Como a fome

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o desemprego, a violência, a degradação da dos meios eh da da natureza e pra isso nós temos um programa que é completamente diferente de de Lula eh que cabe inclusive no seu programa de governo, no seu projeto um vice do tipo eh do tipo

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a minha vice é Raquel Tremembé que é uma indígena né? Do Maranhão que tem lutado esse os povos indígenas que tem lutado há mais de de quinhentos anos pra sobreviverem. E apesar dos governos dos sucessivos governos que se tiveram de lá até então desde que o

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depois o pé até aqui é a sua organização e a sua luta que ainda mantém alguns povos vivos. Então veja completamente distinto do que é a chapa Lula Alckmin. Então por essa razão quem fez isso foi o PSOL que abriu mão né? Juntamente com o PCdoB e até o PCO que abriram mão de apresentarem os seus próprio

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suas próprias candidaturas agora no primeiro turno né? E bom mas nós temos um programa que é completamente distinto e que não pode ser solucionado eh em aliança com a burguesia. Então essa é a tarefa central do nosso partido. Apresentar um projeto que responde a nós e o agrupamento porque o PSTU não está sozinho nessa

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Nós estamos juntos com o pólo socialista revolucionário. Paulo eh candidata o no programa do PSTU eh vocês são bastante críticos a a relação a desconexão entre os partidos estabelecidos e os jovens e trabalhadores. Isso é bastante ressaltado no programa.

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Eh no entanto o PSTU existe desde mil novicentus e noventa e quatro né? Eh por que que até hoje o PSTU não conseguiu eh por sua vez ser essa vocalizar os anseios dos jovens e dos trabalhadores de forma

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Eh de ampliar seu espaço no parlamento, de chegar ao parlamento de uma forma segura eh na política brasileira? Então nós existimos inclusive bem antes disso.

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nós fomos fundadores do PT, nós saímos do PT quando esse estava no auge né? No ápice do seu crescimento e em mil novecentos e noventa e dois quando já se discutia o fora Collor não a Collor eh nós foi nesse período que se houve a ruptura em noventa e quatro aqui o PSTU ele é ele é legalizado mas o PSD

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O o as nossas organizações que compuseram depois o PSTU existem de antes. Por uma simples razão nós queremos construir junto com a classe trabalhadora.

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Um programa que responda as nossas necessidades mas nós não fazemos qualquer negócio pra chegar no parlamento administrar. Nós já tivemos parlamentares. Né? Nós tivemos gradela, nós tivemos Ciro aqui do Rio de Janeiro. Nós tivemos vereadores, nós chegamos até

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Um prefeito lá em Timóteo em Minas Gerais. Nós já tivemos. A questão é nós não fazemos qualquer coisa pelo parlamento brasileiro nem pra administrar esse executivo. Nós queremos

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muito a administrar o país. Muito. Mas não é o PSTU em nome da classe trabalhadora. É a classe trabalhadora juntamente com o PSTU. E durante todo esse tempo nós temos discutido com a nossa classe, com a juventude esse projeto de sociedade que até hoje não foi eleito. OK. Agora uma coisa é fato

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Pode dizer que o PSDU já traiu a sua classe porque isso a gente não fez. André Gilberto.

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Candidata eh bom dia. Bom dia. Eh a senhora está lembrando que eh vocês do PSTU foram inclusive fundadores do PT. Sim. Estiveram com o PT até noventa e dois e em mil novecentos e noventa e quatro foi fundado o partido. No entanto eh desde

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Primeira vitória eh do presidente Lula. Em dois mil e dois o PT já governou o país por mais de treze anos e meio já elegeu governadores, já elegeu muitos prefeitos. Vocês eh eh tem alguma espécie de

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Vou usar a palavra autocrítica eh de que por que que a população eh responde ao PT ao programa do PT né? Elegendo todos esses representantes e não tem essa mesma proporção ao PSTU. Será que o programa do PT

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É de esquerda que sei lá de repente podemos chamar de centro esquerda atende mais os anseios do eleitor do que as propostas do PSTU? Bom eh primeiro que nós temos que levar em consideração a própria realidade que nós vivemos o PSTU ele é constituído somente de trabalhadores do dia a dia.

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O PT não é tão assim.

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e nós temos durante todos os dias que trabalharmos como qualquer outro trabalhador como vocês que passam o dia inteiro na redação. Nós estamos nas fábricas, nós estamos nas ocupações, nós estamos nas escolas, ou está desempregado procurando trabalho, ou está trabalhando no serviço público e nós atuamos continuamente onde

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Estão essas lutas e onde está esses setores da classe trabalhadora? Organizando os desempregados mas isso não significa dizer que no período eleitoral nós podemos apresentar como todos os outros candidatos as nossas propostas e e possamos ser vistos. Veja. Eu sou candidata a presidência da república desse país.

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Eu não vou estar em todos os debates. Eu não vou estar em todas as sabatinas. Eu não vou estar na grade da programação. Nem eu e nem os candidatos do PSTU. Isso dificulta absurdamente eh você fazer e ser visto num país que é de dimensão continental.

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Isso não tem a nada a ver com o programa, até porque se o PT respondesse as necessidades da classe trabalhadora depois de mais de treze anos governando esse país nós não teríamos como saldo um governo do tipo de Bolsonaro. Aí eu fico pensando aqui o seguinte, qual seria o caso de

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Se trabalhar com a ideia da federação que se a gente pensar por exemplo naqueles candidatos que estão concorrendo e que são mais a esquerda como a senhora, nós temos o PCB da Sofia Manzano, unidade popular, o Péricles, não seria o caso de formar uma federação com partidos que até se alinham um pouco mais em termos

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Eh do espectro político que que o PSTU atua a federação não ajudaria até na busca por exemplo pra combater todas as barreiras que existem na legislação? Veja Newton nós temos hoje no Brasil trinta e três milhões de pessoas que passam fome.

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Todas essas pessoas são pobres, são negras, são mulheres majoritariamente ou indígenas da classe trabalhadora. Nós temos somando os desempregados desalentados e aqueles que estão na informalidade segundo o ILAESI

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Noventa e dois milhões de pessoas que deveriam estar produzindo nesse país e não está. Está fora do mercado de trabalho.

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Quem está trabalhando hoje trabalha em condições degradantes. Muitos em condições não somente análogas à escravidão, mas em condição de escravidão também. Por jornadas extenuantes, com salários extremamente arrochados, sendo chantageado todos os dias pelo exército de desempregados que estão lá fora.

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e o medo de todo trabalhador é ficar desempregado agora você veja é possível a gente resolver o problema da fome

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O problema do desemprego, da revogação das reformas trabalhista previdenciária e do teto de gastos abraçado por exemplo com um partido como a rede que nesse mesmo partido você abriga um banqueiro e grandes empresários não.

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Porque foi pro atendimento dos interesses dos banqueiros e dos grandes empresários que essas reformas foram feitas e que condena

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As pessoas como eu, da minha classe social, apadecer do desemprego e da fome. Mas o PSTU não encontra ninguém mais próximo, mais alinhado com as suas ideias? Dentre os demais partidos? Olhe, nós estamos hoje disputando as eleições eh

00:23:23

O PSDU e o pólo socialista revolucionário que eu falei pra vocês agora a pouco. Esse polo ele é constituído de ativistas que estão organizados.

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no movimento sindical, no movimento popular, no movimento estudantil, os eh nas organizações do campo, da luta pela terra, com indígenas, com quilombolas, eh com com sem teto, ou seja, um um conjunto de trabalhadores que já estão organizados e que lutam, trabalhadores

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SOS emprego, ou seja, um conjunto e uma camada de trabalhadores que nesse país tem lutado bravamente pela sua sobrevivência, pelo direito, pelo por garantir moradia, pra garantir terra pra sua sobrevivência e é com esses que nós estamos fazendo essa unidade e apresentando esse projeto nessas eleições

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Porque o nosso projeto pra que ele possa ser implementado requer o conjunto da classe trabalhadora organizada e mobilizada pra fazer o acontecer. Nós não podemos fazer aplicar um projeto como o que nós temos de braços dados com aqueles que são responsáveis pela desgraça que nós já vivemos hoje.

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Eh candidata agora a senhora é crítica ao processo eleitoral ou modelo existente hoje no país eh no seu programa a senhora chega a falar que as eleições são terrenos sem saída é por que então participar delas? Porque nós somos um partido político

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Porque nós temos um projeto de sociedade e porque durante as eleições é o momento que todos os concorrentes apresentam o seu projeto de sociedade. Bolsonaro está apresentando o seu projeto que é de continuar eh

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É devastando a natureza, seguir com a sua política de fome, de desemprego e junto com isso ele ainda quer

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Se caso não vença a eleição pela via do voto ainda quer tentar seguir ganhando essa eh o mandato pelo grito contendo eh e se mantendo na condução do país inclusive com o regime militar que nós já vivenciamos aqui nesse país também.

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E Lula que também está apresentando o seu projeto está aí abraçado com algo que está com Alckmin, com Renan, com todos os setores inclusive que é do centrão, da direita e e inclusive setores da esquerda que são responsáveis também por essa realidade que nós já vivemos. Então

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As eleições todos eles estão apresentando um projeto, nós também temos. Nós estamos dizendo, ninguém pode dizer e se não nós que pra resolver o problema da fome, do desemprego

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Eh do saneamento básico, da moradia nós precisamos mexer com as fortunas

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Desde os lucros e as fortunas de trezentos e quinze bilionários desse país. Que são trezentos e quinze indivíduos que a fica com boa parte de toda riqueza que é produzida nesse país porque nós precisamos resolver o problema de milhões. Ninguém pode dizer a não ser nós do PSTU que nós precisamos estatizar sem maiores empresas desse país. Que nós

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Precisamos revogar as reformas trabalhista previdenciária. E que tudo isso tem que ser feito sob o comando, o controle dos trabalhadores que já trabalham nessas respectivas empresas. Ninguém pode dizer isso a não sermos nós. E é exatamente por isso que a gente participa das eleições pra apresentar o nosso projeto como qualquer outro partido.

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Eh eu estou estou entendendo que o ponto de vista da senhora agora só pegando carona um pouco, voltando um pouco na na pergunta do Milton sobre essa questão da federação. Eh me lembro salvo engano em dois mil e seis.

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O PSTU esteve junto com o PSOL na candidatura da Heloísa Helena. O PSTU desde que tem lançado eh eh candidato a presidente por exemplo a senhora está com um por cento das intenções de voto. Mas o PSTU não chega a alcançar esse um por cento no resultado.

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Com Heloísa Helena juntos com o PSOL vocês chegaram a treze por cento. Eh eu queria saber o que que aconteceu porque que vocês se distanciaram do PSOL se vocês estivessem unidos eh numa coligação que seja eh será que não seria mais bem sucedida? Esse discurso não teria mais visibilidade?

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Olhe, visibilidade a gente teria. O projeto não. Porque o como eu já lhe disse, o nosso projeto não pode estar junto onde tem um um banqueiro, os grandes empresários. Onde está a Heloísa Helena?

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Que naquele instante lá atrás estava conosco apresentando um projeto aqui pro país. Quem saiu não fomos nós. Quem saiu foi a Heloísa Helena pra rede. Entendeu? Então não fomos nós que nos distanciamos da classe.

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foram em nome da da eleição, em nome de garantir os seus mandatos né a sua participação ativa no parlamento. Inclusive o próprio PSOL é responsável porque votou na cláusula de barreira que dificulta partidos como nós de ter acesso aos veículos de comunicação nos períodos

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Nas eleições. Então veja tudo em nome do mal menor.

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Nós não trabalhamos com a questão do mal menor, porque o mal menor é o que todo mundo propaga. Por exemplo, são os governantes saberem que nesse país tem trinta e três milhões de pessoas passando fome e depois você vê Bolsonaro chegar no no Jornal Nacional numa sabatina ridícula onde ele apresenta e diz o seguinte, fazer propaganda de que

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Deu um auxílio emergencial de seiscentos reais até dezembro como se a fome a nossa fome as nossas necessidades tivessem um prazo de de validade e ela pudesse ser atendida

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Com seiscentos reais e mais do que isso é nós enquanto trabalhadores, enquanto desempregados você vê os meus parentes, os parentes dos meus vizinhos, dos meus companheiros terem que concorrer uns com os outros pra poder ter esses seiscentos reais pra poder se alimentar.

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Então você condicionar

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uma sociedade a viver desse jeito sacrificar dessa forma e ainda se achar no direito de fazer propaganda com isso é um absurdo que nós não podemos aceitar. E essa é a razão pela qual nós não vendemos o nosso projeto. Nós estamos aqui com a nossa classe. Ela está ela ela está fazendo várias experiências. Está fazendo já

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Fez com os governos da direita, fez com os governos da esquerda, fez com os governos da ultra direita, fez experiência com as ditaduras militares e nós estamos dizendo até agora os problemas da nossa classe não se resolveram. Porque isso é concreto, não se resolveram. E nós continuamos aqui dizendo olha o caminho que nós temos que seguir é esse.

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Tá. Agora candidato, a senhora falou que o PSTU não teve versa em torno de um mal menor. Mas eventualmente caso a senhora não chegue ao segundo turno. Eh vocês pretendem fazer uma opção por algo que vocês considerem algum mal menor na a primeira coisa que nós temos que levar em consideração

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é que nós estamos numa campanha ainda no primeiro turno que ela está se iniciando. Que nós temos um por cento. E olha que nós temos esse um por cento não é fácil. Porque Simone Tebet que tem uma máquina eleitoral em torno de si. Que está o tempo inteiro quando ela dá um espirro aparece na televisão.

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Né? Eh e é ligada ao agronegócio. E que foi eh aliada de Bolsonaro.

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Mas é de um grande partido, de uma máquina eleitoral. Ela também tem um por cento. Nós estamos tecnicamente empatadas. Então esse nosso um por cento é muito, muito, muito difícil. Então eh pra nós eh o mais importante agora é apresentar esse nosso projeto, explicar.

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porque é dessa forma que a gente pode fazer e resolver problemas que são nossos e não das outras formas que já foram experienciadas que solucionam porque não pode ser. Que com o mesmo projeto, com as mesmas formas, com com o que todo mundo governou até agora possa solucionar os problemas que nós estamos vivendo porque já está

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Dado na realidade que esses projetos estão todos fracassados. Todos fracassados. Absolutamente fracassados. E nós temos um outro pra apresentar. Então temos até o final da eleição pra apresentar esse nosso projeto. Caso

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Tenha um segundo turno aí no segundo turno se vocês nos chamarem aqui e perguntarem ao PSTU qual é a posição de vocês agora? E a gente vem aqui e diz. Vera Lúcia deixa eh eu pensar também junto com a senhora aqui agora sobre

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A estrutura nacional do seu partido, porque o PSU tá lançando candidatos em todos os estados. Quase todos. Quase todos os estados. E a ideia é a mesma

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Quer dizer, mesmo sabendo da falta de chances de uma vitória diante do que se enfrenta, etcétera e a senhora já escreveu em parte isso aqui pra nós dessas dificuldades e barreiras que existem. A ideia é exatamente essa, é marcar posição, usar a eleição como uma espécie de vitrine das ideias do PSTU?

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Nós disputamos as nossas ideias a todos os instantes. O problema é que durante as eleições nós ganhamos maior visibilidade mas nós estamos continuamente discutindo com os trabalhadores onde a gente trabalha, onde a gente vive, onde a gente mora. É esse projeto nas eleições isso ganha maior amplitude e nós queremos eleger.

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Nós queremos muito eleger. Pra nós era muito importante que a gente pudesse eleger um, dois, três, quatro parlamentares que pudéssemos eleger toda a bancada do PSTU. Isso ajudaria muito a luta da classe trabalhadora brasileira. E estamos fazendo isso com todo afinco em todos os estados. Caso a gente não consiga a gente vai

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Continuar fazendo porque a Vitória ela é relativa uma vitória eleitoral não significa dizer que a nossa classe é vitoriosa porque a vitória da nossa classe consiste em ter pleno emprego pra nós da gente da nossa classe é uma vitória pra nós é trabalhar.

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É poder trabalhar pra sobreviver. É poder ter comida em casa. É poder morar. É poder ter direito ao saneamento. É poder a gente sair pra trabalhar e os nossos filhos ficarem em segurança numa creche descendo. Então essa é a nossa vitória. Nenhuma vitória eleitoral

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Que não resolva isso pode pode ser considerar uma vitória de fato pra nós. Mas ela é uma vitória eleitoral, mas ela não é, não se traduz em vitória de fato. Ouvindo o que a senhora acabou de falar ah ah aí eu comecei a pensar um pouco diferente já então. Porque no início me dava a entender a senhora me passava a a ideia de que

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O projeto do PSTU só funcionaria se o PSTU assumisse o governo. Vencesse. Mas ter alguém no parlamento já ajudaria na visibilidade, já ajudaria no andamento de algumas pautas do PSTU?

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Ajudaria na organização porque pra todo projeto que nós temos pro Brasil né? Pra solucionar esses problemas que são palpáveis de nossa vida eh requer a classe trabalhadora organizada e mobilizada.

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Se você tem parlamentar do mesmo jeito que nós temos dirigentes sindicais e no movimento popular estudantil isso ajuda absurdamente. Porque a aplicação do nosso projeto requer o conjunto da classe trabalhadora organizada em todos os cantos. No movimento sindical, estudantil, popular, em conselhos populares, na igreja, nos campos de futebol

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Nos bares em todo canto pra poder aplicar esse nosso projeto. Então qualquer forma que a gente tenha pra organizar a classe trabalhadora pra aplicação desse projeto pra nós ele é fundamental. Porque é um pressuposto.

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Entende? Então nós trabalhamos com os pressupostos. O nosso pressuposto é a nossa classe organizada pra poder garantir o atendimento de necessidades que são nossas. Então se a gente eleger obviamente que vai ajudar.

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Agora candidata eh em termos de estratégia eleitoral vários partidos médios e e pequenos optaram nesse ano por colocar algumas das suas principais figuras como candidatos proporcionais. Uhum. A senhora foi candidata em dois mil e dezoito

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Eh o Cido Garcia foi candidato várias vezes, eu acho que são dois dos nomes mais conhecidos do PSTU e no entanto vocês optaram pela disputa majoritária. Por que que vocês não eh eh adotaram essa estratégia de colocar os nomes mais conhecidos do partido?

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Numa disputa proporcional em que você consiga eventualmente essa vaga pro parlamento que a senhora falou agora. Então olhe eh Paulo Paulo né? Paulo desculpe Paulo. Então eh quando nós formulamos todo o projeto nós temos um programa que vocês podem encontrar no nosso site na minha página.

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Eh primeiro a gente formulou o projeto em si né? Que é resultado de das reivindicações do dia a dia da realidade que a gente vive qual a melhor forma pra solucionar esses problemas.

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Depois disso nós fizemos junto com outros camaradas um chamado através de um manifesto chamando todos os ativistas de organizações que quisessem compor conosco eh junto com a gente esse polo

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O PSTU destinou inclusive pra quem quisesse desse polo socialista revolucionário a ceder a legenda pra que a gente pudesse disputar esse projeto e só depois disso

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Foi que nós discutimos qual seria o melhor nome pra defender e apresentar isso. Então veja, é uma lógica completamente distinta dos outros partidos que fazem qualquer negócio pra ter um mandato. Entende? Então pra gente não vale qualquer coisa.

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E pra você que está acompanhando as plataformas digitais do Globo, do Valor e da CPN

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Lembro que você está acompanhando a primeira entrevista dessa série de sabatinas com os candidatos à presidência teremos na sexta-feira a presença de Ciro Gomes do PDT. Na quinta-feira Simone Tebet do MDB. E hoje estamos entrevistando a candidata Vera Lúcia do PSTU. Candidata.

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Entre uma eleição e outra o que que a senhora faz?

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trabalho como todo mundo. E trabalha em que? Eu trabalho no ILAESI, o Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômico. Porque a senhora é cientista social. Eu também sou sapateira de eu sou costureira de sapatos. Mas como as fábricas agora não querem mais me contratar pra eu costurar sapato? Que é uma das minhas profissões. Aí eu também

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pesquisa a gente dá dá curso, dá seminário e trabalha com isso. Esse instituto inclusive vocês podem acessar aí através das redes e inclusive foi lançado no último ano o Anuário eh de dois mil e vinte e um que a gente faz todo esse levantamento das condições de vida, da classe trabalhadora e da ri

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Que é produzida aqui. Então fora isso eu trabalho como toda todo mundo e trabalho desde menina viu? Porque agora posso trabalhar nesse instituto mas eu já fui garçonete. Eu já fui faxineira.

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Eu já fui datilógrafa porque eu sou da época da máquina da tilografia. Somos. Somos né? Somos da época da máquina da tolografia. Eu sou costureira de sapatos. Na verdade eu gosto muito dessa minha profissão. Porque foi ela que me trouxe até os meus companheiros. Foi ela que me trouxe que

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Através do meu trabalho na fábrica que eu eh conseguia eh cheguei perto daqueles que já se organizavam no partido no movimento no movimento sindical. Foi através de desse dessa luta que também conhecia o movimento popular que ocupei pra ter uma casa, um lugar pra morar lá em Ara

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Caju. Então eh eu entrei na universidade com trinta e nove anos de idade.

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Eh não sou da academia não. Eu sou a pessoa mais normal do mundo que vive por aqui mesmo mas eu trabalho todos os dias. Quando a senhora entrou na faculdade havia política de cotas naquela época ainda não? Não rapaz. Eu entrei na universidade foi naquele período que lá no nordeste a gente chama de fuleragem. Eu não sei como é que vocês chamam aqui. Mas é assim.

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Como é que era o nome? Fuleragem. Fuleragem fuleragem era assim. Eh tinha o vestibular e uma umas uma o funil era bem bem apertadinho. Então eh pra você se você errasse uma questão anulava uma certa.

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Então você tinha que fazer de tudo pra não errar, pra não anular aquilo que você acertou. Então foi um funil muito foi muito difícil chegar até lá. Na verdade eu nunca achei que eu pudesse chegar na universidade. Porque as pessoas como eu

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Não vê a universidade como um espaço seu. Pra mim era uma coisa extremamente distante. Eu nem consegui fazer o ensino médio regularmente. Porque eu nunca pude estudar. Né? Então eu estudava quando dava. Eu sempre quis estudar mas estudava quando dava. Né? Eu sempre tive que trabalhar.

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Então quando dava pra estudar eu conciliava o trabalho e o estudo. Quando não dava eu não podia optar pelo estudo porque eu tinha que sobreviver e tinha que garantir a sobrevivência e era assim.

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Então quando eu entro na universidade é quando já a gente já tinha ocupado lá a casa, então a gente já tem um canto pra morar. Minhas filhas já estavam mais crescidas e aí eu pude concluir o ensino médio fazendo supletivo e depois eu fui fazer um vestibular e eu tinha um um companheiro que ele dizia o seguinte, que eu ia reprovar no

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Sem um pré-vestibular porque eu não tinha tempo de ir num cursinho pré-vestibular, entendeu? Porque eu trabalhava, estudava e ainda fazia militância política, é uma doideira. E bom, aí ele até apostou comigo, eu consegui passar. Né? Mas mas não é inclusive um ambiente que a gente chega e acha que é nosso.

00:41:04

Né? Eu me sinto muito mais eh parte quando eu vou numa em qualquer periferia que é onde eu cresci vivi.

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Do que na universidade porque é uma um ambiente que que não é um ambiente do meu cotidiano entendeu? Então eu trabalhei e estudei sobrevive mas eu não sou eu não me considero porque eu sei que não sou uma intelectual. Ah as políticas de cota não mudaram esse cenário nas universidades? Mudaram. Mudaram.

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Nós somos a favor das cotas, elas mudaram muito hoje e você vê a minha filha

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Eh pode estudar, estudou sempre na escola pública, minhas filhas, minhas minha neta, tudo é escola pública. Nós viemos todos da escola pública. Então a minha filha mais nova inclusive ela consegue uma bolsa pra estudar numa universidade particular.

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Né? Porque o curso que ela queria fazer ela não tinha conseguido na na na UFES na na na pública e aí consegui uma bolsa integral pra fazer na particular. A minha neta também. Inclusive está concluindo agora eh numa particular.

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Qual é o problema disso? Tem dois problemas, três na verdade.

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Um é que quando você chega nessas universidades pra estudar você sendo bolsista você é discriminado porque você sempre foi doar escola pública onde é tido como uma coisa ruim. E muita gente da classe média quando dizem que querem castigar os seus filhos dizem pra eles que vão tirar da da privada pra

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Na Pública como um castigo. Nós sempre estudamos na pública. E aí quando a gente chega na universidade, quando ela chega na universidade particular, elas são discriminada por serem bolsistas. E aí elas têm que concorrer pra provar que ela só chegou ali porque era capaz.

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E e isso se comprova porque você só chega ali se for capaz. Depois disso você tem um outro problema. Que é você ter trabalho.

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Depois que sai da universidade então boa parte hoje dos alunos que entraram nas universidades eles estão eles tem um um nível de conhecimento profundo mas esse esse conhecimento essa riqueza

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Ela é ela é desprezado na medida em que não tem trabalho. Então esse é um outro problema. Dois, né? E o e o maior de todos esses é que você tira dinheiro daquilo que era deveria ser destinado pra escola, pra universidade

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pública pra garantir que nenhum dos filhos eh da classe trabalhadora mais empobrecida que sempre estudou na escola pública pudesse entrar na na universidade pública porque seria o caminho natural você desvia isso, você sucateia ao a universidade pública e manda dinheiro pras

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Particulares por exemplo a UFS lá em Sergipe que eu estudei ela tem agora o quê? Ganhou depois de todos esses programas e de tudo isso mais três didáticas

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A Universidade Tiradentes, a UNIT virou uma cidade, porque é muito dinheiro que é destinado. Chegou com esse tal desse, desses projetos, desse PROUNI, desse FIES, em todo canto

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Tinham em qualquer canto você encontrava numa esquina, uma faculdade. Então é muito dinheiro público jogado pra iniciativa privada quando esse dinheiro deveria estar todo na universidade pública. O que é público deve permanecer com o público.

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entende? Na verdade tinha que cobrar das universidades que transforma a educação em mercadoria pra pagar muito imposto pra que a escola pública e o ensino público desde a creche até a universidade seja de qualidade e pra todo mundo porque na universidade pública você pode entrar de chinelo, você não é descri

00:44:45

Por causa disso né? Você não pode aí você vê fazer exatamente o inverso. Entra na na pública quem tem muito mais condição na concorrência e joga os filhos da classe trabalhadora pra ser discriminado na particular. Está errado isso. Paulo Celso.

00:45:02

Eh candidata tem dois temas agora que a senhora começou abordar eh a questão temática tem dois temas do que que o PSTU defende a descriminalização das drogas e a legalização do aborto que são temas caros à esquerda eh e que no entanto a gente chega numa eleição agora que a gente tem visto vários candidatos

00:45:21

De esquerda que se tornou viáveis como se diz eh o que chegam mais próximos ali Freixo, né? É. Chegam mais que tem mais chance de se eleger que se afastam dessas duas agendas. Eh por que que a senhora eh acha que isso está acontecendo?

00:45:39

E a senhora acha viável eh a defesa desses temas de uma sociedade que a gente acaba vendo as pesquisas de opinião? É que majoritariamente são contras, são temas que dividem muito a sociedade brasileira. Como é que a senhora via a defesa desses dois tempos?

00:45:53

Então primeiro que você abandonar esses temas é por puro oportunismo eleitoral. Se se torna viável pra administrar a desgraça que nós já vivemos.

00:46:05

Eh segundo o o debate em eh sobre o direito à maternidade ele é um um debate sério. Do mesmo jeito a questão das drogas. Não existe nenhuma outra forma de você acabar com porque são problemas reais. Primeira coisa o aborto existe.

00:46:24

Ele é real, ele é concreto.

00:46:27

Concreto, assim como as drogas existem

00:46:30

elas são reais, concretas, ela está aí na sociedade. Então qual é a melhor forma pra você solucionar esses problemas? Porque até agora quem morre seja eh das balas com tráfico aos meninos do a juventude nos morros. Que nem é só mais eles, porque no meio do tiroteio qualquer um que for passando pela frente eh

00:46:50

Além disso quem morre por conta dos abortos eh que são feitos de qualquer jeito são as mulheres pobres e negras. Independente da sua religião viu? Porque inclusive existem vários estudos de mulheres que são religiosas. Né? Que mesmo sabendo

00:47:10

que ela cometendo aquilo pela sua formação religiosa tem-se o entendimento de que ela não vai ser perdoada de que ela vai amargar pela eternidade né? Ser julgada e e não conseguir entrar no reino do céu que é assim que se pensa e mesmo assim

00:47:27

Essas mulheres abortam e ninguém pergunta porquê. Porque a questão é que primeiro uma mulher ela não ela não eh engravida pra abortar. Essa é a primeira questão. Uma mulher ela só aborta

00:47:42

Na na regra. Pode até ter uma exceção mas aqui nós vamos discutir a regra. Ela só aborta quando ela não tem condições objetivas de cuidar dos seus filhos. E essa mesma sociedade que condena essa mulher quando ela aborta é o mesmo estado.

00:47:59

Que não dá as condições pra que ela possa ter o seu filho quando ela decide ter. Porque você não tem quando decide ter o filho. Primeiro boa parte é abandonada pelos homens por conta do machismo. Então as mulheres solos que hoje eh

00:48:14

Eh administram os lares que são as mais empobrecidas que são as que passam fome principalmente e que corresponde a mais de quarenta por cento dos lares brasileiros eh são mães solos são abandonados e nenhum homem é questionado por conta dos seus filhos que eles abandonam. Elas ficam com esses filhos. Depois disso ela pra trabalhar

00:48:34

Ela tem que deixar os seus filhos sozinhos. Essa criança ela fica a mercê de qualquer coisa, inclusive do braço do crime. Quando crescem. E essa mesma mulher

00:48:43

que tem os seus filhos, que vem abandonado desde cedo, que é vítima de abuso, de todo tipo de abuso, desde a violência até o sexual. E depois vem os seus filhos ou serem encarcerados ou mortos. E tudo isso é criminalizado de forma tal que você vive nesse redemoinho que é uma vida de sofrimento constante. Um dia

00:49:03

Eu só estava conversando com as mães da do aqui no Complexo da Maré. E elas falando desse drama que é. E a gente sabe que é porque a gente vive. Porque o primeiro medo, o tempo inteiro. Então é uma vida de sofrimento constante. Então não é uma uma questão de ordem moral.

00:49:18

Esse debate ele é um problema social. Então por exemplo, qual é a melhor forma de você solucionar isso? Eh você não não criminalizar o aborto, legaliza, transforma isso em saúde pública. E garante a assistência a essas mulheres.

00:49:35

Se elas não quiserem ter e se elas decidirem ter os seus filhos dá condição pra ela. A outra coisa é a legalização das drogas. Porque a única forma de você acabar com o tráfico é legalizar. Porque aí você sabe quem vende, quem compra.

00:49:49

Pagar muito imposto, fazer muita propaganda pra dizer que droga é uma coisa muito ruim como cigarro

00:49:55

Como a o álcool que mata o mata meio mundo de gente né? E que exacerba inclusive o machismo e leva muitas mulheres a morte principalmente nos fins de semana e nos feriados.

00:50:07

Né? Tratar isso como um problema de saúde e não criminalizar porque com isso você resolve o problema do tráfico tanto das drogas quanto das armas. Por que que se questiona a juventude que está no morro? Mas não questiona por exemplo as forças armadas.

00:50:22

Porque ela deveria fazer a proteção do país e não deixar que entrar a drogas nem pela terra, nem pelo céu e nem pelo aí entra. Nem pelo mar, entende?

00:50:32

Candidata eh a senhora como como cientista social a senhora está falando que são temas eh da realidade são temas de todas as classes principalmente das classes de baixa renda. E a senhora está falando que que teria que legalizar. Agora são os temas eh eh

00:50:50

Que são mais historicamente barrados no Congresso eles não passam no Congresso embora sejam temas da realidade social como a senhora está falando que inclusive conversa com as mães do complexo da Maré por exemplo eh são temas considerados que tiram votos nas eleições.

00:51:08

Pergunta pra senhora como cientista social. Por quê? Se a realidade é uma, por que que são temas que tiram votos até hoje? Bom, primeiro se você olhar pro Congresso Nacional você vai ver exatamente qual é o retrato da sociedade, ela é machista.

00:51:25

Nós vivemos num país machista e o Congresso Nacional é extremamente machista, é extremamente conservador. Nesse aspecto. E pega um problema moral prega um problema de ordem social e transforma num problema moral.

00:51:43

Moral, esses senhores que estão lá no Congresso Nacional que são contra radicalmente, que dizem que são defensores da vida, são os mesmos homens, são os mesmos homens que são responsáveis porque pra que nesse país esse país seja o quinto

00:52:00

País no mundo que mais assassina mulheres. E quem mais morre são as negras e pobres nas periferias. É o que mais assassina as LGBTs.

00:52:10

É os que mais e são todos negros e pobres. Você pode olhar. Você não vê essas coisas acontecerem nas altas classe médias, a alta alta que eu estou falando, né? E e burguesas não. Isso acontece principalmente aos montes entre nós.

00:52:25

Entre nós. Essa é a primeira coisa. Segundo que é tido como uma questão eh que

00:52:32

A realidade bate na sua porta, mas nem sempre a sua cabeça pensa igual.

00:52:37

Porque é tido o tempo inteiro como uma coisa errada. Você foi ensinado a tratar como uma coisa errada. Então mesmo diante então por exemplo por isso que as mulheres abortam. Mesmo elas tendo ferveja pra ela é uma contradição.

00:52:51

Aquilo que ela pensa, aquilo que ela acredita e a sua realidade concreta. Então ela é arrastada pela realidade a ter que fazer um aborto inseguro, ter sequelas e muitas vezes morrer contraditória com a sua fé porque a sua realidade lhe impõe.

00:53:08

Entende? Não é assim que é tratado as coisas aqui porque se há uma coisa que o Congresso brasileiro é que esse estado é e essa burguesia brasileira é é hipócrita.

00:53:19

Hipócrita e não há nada mais hipócrita do que o conservadorismo. Porque ele diz uma coisa e faz outra. Porque Bolsonaro por exemplo que é que disse que ia acabar com com a corrupção? Aí você veja. Né? Um homem que é religioso. Onde foi que foi esbarrar a corrupção?

00:53:36

Juntamente no metro onde era que estava envolvido o secretário dele juntamente com as igrejas quem era que estava comandando? Bolsonaro. Ele que disse que ia acabar com o tráfico de drogas e que não sei o que. Onde foi que se pegou o maior carregamento de armas? No vizinho do Bolsonaro que foram encontrar. Não deram um tiro.

00:53:53

Não deram tiro, não xingou ninguém, não derrubou uma porta. Né? Não faz, não fizeram lá o que fazem aqui no complexo eh no complexo do Alemão, não fazem o que fizeram aqui na Vila Cruzeiro, nem na né? Não não fizeram isso. Agora foi lá que pegou o maior carregamento de armas. Foi na comitiva de Bolsonaro

00:54:12

Presidente do Brasil junto com o Exército Brasileiro que encontraram vinte e nove quilos de cocaína. Eu não sei porquê vinte e nove mas era vinte e nove. Né? Não morreu ninguém. Não atirou em ninguém.

00:54:25

Em nome da caça às drogas e ao tráfico de armas, entre na periferia e matem distintamente crianças, idosos, mulheres de todo jeito. Isso é pura hipocrisia. Isso é pura hipocrisia. E o projeto deles não deu certo.

00:54:40

Ah agora candidata eh a senhora mesmo eh retrata o conservadorismo do congresso né?

00:54:46

Eh a gente viu em alguns países onde essa agenda avançou na Argentina recentemente houve um grande movimento é feminino eh pra legalização do aborto no Chile eh muita mudança na política de drogas recentemente em diversos estados eh

00:55:03

Mas ao mesmo tempo o Brasil tem um congresso absolutamente conservador como a senhora disse. Eh qual a sociedade quer o caminho pra mudança, pro avanço dessas pautas no Brasil? A senhora acha que o caminho mais viável pra fazer elas de fato evoluírem? É via judiciário

00:55:20

Eh e mobilização social ou a senhora acha que realmente é necessário tentar eh fazer via congresso? Quais quais as senhoras que são os caminhos pra evoluir nessas duas pautas? Tanto legalização das drogas quanto descriminalização do aborto. Quer dizer toda toda essa conquista que as mulheres tiveram

00:55:40

E a juventude teve não foi resultado de uma deliberação eh espontânea de um congresso. Foi resultado de muita luta.

00:55:49

Foram muitas lutas que as mulheres travaram nesses países e aqui também vai precisar fazer isso. Porque não é o Congresso Nacional que garante nada pra gente. Na verdade o Congresso o estado nunca nos deu nada. Tudo que nós temos hoje, tudo, absolutamente tudo. É resultado de muita luta.

00:56:09

muita luta. Jornada de trabalho, direito ao aborto, legalização que teve por exemplo nos Estados Unidos e agora cinquenta anos depois eh volta atrás e as mulheres agora tem que voltar a lutar pra buscar uma coisa que elas já tiveram e perderam. Então é isso que acontece com a vida da gente. A gente ganha depois de muita luta e perde depois sempre que

00:56:29

Eles têm oportunidade de tirar. Então eh a primeira coisa que nós temos que fazer é fazer esse debate abertamente.

00:56:36

Sem hipocrisia, sem mentiras e dizer o seguinte, nós precisamos salvar a vida das mulheres. Nós precisamos salvar a vida da juventude brasileira. Porque o que ela precisa, esse jovens, essas mulheres, o que elas precisar de trabalho.

00:56:53

de moradia, de creche, de alimentação, a juventude a depois de ter tudo isso educação, acesso à cultura, saber que ele tem futuro na sua vida. Que ele saber que se ele usar droga é uma coisa ruim.

00:57:08

e fazer muita propaganda disso do quanto isso é nefasto pra saúde, de quanto isso compromete socialmente a vida da pessoa e com quem ela se relaciona. E não tratar isso como um crime. Porque criminalizar pro estado fica muito mais barato. Do que você fazer todo esse trabalho. E é exatamente o que eles não querem porque eles querem.

00:57:28

Juntar dinheiro pra entregar cinco bancos que é o que fazem hoje. Agora vamos lá. A senhora falou aqui da questão das drogas e a senhora já passou então tratou das drogas pela pauta da saúde pública. Uhum. E pela pauta da educação. Inclusive quando a senhora fala agora de campanhas que precisam ser feitas com esses jovens pra se mostrar o mal que é.

00:57:47

O contato com as drogas e do ponto de vista da segurança pública qual deve ser a ação para se combater as drogas? Ah então no combate às drogas a primeira tarefa é isso que eu já lhe disse. É legalizar e fazer muita campanha de propaganda educativa.

00:58:04

Né? Essa é uma primeira coisa. Aí você acaba com o tráfico. E nesse modelo parecido por exemplo como o do Uruguai em relação a maconha? É mas não se usa só maconha. Né? Existem todas as drogas. Maconha é uma das drogas assim como cachaça e cigarro.

00:58:21

São três drogas que nós estamos falando. Tem várias outras. Todas industrializada. Agora eu acho isso muito engraçado porque vem aqui pro morro fazer batida e matar a gente aqui. Não tem uma fazenda de de de maconha. Não tem uma fábrica de cocaína. Porque isso é fabricado.

00:58:39

né? Aí você não pega o dono da fazenda, não pega os donos das fábricas porque esse povo aí é muito bem protegido. E aí entra a questão da segurança pública. Aí não só da segurança entre a questão da educação, entre a questão do trabalho, entre a questão dos salários, entre a questão da moradia. Tudo isso é é são coisas combinadas. Não é

00:58:59

Uma coisa só

00:59:00

Você não resolve o problema das drogas somente legalizando as drogas. Legalizar as drogas, pagar muito imposto, fazer muita propaganda. Você veja isso é uma. A outra você dá condições de vida. Desde as mães até os seus filhos e a juventude. Tá? A outra coisa pra isso e com relação a a questão do aborto também. Nós não somos

00:59:20

Defensoras do do aborto como método contraceptivo. Nós somos de daquelas que decidem fazer. Então eh também tem que fazer, tem investir muito em contracepção. Isso significa dizer que você tem que investir muito em saúde pública. Que não se tem hoje. Né?

00:59:35

Não se tem é muito precária. Aí pra resolver o problema da questão da segurança pública primeiro que não existe segurança pública pra nós. Quem é pobre

00:59:45

Pobre, pobre de maré, desce que vive nas favelas das cidades, ela vive com medo porque ela não tem segurança nenhuma. Ela vive com medo da polícia e ela tem medo dos traficantes. E ela está no meio desse tiroteio. É vulnerável a tudo isso. Primeira coisa, nós não temos segurança pública.

01:00:05

Eh nós precisamos garantir segurança mesmo. Pra nós. Por quê? Por isso nós defendemos a autodefesa.

01:00:13

E como é a autodefesa? A autodefesa é pra que a gente possa garantir segurança nos bairros, nas fábricas. Mesma coisa que o presidente Jair Bolsonaro defende quando ele diz que povo armado não é escravizado? Não, primeiro que não é somente uma questão de arma.

01:00:28

Né? A autodefesa não é somente uma questão de arma. As armas elas são parte disso. Agora Bolsonaro arma madeireiro

01:00:36

eh minerador eh eh ruralista pra matar indígena, pra matar quilombola, ele é aliado das milícias que aqui no Rio de Janeiro vai matar nas periferias, ele é aliado da polícia, que é armado porque o estado é armado pra matar negros e quilombolas, eh e a juventude não é nada disso, na verdade

01:00:56

Nós dissemos autodefesa é pra nos proteger desses senhores. Por quê? E como funciona essa autodefesa? Então eu queria entender eh nas eu vou lhe contar como são as experiências das ocupações de moradia. Nas ocupações de moradia quando a gente ocupa

01:01:14

A gente não tem direito a nada. Então você chega lá sem absolutamente nada. Então queremos, precisamos nos proteger.

01:01:23

No interior é tudo votado sobre por exemplo os os homens não podem xingar, não pode bater muito menos eh eh matar uma mulher, ele é expulso daquilo ali ou então ele vai ter que cumprir eh por exemplo

01:01:39

assumir compromisso de que não vai fazer. Segundo, quando você faz tá numa ocupação como essa, você tem segurança, que você faz um destacamento de pessoas que é responsável pela cozinha, outros que são responsáveis pelas crianças, outros que são os responsáveis pela segurança. E ao fazer esse serviço de segurança cole

01:01:59

Que é decidido coletivamente quando a polícia chega ele não entra de qualquer jeito. Ela não entra de qualquer jeito. É isso que nós precisamos fazer também nos bairros. Entendeu? Mas também fazer em todos os cantos. Por que todo mundo fala isso? Mas é muito engraçado. Veja.

01:02:15

O Estado é organizado e armado, certo? Até o crime no Brasil é organizado e armado. A alta classe média. Não vou falar nem da baixa, da alta classe média. Você é é armada.

01:02:32

Armado porque ela paga. Ela paga a segurança armada pra proteger o seu patrimônio e proteger a sua vida. Ou não é assim?

01:02:41

Quem é que não tem nada? Que fica vulnerável a tudo. Não somos nós? Então o que nós queremos é preservar as nossas vidas. Garantir a nossa segurança pra que não chegue de qualquer jeito.

01:02:53

Porque se não chegar de qualquer jeito a gente mantém as vidas do lado de cá mas também mantém as do lado de lá porque só do lado de lá é que morre. Mas eu fiquei sem entender ainda essa questão do armamento. Essas pessoas que fariam essa autodefesa elas teriam

01:03:07

Porte de arma teria o direito a usar arma? Sim. É o cidadão armado que vai proteger o cidadão? É a aqueles responsáveis pela pela defesa, pela segurança? Sim, porque é o seguinte. Não é papel da polícia fazer isso? O papel da polícia tem o monopólio da morte?

01:03:23

Não é papel da é porque é o monopólio da morte. Porque veja. Mas mudar a cabeça da polícia. Tem que mudar é o seguinte. Se é pra desarmar desarma em todo mundo. Vamos fazer o seguinte. Façamos um movimento inverso. Desarmemos todo o estado.

01:03:38

E aí a gente discute todas as coisas na base da conversa. Mas por que o estado não é confiável? Óbvio que não é.

01:03:45

Pergunte a qualquer pessoa, chegue na periferia da cidade, você sendo negro que eu pergunto esta polícia na minha visão ãh seria

01:04:00

Confiável. Dentro do projeto do PSTU. Porque ela estaria submetida não ao PSTU.

01:04:06

ela estaria submetida a comunidade. Do mesmo jeito que nós defendemos a desmilitarização da polícia, uma polícia única, que ela discuta com a própria sociedade, com as comunidades, com os bairros, como deve ser essa segurança. Então veja, é um, é um projeto de de sociedade e

01:04:26

De e de segurança que é completamente distinto do que tem hoje. E não é só a parte da arma. Agora, se pra você se defender, defender a sua vida, você se organizar pra se proteger é legítimo. Porque é muito mais fácil você respeitar um agrupamento

01:04:42

um bairro onde todo mundo está organizado. E você saber que se você atirar chega lá de qualquer jeito está atirando você também pode levar de você ter muito mais compreensão pra chegar lá e negociar abertamente porque vocês estão em condições de igualdade em condições de igualdade pra fazer a negociação

01:05:02

porque é muito fácil você dizer que você está negociando quando você está armado e o outro lado está completamente vulnerável. Então se é pra desarmar que desarme todo mundo. Então e também não é somente uma questão de arma. É uma questão de como você vai discutir a segurança pública. Porque da forma que está feita hoje. De armar. Foi feita

01:05:22

É PPP aqui

01:05:23

Porque o que foi as unidades as UPPs aqui no Rio de Janeiro? Não foi a tentativa de resolver, de pacificar as favelas, de resolver o problema do crime, de resolver o problema das mortes, de resolver o problema do tráfico, não foi? O que foi que fizeram as as unidades pacificadoras aqui do Rio de Janeiro? Elas mataram,

01:05:43

torturaram, elas se envolveram com todo tipo de falcatrua e a comunidade ficou à mercê daquela polícia, mas da das milícias, mais do tráfico e mais da polícia que entra lá de qualquer jeito. Ou seja, esse modelo está fracassado, está fracassado pelo número de mortes, está de assassinatos, está

01:06:03

Pelo número do encarcerados e está fracassado porque quem vive nas periferias vivem com medo. Sabe por que você voltar do trabalho? Voltar do trabalho. Você ser homem ou mulher? Você volta cansado cansado de você dormir em pé.

01:06:19

Porque eu não sei se vocês já dormiram em pé no ônibus. Já. Já né? Não é ruim? E você fica aqui balançando, dormindo você não pode nem cair porque não tem espaço. Você não cai porque não tem vaga pra você cair.

01:06:31

Aí você chega na na entrada da da do bairro onde você mora que é pobre que não tem nada. É esgoto a céu aberto, é as casas de todo jeito, um monte de desempregado que você não tem absolutamente nada. E pra você entrar no seu bairro

01:06:45

Você passa por uma por um baculejo que é feito pela polícia que agora pegam as mulheres que são policiais pra fazerem com as mulheres antes de você chegar no seu bairro isso não é feito nos bairros de classe média.

01:07:00

Isso não é feito em canto nenhum, mas é feito com quem é pobre e você diz que a gente não tem o direito de se organizar pra gente proteger as nossas vidas, nós temos. Porque nós somos violentados todos os dias. Todos os dias. Candidata. Só o parênteses aqui eu não disse que não tem direito de se organizar.

01:07:17

Feito paredes por favor Paulo Celso. Não não eh é só porque isso me lembra só pra contar uma coisa dos indígenas. Os indígenas nesse país tem mais de quinhentos anos que são perseguidos. Assassinados escravizados. Pra roubarem o que é deles.

01:07:36

Até hoje a última tentativa inclusive agora é o marco temporal. Que é mais um saque daquilo que é deles. Feito pelo governo pelo Congresso Nacional que são defensores disso. Você acha que se os indígenas não pudessem se organizar e garantir a sua autodefesa?

01:07:54

Apesar de tudo ele você e ainda teriam povos vivos aqui? Se teria? Não se teria. Vocês acham que os negros que tiveram que correr pra fazerem os seus quilombos pra se livrarem de todo tipo de opressão? Eles não se organizaram? Eles fizeram isso.

01:08:14

Vocês acham que a gente quando a culpa um terreno a gente não tem que se defender e não faz isso de forma organizada? A gente pra sobreviver tem que se organizar minimamente é o que nós estamos dizendo. Nós não queremos que as pessoas saiam por aí armada pra não nós queremos proteger as nossas vidas. Porque nós é que morremos aos montes. De fome

01:08:34

De doença e de bala. Mas candidata na a questão das milícias é uma das chagas mais graves do Rio de Janeiro hoje. Né? Um estado onde surgiu há mais de duas décadas e na gênese dela é estava exatamente a organização ou a suposta organização.

01:08:52

Da polícia do que eles chamavam de mineiro em alguns locais que era grupos daquela mesma região que iriam proteger aquela comunidade, aquele bairro, aquela rua às vezes é no inicialmente da violência eh eh externa, né? Do do banditismo, era uma coisa

01:09:10

Contra a polícia. Eh a organização de grupos armados para estatais eh que não tão subordinados a a a organização democrática, uma estrutura estatal eleita. Eh isso não é não é a propagação de um modelo

01:09:28

de milícia não importa se a milícia é é é de direita ou de esquerda mas não é a a a promoção de de de organizações eh milicianas eh eh dentro da sociedade? Primeiro que as milícias nunca foram subordinadas a povo algum. Ela na verdade é a expressão da degeneração do próprio estado

01:09:48

Da sua ala armada e da degeneração desse próprio estado capitalista. Ela é um braço degenerado da parte armada do estado capitalista. Ela é isso. O que nós estamos propondo é exatamente o inverso. E quando os destacamentos que nós dizemos de grupos de segurança ele é eleito.

01:10:07

Pela comunidade eles não está subordinado a ninguém mais que não seja o próprio coletivo. Não é ninguém dizendo que vai fazer por ela. É o coletivo dizendo que ele vai fazer. A outra coisa. Eh quando nós eh falamos da do estado e armada e de democracia qual é a democracia?

01:10:27

Me diga uma coisa, qual é a democracia pra um trabalhador, pros trabalhadores de uma greve? Os garis aqui que estavam com com salário arrochado, que muitas vezes não recebem o salário, que o que recebe não dá pra comer, fazem uma greve, qual é a democracia deles quando eles estão fazendo a greve que a polícia chega pra bater? Tem democracia nisso?

01:10:46

Democracia foi o que ele exerceu junto com seus companheiros que decidiram em nome do coletivo pra garantir as condições de sobrevivência fazer uma greve pra que a sua vida possa melhorar como é que o estado reage? Como é que os governos reagem?

01:11:04

Isso é democrático? É democrático a polícia decidir que vai fazer uma batida no morro e ele chega lá armados até os dentes e vai trocar tiro com os bandidos e a comunidade tem que fechar as suas portas tem que se jogar no chão. Que democracia é essa? É candidata desculpa.

01:11:22

Mas porque a senhora está defendendo eh a organização desses núcleos dessas comunidades pra elegerem eh eh promoverem a a sua própria polícia e tal. A sua se mas se a questão é organização

01:11:39

Pra eleger esses representantes por que que essas classes que seja a classe trabalhadora não se organiza

01:11:48

Já no nosso modelo eleitoral existente para eleger os seus representantes porque é uma crítica de ao Congresso é conservador. Então onde que está essa maioria de trabalhadores que não se organiza, não se juntam para eleger representantes que que representem mais eh as suas

01:12:08

Olhe. Só pra complementar. Por que que ele se organizariam para eleger que seja os representantes da sua própria segurança? Por que que eles não se organizam para eleger deputados estaduais, deputados eh federais? É distinto. Primeiro.

01:12:26

As pessoas da comunidade elas podem ter ou não partidos. Tá? Elas podem ter ou não partidos. Elas podem estar organizadas ou não em partidos. A outra coisa que é a legislação eleitoral ela também não é democrática.

01:12:41

Veja, peguemos a a eleição agora. Nós temos dois candidatos polarizados aqui em cima. Está certo? Todos dois cada um nesse tiroteio cruzado. Que você sabe de tudo, que um quer tirar o outro

01:12:57

Mas você não sabe qual é o projeto dele pra sociedade. E se você não sabe exatamente o que que é. Eles vão ter o maior tempo de televisão, eles vão ter mais recursos pra fazer campanha, eles vão ter tempo pra fazer os debates, eles têm tempo pra viajar, pra estar em todos os cantos, pra ter material pago a peso de ouro.

01:13:15

Você acha que a classe trabalhadora empobrecida tem isso? Nós somos é de um partido pequeno.

01:13:23

A legislação eleitoral ela ela vem ela vem se estreitando democraticamente cada vez mais. Ela vem criando barreiras pra dificultar cada vez mais o acesso. Sabe? Nós trabalhadores pra sermos candidatos eh você tem uma série de coisas que você perde no seu salário.

01:13:42

Na verdade você é punido.

01:13:45

Porque você é candidato pra disputar uma eleição. Não é fácil você ser candidato pra pra disputar uma eleição. Porque se você trabalha, você perde férias, você perde décimo, você é ameaçado de perder o emprego. Então não é verdade que a legislação eleitoral permite que a classe trabalhadora participe. A

01:14:05

Classe trabalhadora brasileira sequer conhece os doze candidatos que estão disputando essas eleições sequer conhece então ela não pode decidir. Por isso que nós dizemos que ela tem que fazer onde ela está porque ela conhece os seus. Porque ela pode decidir ali.

01:14:23

porque ela conhece a sua realidade, porque ela conhece a sua vida, ela sabe o que é melhor pra solucionar os seus problemas. Nós não queremos ninguém de cima dizendo que nós precisamos fazer. Nós podemos organizar coletivamente e resolver problemas que são nossos porque se de cima resolvesse estava tudo resolvido na nossa vida. Porque

01:14:43

Esse modelo de de de eh eleitoral esse modelo de organização esse estado e essa sociedade que é protegida por esse estado que são os grandes patrimônios as grandes propriedades está aí no resultado que deu morte fome desemprego

01:15:02

E devastação da natureza. Então significa dizer que isso aqui não deu certo e se dá certo pra um grupo muito pequeno seleto de altamente privilegiado pra imensa maioria da classe trabalhadora não dá e não dá pra humanidade.

01:15:17

Nós estamos acompanhando a sabatina com a candidata Vera Lúcia do PSTU pelas plataformas do Globo, do Valor, na rádio CBN, você que está com a gente, está acompanhando a primeira entrevista desta série com os candidatos à presidência, teremos

01:15:33

Amanhã Simone Tebet do MDB. Na sexta-feira Ciro Gomes do PDT. Lembro também que os cinco primeiros candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais foram convidados.

01:15:45

Os candidatos Lula e Jair Bolsonaro não aceitaram o nosso convite de trazer aqui as suas ideias, planos de governo para compartilhar com você e serem sabatinados também.

01:15:57

Eh dito isso eu passo a palavra pro Paulo Celso porque o Paulo Celso tinha pedido a palavra aqui pra fazer uma pergunta pra candidata Vera Lúcia do PSTU.

01:16:05

Candidata, o PSTU tem uma proposta revolucionária, né? Pro pro país. É, começa por aí. Perfeito, começa por aí. Começa por aí. É, e vocês são críticos.

01:16:18

ao modelo soviético, né? Sobretudo o modelo soviético. Eh existe algum país que o PST use como referência eh alguma referência internacional que o cidadão possa olhar e falar olha é o caminho que a gente deseja tomar é este aqui. Existe pro pro nosso eh ouvinte poder

01:16:38

Entender melhor com exemplos práticos qual é o modelo de estado que o PSTU defende? De sociedade. Eh então

01:16:47

de modelo mesmo que a gente tem como experiência né? Daquilo que deu certo nos primeiros cinco anos foi a Revolução Busca. Os primeiros cinco anos. Depois disso aquilo ali se perdeu com a subida de estalo e o estalinismo que até hoje a gente amarga as consequências disso. Mas nós temos a experiência com o sistema capital

01:17:07

Isto porque olhe quando eh no sistema feudal decidiu-se construir essa sociedade

01:17:15

que a burguesia inclusive naquela época revolucionária fizeram as suas revoluções nos mais variados países e desenvolveu esse sistema social eles não sabiam exatamente qual era o modelo que tinha que queria eu sabia que negava aquele lá e que iria construir uma coisa que pudesse eh destravar as forças produtivas e criar melhores condições

01:17:35

E de desenvolvimento da sociedade e se é uma coisa que o capitalismo conseguiu fazer e que a gente pode dizer que precisa se conservar é exatamente essa universalidade que é de você é de um trabalhador depender de outro de outros países essa conexão que existe mas é só isso. E depois disso

01:17:55

E frente a essa realidade que nós vivemos hoje nessa sociedade capitalista, brasileira, mundial nós podemos dizer que depois da experiência de você ter agora sem nenhuma guerra mundial você tem mais de cem milhões de refugiados que passa fome

01:18:13

Que está fora do seu país, que trabalha em condição de escravos, que as meninas e as mulheres são violadas. Ele não deu certo. Quando você joga, quando você tem que se lançar ao mar

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Pra tentar buscar sobrevivência numa outra terra desconhecida porque você já não pode viver no seu lugar essa sociedade não deu certo. Quando você depois de uma pandemia que poderia tranquilamente

01:18:40

com todo o desenvolvimento que nós temos e o conhecimento que nós temos não ter matado como a peste e não ter matado por exemplo como a a a gripe espanhola que era agora a covid-dezenove que é a única tarefa que deveria ser feita até ter uma vacina e que foi em tempo recorde. Era a sociedade garantir que as pessoas ficassem em casa

01:19:00

Se isolasse e você depois disso ter aqui no Brasil setecentos mil mortos em dados oficiais e no mundo inteiro segundo agora os novos números números que se levantaram são cerca de quinze milhões é porque essa sociedade não deu certo se no Brasil um país riquíssimo

01:19:18

Riquíssimo não fui eu que disse não foi Pedro Vaz de Caminha que disse aqui se plantando tudo dá e eu sei que dá porque eu morei no sertão eu sou do sertão e sei que até no semiárido quando você planta dá tudo se planta tudo se dá riquíssimo em tudo que você possa imaginar e você ter mais da metade

01:19:37

Da população que não tem um quilo de feijão em casa. Só porque você acordar de manhã de manhã você não pode tomar café. Porque você não tem café. Você não pode comer pão porque você não tem pão.

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Sabe, chega a hora do almoço, você está com a barriga roncando de fome e você não tem feijão e arroz. Não estamos falando nem de carne. E olhe que boi nesse país é mais do que gente.

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Tem mais boi no Brasil do que gente. Se essa sociedade que produz tudo isso e condena esse povo a fome em meio a abundância é porque essa sociedade não deu certo. Então nós precisamos encontrar novos mecanismos pra solucionar esses problemas.

01:20:18

Que é possível de ser solucionados. Possível! Mas hoje não existe então nenhum modelo que esteja de acordo alinhado. Não, não tem. Cuba por exemplo. De jeito nenhum. Por que não?

01:20:32

Por várias razões eh primeiro que Cuba quando fez a sua revolução e essa é uma das características das revoluções que aconteceram depois da Revolução Russa principalmente as posteriores, China e aqui também em Cuba, aqui mais próxima de nós.

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É que de fato a classe trabalhadora fez uma revolução e isso foi muito positivo. Porque mesmo sendo Cuba uma ilha que plantava cana né? Que as pessoas viviam em condições degradantes. E mesmo ali em não sendo uma sociedade capitalista você

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garantir, né? Durante um bom período porque agora já não se pode dizer o mesmo. Que aquele povo pudesse sobreviver, se educar, ter um índice de saúde muito melhor do que vários países altamente desenvolvido e capitalistas como é por exemplo o norte-americano ou os pais desenvolvidos aqui mais desenvolvidos da América Latina e não

01:21:26

Seguiram e só foi muito importante. Então a revolução foi muito importante. Cumpriu uma tarefa. Que foi a da despropriação que é a desapropriar a grande propriedade privada. Qual foi a outra tarefa que ali não se cumpriu?

01:21:40

Foi que a classe trabalhadora que fez essa revolução que desapropriou ela não tinha o o poder do estado. Ela nunca comandou o estado, ela nunca decidiu democraticamente. Foi um partido com uma família

01:21:56

Que decidiu a vida inteira. Então não se pode falar em democracia eh onde as pessoas não participam diretamente

01:22:04

Essa democracia representativa que é altamente propagada ela não dá certo nem no capitalismo e também não deu naqueles que se diziam socialista porque não pode ser as pessoas precisam ter eh

01:22:16

Elas podem ao mesmo tempo tem dois duas coisas que são pressupostos pra que isso possa se desenvolver e possa chegar a uma sociedade socialista.

01:22:26

como já se tem alguns elementos de experiência que se foi e depois não se concluiu. Que é o da expropriação da grande propriedade, dos grandes meios de produção e a outra que precisa ter democracia. E a democracia requer que essa classe trabalhadora que fez essa revolução ela

01:22:46

Controle o estado. Quer controlar o estado? É ela controlar os seus representantes. Então ela elege, ela tem que ter revogabilidade a qualquer momento. Ela precisa ter controle sobre os mandatos. Por exemplo, peguemos aqui o estado capitalista. Quem é que manda no Congresso Nacional e em Bolsonaro? Bolsonaro é governo dele mesmo? Não.

01:23:06

Claro que não. O Congresso Nacional é governo dele mesmo? Ele governa e legisla por ele mesmo? Também não. As eleições elas são elas são controladas pelo poder econômico e o Congresso Nacional idem. E os governos também. Tanto é que por exemplo você faz eh

01:23:26

Passa por Bolsonaro e pelo Congresso Nacional? Uma uma uma um teto de gastos onde você corta dinheiro da saúde, da educação, do transporte, da moradia, mas você não limita

01:23:41

O pagamento de rolagem da dívida nem de amortização de uma dívida que você nem sabe como contraiu que é uma dívida eh absurda, que é uma legalização de todo tipo de como é que a gente chama de eh

01:23:56

Quem é essa coisa que você eh agiotagem né? Essa agiotagem que é feita pelos bancos né? Que é altamente regulamentada, juridicamente regulamentada, ou seja, é lei. E que você permite que um estado, o estado que arrecadou da sociedade, que trabalhou

01:24:15

Que trabalhou porque não é todo mundo que trabalha né? Da sociedade que trabalhou, da classe trabalhadora. E pegue esse montante mais da metade e mande pra cinco bancos. E você condene milhões a uma vida de sofrimento. Isso é controle. Quem controla os bancos

01:24:33

que são associados com as empresas, as grandes empresas e as multinacionais nós estamos dizendo o seguinte a classe trabalhadora pra resolver os seus problemas ela precisa por exemplo aqui no Brasil passa necessariamente pela estatização das cem maiores empresas.

01:24:49

Mas um governo ela só pode chamar de seu se ela controlar esse governo e ela pra controlar esse governo ela precisa estar organizada. Eu citei aqui o modelo cubano e eu vou citar agora um outro extremo. O modelo chinês. Uhum. Eh o modelo chinês não é um modelo a ser seguido?

01:25:06

Óbvio que não, né?

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Óbvio que não. Na China, por exemplo, a condição a condição de vida da classe trabalhadora deixar a senhora até seguir falando sobre esse assunto e por que que eu estou citando isso? Porque quando a na sociedade brasileira

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na sociedade brasileira primeiro lugar que na sociedade brasileira hoje ah há um segmento que diz qualquer coisa que não pense com o Bolsonaro é comunista. Até banqueiro virou comunista no Brasil. Mas isso é um outro detalhe. Sim. Eu acho que vai fazer parte do folclore da política brasileira isso. Mas eu estou lembrando aqui de países que são identificados com comunismo. Então lembrei da

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de Cuba e lembrei também agora da China por isso citei a China. Sim não a China é um país altamente capitalista e com um governo ditador, sanguinário. Lá inclusive se tem a lei da cama quente. Sabe o que é a lei da aquela coisa que se chama cama quente? É que um operário ele levanta e o outro se deita.

01:26:00

E vão trabalhar em jornadas extenuantes, em condições de trabalho degradantes

01:26:05

e eles quando fazem qualquer tipo de mobilização ou de manifestação eles apanham muito. Aqui no Brasil a gente apanha e lá eles apanham mais são presos, são mortos, não tem nenhum tipo de liberdade. Então existe uma ditadura e um governo altamente capitalista que é obviamente e tem muitas estatais naquele país mas não tem nenhum controle da classe sobre isso.

01:26:25

A única coisa que tem de comunista naquele país é o nome do partido. Porque de comunista eles não tem absolutamente nada. Porque o que é uma sociedade comunista? Primeiro que uma sociedade uma sociedade socialista ela nem ela é ela ainda é uma sociedade de classes.

01:26:41

Só que ela tem uma inversão. O estado ele é controlado pela classe trabalhadora que é maioria. A economia, a classe trabalhadora que produz ela pode controlar essa economia e é legítimo. Ela é maioria, ela trabalha, ela vai decidir aquilo coletivamente. Todo mundo vai trabalhar.

01:26:59

Mas enquanto isso não se resolver no mundo inteiro ainda não é comunismo porque comunismo é uma sociedade pela forma como ela está pensada é uma sociedade sem estado. Se tem um estado

01:27:11

Ela não pode ser comunista. Então essa é a primeira coisa. Então um erro grave de se dizer e está no imaginário das pessoas é dizer que China, Cuba, Necoréia é são países são países comunistas, não são.

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não são comunistas, isso esses países esses governos e essa e essa ideia é estalinista. O estalinismo surge a partir de estalo e que depois disso a classe trabalhadora perde o controle sobre o estado na Rússia. E depois se cria toda essa ideia de que o estado está

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inclusive da própria classe trabalhadora. É uma coisa completamente degenerada. Não tem nada a ver. Não tem democracia. Só pode ser se dizer. Um país só pode se dizer que ele está começando a dar os primeiros passos pra ser socialista. Se a classe trabalhadora de conjunto. Quando eu falo classe trabalhadora enquanto classe social e juventude, trabalha

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do campo, da cidade, de conjunto, possa controlar a própria economia, porque ela define, ela fiscaliza, ela delibera e o estado, porque ela controla os mandatos, quem vai ser, quem não vai ser, tirar qualquer momento, tira os privilégios, essas coisas todas que são comuns da, da, da

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Vida ativa, pública, política que nos é negado continuamente. Vamos combinar. Agora, candidata, eh, a senhora falou que não é nenhum desses modelos, não sei se a senhora acha que a Venezuela tem algo a agregar porque ela veio de um de um princípio democrático, né? As chaves é

01:28:45

Primeiramente eleito em noventa e oito, depois é que o o regime eh se digirtua e passa a perseguir opositores, enfim. Eh mas

01:28:54

se se todos esses modelos não não servem ou não não não explicam o o a ideia do PSTU eh e a gente vem nesse debate desde o século dezenove na verdade eh por que que a senhora acha que até hoje em nenhum lugar do mundo se conseguiu aplicar eh

01:29:14

Ah é esse modelo que o PSTU prega e por que que a senhora acha que é possível aplicá-lo no Brasil? Eu não só acho que é possível eu acho que é necessário viu? Eu eu posso fazer só um complemento? Pode a pergunta Paulo Celso? Complementando a pergunta dele sobre porque

01:29:33

Dario não daria certo no Brasil? Teve uma uma pesquisa recente do Instituto Datafolha foi divulgada agora em junho. Eh se a maioria da população era de esquerda ou de direita, quarenta e nove por cento se dizem de esquerda, quarenta por cento de direita, o resto de centro.

01:29:51

Só que cinquenta e oito por cento dos entrevistados dizem que não querem depender do estado.

01:29:58

Exato. E o PST então defende a estatização de exatamente. Mas olha, a estatização das empresas não é pra que elas dependam do estado. Ao contrário. Inclusive a sua nomeação, a sua administração tem que ser feita pelos trabalhadores que já trabalham, né

01:30:18

Em consonância com a própria população.

01:30:22

O estado não é quem vai reger as empresas, as empresas vão ser regida pelos próprios trabalhadores. Isso é completamente distinto do que está no imaginário ou do que foram as estatais controladas seja pelo pelos estados capitalistas sejam por aqueles que se dizem comunistas desses estados. Porque

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a classe trabalhadora ela já fez várias tentativas. O que ela não tem e o que ela não teve por exemplo na Rússia ela começou e depois houve uma contrarrevolução que nós estamos dizendo. Houve uma contrarrevolução anos depois. Eh e não é que ela não fez tentativas na própria Cuba. Ela fez uma revolução mas ela fez a revolução ela expropriou e ela

01:31:02

controlou o estado. Ou seja, ela foi incompleta. Não é que não tenham tentativas. Olhemos agora pro no Sirilanca agora aquele povo depois de viver com um governo sanguinário depois de não aguentar nada eles não sabem o que é socialismo, não sabem o que é nada disso. Mas eles pra tirar e acabar com aquilo ali ele se

01:31:22

Eram obrigados pela realidade

01:31:24

A Irlai e ocupar o palácio do governo tomar tudo botar o ditador pra correr. O que é que ele falta? Eles não tem um projeto de como conduzir aquilo coletivamente. E isso eles estão errado? O problema da classe trabalhadora? Não.

01:31:37

O problema é nosso? Também não. Nós estamos aqui tentando com o nosso projeto fazer chegar a todas as pessoas. Por exemplo, eu estar aqui apresentando esse projeto nessa entrevista com vocês pra os ouvintes, pra os leitores que estão agora nos assistindo. Só estou aqui porque eu tive um por cento nas pesquisas

01:31:57

Os meus companheiros nos outros estados não vão poder fazer a mesma coisa. Então nós temos dificuldade agora veja a classe trabalhadora ela tem lutado absurdamente. A o Chile recentemente dois mil e dezenove né? Dois mil e dezenove o Chile inteiro se levantou.

01:32:13

Porque eles precisavam resolver problemas concretos da vida. Então quando a a classe trabalhadora ela se levanta nessa sociedade apesar dos governos, apesar da repressão é porque ela já não tem mais condição de viver aquela realidade que lhe é tão cruel.

01:32:29

Depois disso nós estamos dizendo a forma que nós encontramos e queremos discutir com o conjunto da classe trabalhadora é esse projeto de sociedade. Nós precisamos pegar eh a classe trabalhadora precisa se organizar primeiro porque a classe trabalhadora nós só nos nos

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Nos realizamos enquanto força social coletivamente.

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Entende? Seja numa greve, numa manifestação coletivamente em determinados momentos esporádicos nós temos o controle sobre a nossa força de trabalho. Porque o controle sobre minha força de trabalho individual ela não se dá. Ela só se dá de forma coletiva.

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distinta do que é a própria burguesia porque ela ela se apropria eh da do trabalho social e apropria-se disso de forma privada. Conosco é o oposto. Então se a gente não exercer o controle sobre essa nossa força nós não vamos poder ter força pra exercer eh sobre os meios

01:33:28

que nós precisamos é desapropriar nós precisamos mas nós precisamos desapropriar e ter controle sobre os meios e pra que o estado possa legislar pro conjunto da sociedade ou seja pra imensa maioria aí volta aí passa a ser democrático

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Porque toda a maioria do povo vai poder decidir não a cada dois anos de acordo com as regras eleitorais que não garante todo mundo ser visto. Que você possa decidir sobre tudo inclusive sobre mandato. Por exemplo nós defendemos que os mandatos eles sejam revogáveis a qualquer momento. Nós defendemos que o salário de como desculpa

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Hã? Revogáveis como do mesmo jeito que você elege você tira. Porque um trabalhador ele vai pra uma empresa. Ele trabalha começa a dar nó o tempo inteiro. Ele não é demitido? É. Por que que um governante ele pode matar e pode roubar e ele não pode perder o mandato? É o modelo do recol.

01:34:19

Ou seja, que já existe em alguns lugares e que você pode colocar uma desconfiança, por exemplo, sobre. Não, uma desconfiança não. Sobre o sobre o sobre o governador, por exemplo. Não uma eleição? Pode. Refazer uma eleição.

01:34:34

É fazer uma eleição eleger de novo um governador porque ele foi pra lá pra cumprir uma tarefa. Ele tem uma atribuição. Se ele não cumpriu isso. É o modelo do a outra coisa. O salário não é pra ser esse tipo de privilégio. Por quê?

01:34:49

Por que que uma pessoa que legisla esse país que esse que é o é responsável pelo executivo os governadores, os governantes e o próprio judiciário tem salários tão exorbitantes, completamente acima daquilo que é a média da sociedade, porque é que um um presidente, um, um, um deputado não pode ganhar

01:35:09

Salário médio de um trabalhador, de um operário qualificado e de uma professora. Tem alguém mais importante numa sociedade do que uma professora e um operário? Não tem. Porque a partir deles dois que nós temos conhecimento de tudo e que tudo é produzido socialmente. Então nós defendemos esse salário.

01:35:27

Nenhum tipo de privilégio que não seja comum a própria sociedade. Você é defensor da do da você governa. Você legisla. Aí você não garante saúde pública. Porque você não vai na usar a saúde pública. Nós queremos que todos.

01:35:42

Tenham acesso à saúde pública. Governador, prefeito, eh vereador, deputado saúde pública pra todo mundo. Escola, seus filhos pública pra todo mundo.

01:35:53

Entende? Porque você começa a a resolver problemas que são muito graves. Porque você tem uma casta muito rica nesse país. E que não é só só os governantes. Eu os que estão por trás dele. Que são os bancos, que são os grandes industriais, os grandes comerciantes, né? Os grande

01:36:13

eh eh os grandes possuidores de terra, os latifundiários, ou seja, esse povo é quem manda nesses governantes que são testa de ferro deles e que tem todo tipo de privilégio pra fazer todo tipo de falcatrua e ainda condenar a gente a uma vida de sofrimento. Se a gente quiser resolver isso nós temos que nos organizar porque a vida deles é muito boa, eles não vão

01:36:33

Querer mudar? Bom. É candidata eh a gente já está daqui a pouquinho chegando ao final. Já. Eh uma dúvida recentemente eu li um artigo se eu não me engano do Pablo Hortella eu estou com medo de citar errado mas se eu não me engano foi dele. Em que ele falava sobre a possibilidade de crescimento do PSTU.

01:36:50

Eh em cima do espaço deixado pelo PSOL na esquerda. O momento que o PSOL se aproxima do PT e vai pra uma centro esquerda ou prum centro se a senhora preferir. Eh o deixa vago um espaço pra esquerda. O senhor a senhora acha que

01:37:07

Que esse é o caminho eleitoral do PSTU esse ano é tentar ocupar eh esse esse vácuo deixado pelo PSOL

01:37:15

Olha o PSTU sempre participou de todas as eleições. Eh eu acho que a gente só não participou diretamente porque foi eh a gente apoiou Heloísa Helena em dois mil e seis. Todas as eleições nós participamos e ocupamos e tentamos

01:37:30

Fazer isso. Agora com o PSOL que resolveu, né? Se abraçar com Lula e Alckmin, né? Juntamente com o PCdoB, levou até o PCO.

01:37:39

pra fazer esse se abraçarem com eles pra com sob o nome de tirar Bolsonaro. Obviamente que tem um um setor, uma ala expressiva da própria esquerda que não que não concorda com isso e que consequentemente diz o seguinte, não, eu eu prefiro eh chegar com o PSTU porque é uma ideia e é uma proposta

01:37:59

que se aproxima ou é ou é diretamente eh

01:38:03

igual aquilo que eu defendo e e eu vou estar com eles. Isso abre-se a possibilidade. Mas olhe isso também é bastante relativo. Porque não é verdade que a maioria veio pra cá. Na verdade a maioria da esquerda está do lado de lá. E e digo mais eh está do lado de lá. E e digo mais. Peraí. A maioria desse que está do lado de lá qual

01:38:23

É junto com o à direitas junto com o centrão que é o mesmo setor que mantém Bolsonaro no governo. Porque como eu disse Bolsonaro não está lá sozinho. Né? Isso é é está todo mundo lá do lado lá. Eu inclusive eu gosto eu não gosto muito eu sempre digo do governo anterior. Esteve no governo anterior. E e olhe eu

01:38:42

Geralmente eu não gosto do termo esquerda e direita porque isso leva

01:38:46

né? Você bota todo mundo no mesmo balaio. Eu prefiro dizer que nós somos socialistas e revolucionários. Porque aí você se distingue de tudo isso até porque o nosso projeto é distinto dos reformistas, é distinto dos estalinistas. Nós temos um projeto que é distinto de todos eles. É só só aproveitar isso aí eh

01:39:06

O PSTU tem vinte e oito anos, vinte e oito anos. Uhum. E esses partidos eh eu entendo que a senhora não queira o o termo esquerda, mas só pra pra simplificar. São partidos que que são nasceram do PT, são braços do PT, o PSTU, a Rede.

01:39:22

E o PSOL. Rede já elegeu uma parlamentar indígena.

01:39:27

Né? A senhora citou a sua vice indígena a rede tem uma parlamentar indígena. O PSOL elegeu vários deputados federais. O PSTU não elege deputados federais há vinte e oito anos. Eh não está errado? Será que vocês estão realmente dialogando com o eleitor brasileiro?

01:39:43

Eu já lhe disse que ele é muito difícil da gente dialogar com os eleitores. Eu estou aqui porque eu tive um por cento.

01:39:49

Se eu não tivesse as pessoas não iam me ver. Mas e mais eu não vou estar na grade da programação do TSE. Eu não vou estar todos os dias conversando com os trabalhadores. Não vou. E quando termina a eleição eu volto pra trabalhar com qualquer trabalhador. Então veja o PSOL elegeu. É verdade. Elegeu.

01:40:08

E o PSOL agora inclusive no Congresso Nacional votou na mesma nessa nessa PEC que nós chamamos nessa PEC eleitoreira junto com Bolsonaro. Me diga eleger é muito importante e nós queremos eleger e eu sei que tem parlamentares que são muito bons.

01:40:24

Acontece que olhe se a gente for com aquele método do grão em grão é que a a galinha enche o papo nessa proposta nós já já temos trinta e três milhões que não tem comida de jeito nenhum já está passando fome diretamente entende? Porque não é uma coisa que você resolve um a um

01:40:41

não é, é um problema de ordem social que abrange milhões. Por exemplo. Candidato. Oi. Só pra complementar, porque eu tenho mais dez segundos. Por favor, só fecha essa esse pensamento aqui pra gente não deixar no ar. Porque está terminando o nosso tempo. Uhum. Por exemplo, nós defendemos que a Petrobras seja cem por cento estatal controlada pelos petroleiros

01:41:01

Pelos petroleiros e a população. Com isso, segundo o estudo dos petroleiros nós teríamos gás de cozinha a cinquenta reais, gasolina na bomba a um real e sessenta e o diesel a um real e trinta. Tem outra organização que diga isso a não sermos nós? Não.

01:41:18

E nós queremos que isso aconteça inclusive com o agronegócio pra ter comida pra todo mundo. Eu quero agradecer a sua gentileza de ter vindo até aqui ah participado desta sabatina.

01:41:31

Durante uma hora e meia trazendo parte aí da sua visão e da visão do PSTU mais do que da sua visão, a visão do PSTU. Exatamente. Eh pra essa campanha eleitoral. Muito obrigado pela sua gentileza de ter estado aqui. Andréa, Paulo, obrigado também pela companhia de vocês aqui nessa sabatina. Obrigado vocês. Obrigada.

01:41:49

E a você que nos acompanhou neste primeiro dia de sabatina com candidatos à presidência, nosso agradecimento também. Lembrando que amanhã dez e meia da manhã teremos Simone Tebet do MDB na sexta-feira nós teremos o candidato Ciro Gomes do PDT. Os candidatos.

01:42:07

Lula e Bolsonaro também foram convidados pra essa série, não aceitaram participar, trazer aí os seus pensamentos sobre planos de governo. A você que nos acompanhou, muito obrigado e até amanhã.

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